sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SAÚDE INFANTIL - Cólica do recém-nascido

O seu bebê (menor do que 100 dias) têm períodos de agitação regulares, todos os dias e parece que você não pode fazer nada para confortá-la?
Isso é muito comum, especialmente entre a tarde e a meia-noite, justamente quando você também está se sentindo cansada dos trabalhos do dia. Esse período de mau humor pode ser como uma tortura, especialmente se você tiver outras crianças ou trabalho a fazer, mas felizmente eles não duram por muito tempo. A permanência desta agitação dura de cerca de três horas por dia por seis semanas e então declina para uma ou duas horas por dia até o 3º ou 4º meses, quando desaparece.
Acalmando o bebê após poucas horas, o resto do dia é relativamente tranquilo, não há razão para alarme.
O que fazer
Se o choro do nenê não pára, mas se intensifica e persiste ao longo da tarde ou da noite, pode ser causado por cólicas do recém nascido. Cerca de um quinto de todos os bebês desenvolverem cólica, geralmente entre a segunda e quarta semanas. Eles choram inconsolavelmente, muitas vezes gritando, agitando as pernas e braços. Seus estômagos pode estar  distendido com gases. O choro pode ocorrer a qualquer hora, embora freqüentemente piorem no início da noite.
Infelizmente, não há explicação definitiva sobre por que isso acontece. Na maioria das vezes, a cólica significa simplesmente que a criança é extraordinariamente sensível à estimulação ou também por ter  um sistema nervoso imaturo.  Conforme ela amadurece, essa incapacidade de consolar-se marcado pelo choro constante vai melhorar, e geralmente, para por volta dos três ou quatro meses, mas pode durar até seis meses de idade.
Às vezes, os bebês em aleitamento materno, a cólica é um sinal de sensibilidade a um alimento na dieta da mãe, especialmente à cafeína. O desconforto pode ser causado mais raramente pela sensibilidade à proteína do leite de vaca.
Cólica também pode sinalizar um problema médico, como uma hérnia ou algum tipo de doença, por isso converse com seu pediatra tentando caracterizar o melhor possível os sintomas.
Embora não se tenha muito que fazer a não ser esperar pela melhora, existem várias coisas que talvez valesse a pena tentar:
Primeiro, é claro, consultar o seu pediatra para se certificar de que o choro não está relacionado a qualquer condição médica séria que necessitem de tratamento. Em alguns casos ele poderá receitar algum medicamento.
Pergunte a ele qual das seguintes medidas seriam mais úteis.
1)           Se você está amamentando, você pode tentar eliminar os produtos lácteos, a cafeína, de sua própria dieta.  
2)           Se você está alimentando com fórmula para bebê, fale com seu pediatra sobre uma fórmula de hidrolisado de proteína.
3)           Se a sensibilidade aos alimentos está causando o desconforto, as cólicas devem diminuir dentro de alguns dias após estas mudanças.
4)           Não alimente seu bebê a todo o momento, o que pode ser desconfortável. Em geral, tente esperar pelo menos 2-2 horas e meia desde o início de uma alimentação ao no início da próxima.
5)           Caminhada com seu bebê em um carrinho de bebê para acalmá-lo.
6)            O contato corporal e movimento irão tranqüilizá-lo, mesmo se o desconforto persistir. Balance um pouco ou cante suavemente, pois movimentos rítmicos constante e um som calmante podem ajudá-la adormecer.
7)           Introduzir uma chupeta. Enquanto alguns bebês amamentados podem recusá-la, poderá fornecer alívio imediato para os outros.
8)           Deite o bebê da barriga para baixo em seus joelhos e esfregue suas costas ou faça massagem em seu abdômen. A pressão contra a sua barriga pode ajudar a confortá-la.
9)           Enrole  ela em um fino cobertor grande para que ela se sinta segura e aquecida.
10)        Quando você se sente tensa e ansiosa, procure se afastar do bebê, mesmo por uma ou duas horas,  pois vai ajudar você a manter uma atitude positiva e menos irritada.
 
Autor: José Luiz Setúbal
Fonte: Cuidando do seu bebê e da criança pequena: Birth to Age 5
 (Copyright © 2009 Academia Americana de Pediatria)

SAÚDE INFANTIL - Os bebês precisam tomar banho?

Um bebê recém nascido geralmente não precisa de grandes banhos, o mais importante é fazer uma boa limpeza nas trocas das fraldas.
Banhando o recém nascido
Como a pele do bebê é geralmente muito seca, não se recomenda banhos longos ou com água muito quente. O uso de uma loção hidratante hipoalergênica imediatamente após o banho pode ajudar a prevenir uma pele seca ou uma condição da pele chamada de eczema.
Durante as primeiras semanas, até que o coto do cordão umbilical caia, o recém-nascido pode tomar apenas banhos de esponja ou cuidando-se para que o coto umbilical não fique muito úmido, pois isto retarda a sua caída.
O banho deve ser dado em um ambiente quente.
Colocar o bebê em uma banheira, numa posição que fique  confortável para você. Em todos os momentos tenha certeza de segurá-lo firmemente para que não caia.
Utilize um sabonete neutro para bebê, uma esponja ou um paninho suave e os tenha sempre dentro do alcance.
Use o pano umedecido primeiro sem sabão para lavar o rosto, assim você não permite que o sabonete entre nos olhos ou na boca. Em seguida, mergulhe-o na banheira com água e use o sabonete para lavar o resto do corpo, deixando por último a área das fraldas. 
Tenha especial atenção às dobrinhas debaixo dos braços, atrás das orelhas, no pescoço, e, em especial nas meninas, a área genital. Nos meninos, puxar o prepúcio para limpar a glande.
Os nenês no início não gostam de banhos e provavelmente vão  protestar um pouco, se ele chorar muito, tente os  banhos de esponja, para depois de  uma ou duas semanas, experimentar o banho na banheira novamente.  Ele vai deixar claro, quando ela estiver pronto. 
Banhando seu Bebê maior 
Depois de despir o bebê, colocá-lo na água imediatamente, para que ele não fique gelado. Fale com delicadamente enquanto abaixa o resto do seu corpo até que afunde na banheira. Use uma de suas mãos para apoiar a cabeça e a outra para ensaboá-la.  A maior parte do corpo do bebê, inclusive o rosto deve ficar  bem acima do nível da água por segurança. Derrame  água quente sobre o corpo dela com freqüência para mantê-la aquecida.  
Use um pano macio para lavar o rosto e cabelo, o xampu pode ser usado uma ou duas vezes por semana. Massageie seu couro cabeludo suavemente, incluindo a área das fontanelas (moleiras). 
Quando você lavar o cabelo com sabonete ou xampu, proteja a testa com sua mão, para a espuma escorrer pelos lados e não para os olhos. Se cair  um pouco de sabão nos olhos da criança e ela chorar, basta limpar com a toalha molhada ou enxugar os olhos com água morna até os restos da espuma sair. Lavar o resto do corpo de cima para baixo.  
 Banhando crianças maiores
Antes de despir o bebê, certifique-se que as coisas que você vai necessitar estejam  à mão e o ambiente  esteja  quente.Você precisa ter também um copo para enxaguar com água limpa. Quando a criança tem o cabelo, você poderá usar um xampu de bebê.
Se você esqueceu-se de algo ou tiver a necessidade de atender ao telefone ou a porta durante o banho, deve levar o bebê junto com você, para isto,  tenha sempre uma toalha seca ao seu alcance. Nunca deixe um bebê sozinho na banheira, mesmo por um instante.
Os bebês maiores  gostam  de tomar  banho, dar-lhe algum tempo extra para espirrar e explorar a água e brincar, pode ser divertido, e  seu filho vai perder o medo da água.
Com o crescimento a duração do banho pode se prolongar e transformar numa experiência muito relaxante e calmante, por isso não se apresse a menos que ela esteja infeliz.
Brinquedos para o banho não são realmente necessários para bebês muito jovens, como a estimulação da água e de esfregar o corpo  já  é uma atividade excitante o suficiente, os brinquedos podem ser deixado para as crianças maiores.
 Uma vez que o bebê tenha idade suficiente os brinquedos são muito valiosos. Caixas, bolas, brinquedos que flutuem e  até mesmo livros impermeáveis, podem  ser distrações maravilhosas enquanto você limpa o seu bebê.
As crianças com mais de 2 anos, que já ficam bem em pé, podem tomar banhos de chuveiro, mas sempre acompanhado de um adulto.
Enxugando o bebê
Quando o bebê pequeno sair do banho, use toalhas de bebê com capuz, pois é a maneira mais eficaz de manter a cabeça quente quando ela está molhada. Para crianças maiores use sempre uma toalha suave e não esfregue na pele, só enxugue a água.
Finalizando
O banho é uma atividade relaxante para crianças, sendo assim, é uma maneira de prepará-la para dormir.
Deve ser dada em um momento que seja conveniente para você.  
O banho, seja de banheira ou de chuveiro, deve ter sempre acompanhamento de um adulto, pois crianças estão sujeitas a escorregar, ou precisar de ajuda, além disto, o adulto supervisiona se a higiene está sendo bem feita.
 
Autor: José Luiz Setúbal

SAÚDE INFANTIL - Antibióticos como funcionam

O CDC (Centro de Controle de Doenças) nos EUA, faz uma campanha para o uso consciente de antibióticos tanto para os pais como para os médicos, e com o uso com a necessidade de receitas médicas para comprar os antibióticos, achamos que seria importante os pais saberem quando e porque se usa os antibióticos.
Antibióticos ou antibacterianos não são a resposta para cada infecção que seu filho tem. Na verdade, existem dois grandes tipos de germes que causam a maioria das infecções nos seres humanos; vírus e bactérias, sendo que os antibacterianos são úteis apenas contra as bactérias, como o nome já diz.
As bactérias são organismos unicelulares que possuem o tamanho de alguns milésimos milímetro. Elas vivem em nossa pele, em nosso sistema digestivo, e em nossas bocas e gargantas. Na verdade, há cem mil bilhões de bactérias vivendo dentro de nós.
 Embora a maioria sejam inofensivas e algumas  tem um papel positivo no nosso organismo (por exemplo, ajudando a digestão dos nutrientes em nossa dieta), outras são perigosas e provocam infecções. Elas são responsáveis ??por muitas doenças da infância, incluindo a maioria das infecções de ouvido e garganta, além de algumas infecções do aparelho respiratório como pneumonias e sinusite e são comuns as infecções do trato urinário, como infecção urinária.
Os vírus são ainda menores do que bactérias. Apesar de seu tamanho, os vírus podem causar doenças leves e graves quando entram as células saudáveis ??do corpo. Eles são responsáveis ??pelo resfriado comum, gripe e garganta inflamada entre outras. Eles também causam varíola, o sarampo, a caxumba, hepatite e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). 
Os antibacterianos não podem matar vírus e não funcionam contra infecções virais. Se for dado a sua criança quando ela tem uma infecção viral, não só pode causar efeitos secundários, mas também adicionar o grave problema da resistência aos antibióticos. Existem medicamentos chamados antivirais que têm sido desenvolvidos para combater vírus. Mas são usados em casos muito especiais.
Para as crianças, os antibióticos estão disponíveis em várias formas, incluindo comprimidos, cápsulas, líquidos e mastigáveis ou pomadas. Quando o pediatra prescrever um antibiótico, ele irá escolher o melhor para o germe específico que está causando a doença ao seu filho.
A Atividade de antibacterianos
Antibacterianos combatem as bactérias infecciosas no organismo. Eles atacam o processo da doença, destruindo a estrutura das bactérias ou sua capacidade de dividir ou reproduzir. 
 Se fizer exames de cultura do sangue, da urina, ou outros testes que identificam as bactérias específicas que causam infecção do seu filho, o pediatra poderá prescrever um antibacteriano direcionado para os germes que estão causando a doença. Como estes exames demoram pelo menos 24 a 48 horas para ficarem prontos, os pediatras costumam usar sua experiência e a literatura médica para escolher o antibiótico a ser usado em cada doença.
Lembre-se, se a criança tiver um resfriado, os antibióticos não são a resposta. Às vezes é difícil para os pais determinar se a doença de seu filho é causada por vírus ou bactérias. Por esta razão, nunca tente diagnosticar e tratar a doença de seu filho sem consultar um pediatra.
Efeitos colaterais dos antibióticos
Os antibióticos podem ser muito úteis, mas eles também podem produzir efeitos colaterais em algumas pessoas.
 Em crianças, podem causar desconforto gástrico (fezes moles, ou náusea) e algumas pessoas têm uma reação alérgica à penicilina e outros antibióticos, produzindo sintomas como erupções cutâneas (manchas vermelhas) ou dificuldades respiratórias. Se apresentar sintomas alérgicos graves, como dificuldade para respirar ou engolir por causa de “garganta fechada”, leve para a emergência  pediátrica imediatamente.  
Os antibióticos são sempre usados ??para evitar doenças?
Os antimicrobianos são usados ??principalmente no tratamento de infecções que o seu filho pode se desenvolver, mas às vezes são prescritos para prevenir uma doença que ocorre com freqüência. Por exemplo, para as crianças que têm repetidas infecções do trato urinário são dados antibacterianos para reduzir a probabilidade de que elas vão voltar a ocorrer. Medicamentos podem matar as bactérias antes que elas tenham chance de causar uma infecção.
Aqui estão outras circunstâncias em que a ação profilática (preventiva) antibacterianos podem ser prescritos para crianças:
1-           Pode prescrever penicilina para a prevenção da febre reumática aguda.
2-           Uma criança que tenha sido mordido por um cão, outro animal, ou mesmo outra pessoa será dada medicamentos para prevenir uma infecção.
3-           Num procedimento cirúrgico, podem ser receitados medicamentos antes de sua operação para prevenir uma infecção de desenvolver no local da incisão cirúrgica. Normalmente, essas drogas são administradas a crianças não mais que 30 minutos antes da cirurgia. Uma única dose é muitas vezes é o necessário.
 
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: CDC: Get Smart: Know When Antibiotics Work

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

SAÚDE INFANTIL - VÍDEOS EDUCATIVOS

Sobre estes vídeos

Em março de 2002, The Joint Commission (TJC), em conjunto com os Centros de Serviços Medicare e Medicaid, lançou uma campanha nacional (EUA) para incentivar os pacientes a assumir um papel na prevenção de eventos adversos relacionados a sua saúde, tornando-se desta forma em participantes ativos, envolvidos e informados sobre a saúde. O programa Speak Up inclui vídeos e outros materiais educacionais, contemplando uma variedade de tópicos de segurança do paciente. O TJC traz alguns destes vídeos, pela primeira vez dublados em português.
A Joint Commission International amplia esta missão da TJC em todo o mundo, ajudando Organizações de Saúde a alcançar a Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente em mais de 80 países.
 
                                      Não deixe de assistir!

Capitão Speak-up

Crianças devem perguntar sempre e dizer o que sentem
Como é difícil fazer perguntas para o médico, não é mesmo? Todos temos uma certa insegurança de questionar, quando não entendemos algum procedimento hospitalar, as descrições na receita do remédio ou quando o profissional nos explica algo sobre a nossa saúde.
http://youtu.be/o5P89sO7_0k

Tome medicamentos com segurança

Ler a receita do remédio e perguntar quando tiver dúvidas são essenciais para o uso correto dos medicamentos.
Perguntar nunca é demais. Por isso, sempre que tiver alguma dúvida sobre o que está escrito na receita que o médico lhe passou ou sobre o uso de medicamentos não deixe de tirá-la. Sua saúde deve estar em primeiro lugar e qualquer erro pode ocasionar consequências inesperadas. Confira as dicas!
 

No consultório médico

Diante do nervosismo e ansiedade dos pacientes, os médicos devem deixá-los à vontade.
Parece cômico, mas até os idosos se sentem nervosos e acabam por não falar tudo o que sentem quando vão ao médico. Levar tudo o que se tem dúvida anotado e tomar nota das recomendações do profissional são algumas dicas. Não perca!
 

Previna a disseminação de infecções

Prevenir a propagação de doenças e evitá-las é importante para todos.
Alguns cuidados como lavar as mãos no preparo dos alimentos e antes do consumo das refeições, ficar em casa quando se está doente e tomar vacinas ajudam na prevenção de doenças e evitam a disseminação de infecções. Confira as recomendações!
 

 

 

SAÚDE INFANTIL - (SRB) Síndrome da Respiração Bucal

Respirar pela Boca é Hábito que Traz Malefícios às Crianças


Baixo rendimento escolar, problemas de crescimento, dificuldades de mastigação e infecções respiratórias estão na lista de transtornos.
Respirar pela boca na infância causa uma série de malefícios ao organismo e o problema, de acordo com os pediatras, é que o hábito nem sempre é notado pelos pais. Cerca de 30% das crianças em idade pré-escolar sofrem com a síndrome da respiração bucal (SRB), transtorno responsável não somente por noites mal-dormidas, como pelo baixo desempenho escolar, problemas de crescimento e de postura, dificuldade de deglutição, mastigação e oclusão, além de apresentarem maior chance de desenvolvimento de infecções respiratórias.
De acordo com o otorrinolaringologista Fabrizio Romano, do Hospital Infantil Sabará, quando os pequenos respiram pela boca, o cérebro recebe menor quantidade de oxigênio, o que prejudica a capacidade de atenção e consequentemente o rendimento escolar. "Além disso, o nariz funciona como um filtro de ar. Ao respirar pela boca, todas as impurezas, como vírus e bactérias, penetram mais facilmente no nosso organismo", alerta o especialista.
"Em alguns casos, os pais podem notar a respiração bucal já nos primeiros dias de vida. Quando o diagnóstico e o tratamento acontecem precocemente, os riscos de sequelas são menores. É importante enfatizar que o certo é sempre respirar pelo nariz", destaca Romano.

Como é possível identificar a respiração pela boca?

Crianças com SRB, segundo o especialista, costumam ficar com a boca aberta por tempo prolongado e dormem com ela assim. Além disso, elas roncam com mais facilidade, babam durante o sono, têm dificuldade na hora de se alimentar, possuem respiração barulhenta, tendem a ter a arcada dentária superior para frente e a posterior para trás, apresentam boca ressecada, rosto alongado, cabeça, ombros e braços projetados para frente.
As causas por trás da SRB podem ser orgânicas, quando ocorre desvio de septo ou aumento da adenóide - tecido que reveste as cavidades nasais ou amígdalas - tecido linfóide situado à entrada da garganta. E também são funcionais, quando as alergias são responsáveis pela obstrução do nariz e fazem com que respiremos pela boca.
O tratamento para a SRB, segundo o médico, depende da causa, mas costuma ser feito por um time de especialistas: pediatra, otorrino, alergista, fonoaudiologista e ortodentista. Em alguns, pode ser necessário operar a adenóide. A solução ainda pode estar no uso do aparelho ortodôntico. O acompanhamento com a fonoaudióloga é outra opção para tratar o transtorno.

1. Há algum número mostrando a porcentagem das crianças que respiram pela boca?

A rinite alérgica chega a acometer cerca de 20 a 30% das crianças e quando os sintomas são persistentes, pode ocorrer a síndrome da respiração bucal. A SRB é um dos problemas mais comuns em crianças pré-escolares.

2. Quando é possível identificar o problema? Quando ainda são bebês? Quais os sintomas para que os pais possam identificar o distúrbio?

Existem casos em que a respiração bucal aparece desde o nascimento, às vezes nos primeiros anos de vida. Os sinais que os pais devem observar são: dormir de boca aberta, roncar. Dificuldade para se alimentar.

3. É verdade que é difícil e leva tempo para os pais perceberam que os filhos só respiram pela boca?

Às vezes o quadro se instala lentamente, e os pais acham aquilo normal. É importante enfatizar que o certo é sempre respirar pelo nariz.

4. Por que isso acontece? Quais as razões para que as pessoas respirem pela boca?

Nos recém nascidos, atresia de coanas. Nas crianças pré-escolares as principais razões são os quadros alérgicos, principalmente rinites e a hipertrofia de adenóides. Nos adultos, desvios de septo e pólipos no nariz.

5. É correto afirmar que crianças que respiram pela boca têm mais chances de desenvolver infecções respiratórias ou alergias (rinite, asma, sinusite)? Por quê?

Infecções sim, o nariz funciona como um filtro do ar que respiramos, quando se respira pela boca, todas as impurezas do ar, inclusive vírus e bactérias penetram mais facilmente no nosso organismo. Em relação às alergias é ao contrário, são elas que podem causar a SRB.

6. O fato de respirar pela boca pode ser uma das causas da alergia ou somente pode agravar o problema?

É ao contrário, as alergias causam obstrução do nariz e fazem a criança respirar pela boca.

7. Sei que crianças que respiram pela boca costumam apresentar feições específicas, quais são elas?

Crianças que passam anos respirando pela boca começam a ter alterações nos dentes, que se projetam para frente, o pálato (céu da boca) fica mais alto e o rosto se alonga. É a chamada face adenoideana.

8. Qual o tratamento para este tipo de problema? Com otorrino e fono?

O tratamento depende da causa do problema, mas normalmente envolve o otorrino, o alergista, a fono e o ortodontista.

9. A adenóide tem alguma relação com o problema?

É uma das causas mais comuns. Todas as crianças têm adenóides, que se localiza na parte posterior do nariz. Quando elas estão muito grandes, eles impedem a passagem de ar causando obstrução nasal, roncos, respiração bucal e infecções como sinusites e otites.

10. É verdade que o diagnóstico deve ser feito o quanto antes possível para evitar complicações? Quais são essas complicações?

Quanto antes o diagnóstico e o tratamento, menor o risco de sequelas como as alterações dos dentes e da face, problemas auditivos e dificuldades de aprendizagem e rendimento escolar.
 
Fonte:  Dr. Fabrizio Romano, otorrinolaringologista do Hospital Infantil Sabará

SAÚDE INFANTIL - Você já Experimentou Conversar com o Seu Bebê?

Falar com os pequenos é essencial para o desenvolvimento da fala, mas cuidado ao pronunciar de forma errada.
Algumas pessoas estranham quando observam os adultos conversando com os bebês. O que nem todos sabem é que esses bate-papos são fundamentais para estabelecer os primeiros laços de comunicação com as crianças.
Conversar com o bebê
"Ao conversar com o bebê, o adulto serve de espelho na hora em que este aprende a falar. Conversas e cantorias na hora do banho, da troca de roupa, da amamentação, dos passeios e das brincadeiras devem acontecer com frequência. Crianças que são estimuladas por meio da fala pelos adultos começam a se comunicar mais cedo".
De acordo com a especialista, este tipo de comunicação faz com que antes de serem capazes de falar, os bebês reconheçam situações e objetos. "É assim que a criança formará seu arcabouço de palavras que representam o mundo, seus objetos, os fatos, o tempo e as emoções. Este vocabulário irá aumentando e se tornando cada vez mais específico conforme a criança for apresentada e estimulada", resume.
Embora não seja uma regra, em geral, os bebês começam a balbuciar entre seis meses e/ou oito meses de vida. Segundo a Dra. Flavia, se os pequenos não emitirem som até os dez meses, é interessante que os pais procurem ajuda de um pediatra. Para a criança começar a falar, é importante que ela seja capaz de ouvir em primeiro lugar. Nem sempre o teste da orelhinha, feito após o nascimento, consegue detectar problemas de audição.
Além disso, destaca a Dra. Flavia, crianças que não falam também podem apresentar outras causas para o problema, como os de ordem neurológica, psiquiátrica ou até ambiental - crianças que não são incentivadas a falar demoram mais para se comunicar.
A fonoaudióloga ainda faz um alerta importante aos pais, quando estes forem conversar com os bebês.
 Como o adulto serve como espelho para a criança, as palavras precisam ser pronunciadas da maneira certa. "Por mais que seja engraçadinha, não se deve estimular a pronúncia incorreta das palavras. Inicialmente, eles poderão falar errado, mas a maturidade trazida com o desenvolvimento permitirá a execução certa e isso só será possível com um modelo preciso", ressalta.
Para a especialista, também é normal não entender muito bem o que os bebês dizem nos primeiros 12 meses ou 18 meses de vida. "Para falar as crianças precisam que os músculos de sua face estejam fortes e para isso acontecer a amamentação e a fase de mastigação de alimentos sólidos são essenciais. Com o tempo, a fala de uma criança evolui.
 
Fonte:  Dra. Flavia Zangelmi, fonoaudióloga do Hospital Infantil Sabará

SAÚDE INFANTIL - PEDRA NOS RINS

Cresce Número de Crianças e Adolescentes com a Doença. 

 
Dieta desequilibrada, fast food e ingestão insuficiente de líquidos podem estar por trás do problema que tem aumentado nos pronto-socorros.
Pedra nos rins é um problema de adultos, certo? Errado. Cada dia é mais comum encontrar crianças com este transtorno, alerta a nefrologista Maria Cristina de Andrade, do Hospital Infantil Sabará. Se antes era um caso por mês nos pronto-socorros, hoje acontece pelo menos 2 ou 3 por semana.
 
Adolescentes obesos, aliás, tem 2,5 vezes mais chance de apresentar cálculos renais, de acordo com pesquisadores da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. "Além de envolver uma predisposição genética para a formação desses cálculos renais, 50% a 60% de crianças com pedras têm histórico na família, a alimentação industrializada, o fast food salgado por natureza, e a ingestão insuficiente de água podem explicar esse aumento", relata a especialista.
Embora seja essencial para a formação dos ossos, cerca de 50% dos cálculos renais acontecem por excesso de cálcio na urina. As proteínas, gorduras e açúcares em excesso provenientes da dieta desequilibrada também contribuem para a formação das pedras nos rins. E mais: refrigerantes ricos em sódio e corante, outra opção muito apreciada pelas crianças, também estão relacionados com aumento na formação dos cálculos.
Mas será que há formas de prevenção do problema? Além da ingestão de água, cerca de 1 litro por dia é recomendado para as crianças, a adoção de uma alimentação equilibrada e exercícios físicos também são um ótimo caminho. "Eles facilitam a incorporação de cálcio nos ossos, e a substância chega em menor quantidade aos rins", esclarece a nefrologista.
De acordo com a especialista, vale ressaltar, porém, que especialmente na infância, não se faz dieta com restrição de cálcio. "É nesta fase, aliás, que se faz a prevenção contra a osteoporose, já que o pico de massa óssea ocorre até 18 anos, depois disso não mais", complementa.
Quase sempre assintomática, as pedras ou cálculos renais são descobertos quando a criança apresenta quadro leve de dor abdominal, infecção ou sangramento urinário. Vale lembrar que a cólica renal intensa, sintoma comum em adultos, raramente é observada nas crianças. Por isso os pais devem dobrar a atenção: a dor pode passar despercebida e o quadro se transformar em uma infecção renal grave.
São realizados exames de ultra-som e raio-x para identificar a localização das pedras. Eventualmente faz-se tomografia computadorizada para melhor definição dos cálculos. Dependendo do caso, é aconselhado o procedimento mais adequado para a criança, tratamento clínico com medicamentos ou litotripsia (cirurgia a laser).
Fonte: Dra. Maria Cristina de Andrade, nefrologista do do Hospital Infantil Sabará.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

COMPORTAMENTO - Esquecer as obrigações

 Você deixa de estudar para ver televisão? Ou chega atrasado ao trabalho porque ficou minutos a mais na frente da tela? A TV é inimiga da responsabilidade, quanto mais deveres a cumprir, maior a vontade de assisti-la. Nesse caso, a solução é algo que você provavelmente ouvia dos seus pais: primeiro a obrigação, depois a diversão.

 
 
O psicólogo Tiago conta que, ao dividir o seu dia em fatias, e reservar com antecedência um tempo para cada atividade, você retoma o controle da rotina.
 
 
Fonte: Tiago Lupoli, psicólogo da clínica CEAAP

COMPORTAMENTO - VISTA CANSADA

A musculatura dos olhos se ajusta - contraindo ou esticando - para achar o foco perfeito de visão.
 
Quanto mais tempo você passa em frente da TV, mais essa musculatura fica cansada. Os olhos são também ricos em pigmentos que tem papel fundamental na visão. Quando a luz incide, esses pigmentos são queimados. O excesso de TV consome mais pigmento, o que leva à estafa visual e pode causar sonolência, principalmente em pessoas que têm hipermetropia. Uma boa solução para evitar esse problema, além de diminuir o tempo que você passa em frente ao televisor, é comprar um aparelho de TV de acordo com o tamanho da sua sala. "Uma televisão de 29 polegadas precisa de, no mínimo, três metros (o ideal são cinco metros) de distância até o telespectador", afirma o especialista. "Outra dica é sair da frente da TV no intervalo e olhar pela janela, a maioria das pessoas já faz isso inconscientemente".
 
 
 
Fonte: Dr. Canrobert Oliveira, oftalmologista e presidente do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB)

COMPORTAMENTO - SONO RUIM

A chegada de luz aos olhos é o estímulo que desperta o corpo ou, pelo menos, foi durante muito tempo. Hoje os principais responsáveis pelo despertar são os irritantes barulhinhos do despertador, mas isso não inativou a sua capacidade de acordar quando os primeiros raios entram no quarto ou quando a os ruídos da rua ficam mais altos. "A televisão é um tubo que emite luz e muitos ruídos, desde diálogos até barulhos", afirma o médico Dirceu Valadares, presidente da Fundação Nacional do Sono (FUNDASONO). "O aparelho empurra o sono cada vez para mais tarde, as pessoas acabam dormindo menos e o tempo de descanso fica menor". Além disso, os estímulos nada harmônicos da TV podem até aparentemente estimular a sonolência, mas, na realidade, eles bloqueiam a fase mais profunda do sono, que permanece superficial.
 
 
 Siga a recomendação do especialista: "O quarto é lugar de dormir ou namorar, deixe a TV na sala ou em outro cômodo para garantir um bom descanso".
 
 
Fonte: Dr. Dirceu Valadares, presidente da Fundação Nacional do Sono (FUNDASONO).

COMPORTAMENTO - ALIMENTAÇÃO ERRADA

 Uma pesquisa feita pela área de medicina da Faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que ficam muito tempo na frente da televisão engordam mais. Isso acontece porque, quando está vendo TV, o metabolismo descansa e, por isso, precisa de menos energia para se manter ativo. Logo, o corpo queima menos calorias.
 
De acordo com a nutricionista Roberta Stella, cores, texturas e sabores fazem parte dos alimentos. "Quando não prestamos atenção na quantidade de alimentos que colocamos no prato e nos envolvemos com uma atividade paralela, tendemos a comer mais do que realmente seria necessário".
 
 
Fonte: Roberta Stella - nutricionista

COMPORTAMENTO - ESTRESSE

Estresse
 
O dia de trabalho foi cansativo e você chega em casa querendo relaxar. A primeira atitude é ligar a TV para esquecer as preocupações? Se você respondeu que sim, pode estar cometendo um grande erro. O psicólogo Tiago Lupoli defende que as cenas de violência, os ruídos muito fortes e até mesmo os momentos em que o filme fica mais agitado podem gerar estresse mesmo sem que você perceba.
 
As pessoas se envolvem com aquilo que estão assistindo e, se o seu objetivo for relaxar, opte por uma caminhada, uma aula de ioga ou até mesmo uma noite bem dormida.
 
 
Fonte: Tiago Lupoli, psicólogo da clínica CEAAP

COMPORTAMENTO - Tv é desculpa para vida social sem graça e saúde frágil

Isolamento

Você é daqueles que troca o passeio com os amigos, o almoço de família ou um encontro amoroso pela sua série predileta? Uma vez ou outra tudo bem, mas fazer isso com frequência pode ser um sinal de que você está abusando da tela. Tiago Lupoli explica que isso pode chegar ao estágio de alienação. "Nessa situação, o paciente dedica a maior parte do seu tempo à TV e esquece compromissos e lazer", afirma. A consequência é o enfraquecimento dos laços com a família, os amigos e todas as outras pessoas do seu círculo social. 



Se você sente que esse hábito já tomou conta da sua vida, procure ajuda profissional. Mas, se sente que ainda dá retomar hábitos saudáveis, diminua o tempo que passa assistindo televisão e tenha certeza de que ela não está atrapalhando as outras atividades do seu dia a dia. Outra dica: quando não der para perder aquele jogo, chame os amigos para assistir com você.

Fonte: Tiago Lupoli, psicólogo da clínica CEAAP

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CINETOSE X ENJOOS EM VIAGENS

Cinetose é a causa de enjoos durante longas viagens.
 
É comum as pessoas sofrerem de náuseas, tonturas e até vômitos em viagens de carro, navio, barco ou avião. O que poucos sabem é que essas complicações têm nome e tratamento específico e são causadas por solavancos, acelerações, desacelerações e movimentações rítmicas ou bruscas que acontecem durante a viagem.
 


Por que as pessoas enjoam?

O neurocirurgião do Grupo de Colunas do Hospital das Clínicas Alexandre Meluzzi explica que o órgão responsável pelo movimento é uma extensão no nosso sistema auditivo e possui uma estrutura chamada vestíbulo, popularmente conhecida como labirinto.  
 
Esse órgão tem três canais em formato de semicírculo, todos preenchidos com um líquido viscoso denominado endolinfa. O interior desses canais é revestido por células com diversos cílios ligadas a terminações nervosas, que estão em contato com nosso sistema nervoso central.

Os movimentos que nossa cabeça sofre durante as viagens provocam o deslocamento desse líquido, desviando os cílios e gerando impulsos elétricos que chegam até o sistema nervoso central. Nosso sistema nervoso, por sua vez, responde a esses impulsos com a sensação de náusea, podendo a pessoa sofrer enjoos e vômitos.

Os especialistas chamam isso de "vestibulopatia" temporária, cinetose ou Mal do movimento. Alexandre alerta que esse estímulo pode até gerar uma inflamação no órgão do equilíbrio, intensificando os sintomas e causando uma espécie de labirintite. 
 
"Como há fatores psicológicos envolvidos, manter uma atitude positiva pode fazer diferença" conta o neurocirurgião Alexandre, que dá uma lista de recomendações simples:

- Não ingerir muito líquido ou alimentos antes de viajar;
- Fazer paradas se possível, no caso dos automóveis;
- Reclinar o banco quando possível;
- Resfriar o corpo;
- Não ingerir álcool, pois ele agrava os sintomas;
- Evitar leitura durante as viagens;
- Não olhar pela janela e para os objetos em movimento;
- Fazer exercícios posturais e de relaxamento;
- Repousar e dormir para ajudar a controlar os sintomas.

Fonte: Dr. Alexandre Meluzzi - neurocirurgião do Grupo de Colunas do Hospital das Clínicas