terça-feira, 19 de agosto de 2014

Utilização de medicamentos na terceira idade

Quando o assunto é medicação na terceira idade, é preciso estar muito atento e ter uma série de cuidados para evitar alguns problemas. Veja as várias dicas para evitar problemas com remédios e, assim, conseguir aproveitar tudo o que a "melhor idade" tem de bom.


Automedicação
Quando vão à farmácia, muitas pessoas compram medicamento por impulso. São aquelas que aproveitam para levar o analgésico que está com preço mais baixo ou compram xarope para tosse e pastilhas para a garganta porque está acabando o que tem em casa. 

"Na terceira idade, o metabolismo do idoso é mais lento. Por ter uma tendência maior a apresentar determinadas doenças, eles tomam uma quantidade maior de medicamentos. Nestes casos, os riscos da automedicação ocorrem principalmente com os remédios que não precisam de receita médica, justamente porque não houve orientação de um profissional. Se consumidos por conta própria e de forma inadequada, podem oferecer riscos à saúde", explica Gabriela. Em caso de dúvidas, consulte o médico ou o farmacêutico, pois darão todas as informações necessárias de dosagem, o horário e o modo como devem ser ingeridos.

Leia a bula!
A maioria das pessoas não dá atenção às bulas de remédio. Para os idosos, isso pode ser mais complicado, já que as letras são bem pequenas. Mas é importante saber o remédio que está tomando e quais as possíveis reações adversas (são aquelas reações desagradáveis e que, muitas vezes, já estão descritas em bula, como mal-estar, dores de cabeça, entre outros). É importante saber quando a reação não se trata de alergia, uma resposta do sistema imunológico e que pode se caracterizar como vermelhidão no corpo, coceira, inchaço e/ou fechamento da glote.

Conservação
"É importante manter sempre os medicamentos na embalagem original. Como os pacientes idosos tomam muitos remédios, é comum o uso das pillbox, aquelas caixinhas que acomodam juntos todos os remédios da semana. Isso provoca alteração na data de vencimento, pois o medicamento fica em contato com o ar. 

Também pode levar a pessoa a tomar o remédio errado e no horário errado, pois os comprimidos soltos ficam sem identificação", comenta Gabriela. Ela explica que o ideal é conservar em lugares secos e onde não tenha exposição direta à luz. Evite as gavetas em armários da cozinha e banheiro, por serem locais úmidos. Prefira gavetas na sala ou no quarto, por exemplo.

Farmácia Popular
O Programa Farmácia Popular, desenvolvido pelo Governo Federal, oferece medicamentos mais baratos para a população que sofre de doenças crônicas com tratamentos que necessitam do uso diário de remédios. Os medicamentos que estão inclusos no programa podem ser vendidos com desconto de até 90%. Alguns medicamentos, como os que tratam diabetes e hipertensão, podem ser adquiridos gratuitamente.

Medicamentos de alto custo 
Muitos medicamentos são disponibilizados gratuitamente pela Secretaria de Saúde do Estado ou vendidos com preços muito mais baratos na Farmácia Popular. Remédios para tratar doenças de maior complexidade como hepatite, esclerose múltipla ou esquizofrenia, por exemplo, podem ser retirados sem nenhum custo. Para isso, é preciso que o médico seja cadastrado no SUS (mesmo que a consulta seja particular ou pelo convênio), preencha um formulário e solicite os exames necessários. Depois, o corpo clínico da farmácia de alto custo analisará o processo e dará um parecer se o medicamento será liberado ou não. "A cada três meses é necessário fazer a renovação deste processo, pois o médico precisa acompanhar a resposta do paciente ao tratamento" comenta Gabriela.

Saiba mais!
Farmácia Popular: confira a lista de medicamentos que são vendidos com descontos, os preços e a ficha de cadastro no site da Farmácia Popular.

Rename: A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é a lista oficial de medicamentos distribuídos pelo SUS. Clique aqui e confira a lista.

Fonte:  Dra. Gabriela Kurita, farmacêutica clínica e membro da Comissão de Geriatra do Hospital Santa Catarina.

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