sábado, 11 de maio de 2013

SUA FILHA É UMA PRINCESA?

Você trata sua filha como uma princesa? 

O papel dos contos de fadas para a formação do que é felicidade na cabeça de crianças.

 
Princesa; criança; menina (Foto: Shutterstock)
 
Tudo começa com os pais e são eles que devem, antes de mais nada, fazer uma reflexão sobre como estão criando seus filhos. “É difícil perceber onde acertamos ou erramos quando estamos educando, mas sempre cabe a reflexão: ‘o que eu quero passar para os meus filhos? Que valores eu gostaria que eles tivessem? Que tipo de mulher ou homem eu quero que eles se tornem?’. É assim que vamos percebendo se o que estamos fazendo vai ao encontro disso ou não”.
 
A não segregação de gênero é muito benéfica, principalmente quando o assunto é brincar.
 
Quando você estimula seu filho a se divertir com vários tipos de brinquedos, dá a ele a chance de desenvolver habilidades que vão ser importantes para o futuro dele, incluindo até a escolha da carreira. Se uma menina se diverte com blocos, ela tem mais chance de conseguir um desempenho melhor se pensar em ser engenheira; se tiver carrinhos, vai desenvolver mais a motricidade e o pensamento espacial e pode ser uma melhor motorista, por exemplo. O menino que brinca com bonecas pode ter mais facilidade para se relacionar com outras pessoas e entender melhor as mulheres. É importante entender que meninos não vão assumir o papel das meninas e vice-versa. Eles vão dividir e isso é muito saudável.
 
Quatro atitudes dos pais que podem transformar a criança em uma princesa da vida real:
 
1) Vestimenta impecável
Quando o assunto é roupa, dois extremos podem ser prejudiciais: deixar sempre a filha escolher o que vestir e impor determinado estilo à criança. Para o primeiro caso, a dica é moderação. É legal usar vestido ou fantasia, mas é preciso um limite, impostos geralmente de acordo com a ocasião. Já para quem acha que o cabelo precisa estar sempre impecável e a roupa bem arrumada, lembre-se: sua filha é criança e, como tal, precisa brincar, pular, correr, se sujar, bagunçar os cabelos.
 
2) Segregação de gênero
“Isso é coisa de menino”. Perceba se você costuma falar algo parecido ou ressaltar as ações que sua filha consegue ou não fazer. Construir a imagem de que meninos e meninas são duas coisas completamente distintas e que não podem compartilhar as mesmas brincadeiras é reforçar estereótipos.
 
3) Dependência
Frases como “queria parar de trabalhar”, “seu pai é quem paga as contas” ou “queria ser rica e ter muito dinheiro” saem em momentos de muito estresse ou até em tom de brincadeira, mas cuidado, na cabeça da criança isso pode soar como sinônimo de felicidade.
 
4) Satisfazer todas as vontades
É difícil não mimar o seu filho, afinal, não há nada mais reconfortante do que aquele sorriso dele ao abrir um presente seu. Mas dar tudo o que a criança pede ou deixá-la fazer tudo o que deseja são atitudes que parecem inofensivas, mas podem gerar pessoas egoístas e mimadas no futuro. Nunca é fácil falar não ao filho, mas as restrições também o ajudam a crescer como ser humano.   
 
Fonte: Vera Blondina Zimmermann, psicóloga infantil da Unifesp

Um comentário:

  1. Em cada um desses tópicos, convém que mesmo tendo em mãos a direção, devemos também nos projetarmos na situação do educando.
    É sutil a fronteira entre uma e outra parte. Um descuido pode gerar traumas insuperáveis. Várias discordâncias ocasionadas por uma palavra embora certa, colocada na hora errada, podem ser evitadas. Muitos dissabores podem ser evitados. Portanto, previnamo-nos refletindo sempre diante de uma criança. Escolhendo sim o que lhe convém. Porém, respeitando suas aspirações, com muita atenção.

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