Mas por que ao ver alguém bocejar acabamos repetindo o ato? Segundo o fisiologista Raúl Santo de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), há muitas teorias sobre o motivo de bocejarmos e sobre o porquê de ele ser "contagioso". Uma das mais aceitas indica que o bocejo é uma ação involuntária que o corpo faz para despertar, entrar em alerta. De acordo com Oliveira, a ação faz com que captemos mais oxigênio, o que aumenta a frequência cardíaca.
O pesquisador explica que uma das teoria, bem aceita, diz que a culpa
pelo contágio do bocejo é dos neurônios-espelho. Essas células gravam a forma
como nos comportamos em determinadas situações e irão basear nossas ações
futuras nos comportamentos passados - quando choramos, por exemplo, essas
células entram em ação para determinar como iremos chorar novamente. Ao vermos
alguém bocejando, os neurônios-espelho desencadeiam um ato-reflexo, que não
controlamos, e dão início ao bocejo. Até podemos tentar pará-lo, mas ele vai
começar sem que queiramos.
O que acontece é que quando bocejamos por "reflexo", em geral
estamos em uma situação parecida com a primeira pessoa que bocejou. Um grupo de
pessoas que está vendo um filme, por exemplo. Se elas estão relaxadas - em um
filme chato, por exemplo -, quando a primeira pessoa boceja, o cérebro de uma
pessoa próxima pode notar que ela precisa ficar mais alerta e também aciona o
bocejo.
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