segunda-feira, 14 de abril de 2014

Seu filho é um ¨Picky Eater''?

Não é difícil encontrar uma criança com problemas para se alimentar. Mas existe um tipo que vai além: o picky eater (em português, comedor exigente). Trata-se daquela criança que possui um comportamento seletivo, que manifesta a tríade: recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento.

A dieta do picky eater é restrita a cerca de 10 tipos de comida, sendo carboidratos, alimentos ricos em açúcar e os processados. Geralmente, há uma grande aversão a frutas, legumes e verduras.




Causas variadas

Geralmente, a criança desenvolve esse comportamento alimentar por motivos diferentes: desde a monotonia alimentar até problemas pontuais, como alergia, distúrbios intestinais e infecções. A fase, no entanto, pode ser transitória, que consiste do tempo necessário à adaptação aos novos alimentos ou até de tratamento clínico, dependendo do problema.  

Conselhos para ajudar seu filho

Para que a criança se acostume com o sabor de novos alimentos é preciso paciência – e isso pode demorar. Ofereça, no mínimo, de oito a dez vezes a mesma comida, mas sem forçar. Deve-se, também, estabelecer um horário para as refeições. “Discipline onde, quando e o que ela deve comer e evite distrações nessa hora, como ligar a televisão”, ensina a pediatra.  

Com relação à quantidade, quem decide é a criança. Se ela disser que está satisfeita, os pais não devem forçá-la. Mas se pedir comida logo após a refeição, eles precisam ser firmes e fazê-la esperar até o horário da próxima.

Conforme a criança vai se adaptando aos novos sabores, introduza outros alimentos, aos poucos. “O importante é conversar com a criança, mas não ceder às vontades dela, pois se fizer isso, ela nunca irá se habituar com os novos alimentos”, sentencia a médica.


Fonte: Dra. Alcinda Aranha Nigri, pediatra da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

quarta-feira, 2 de abril de 2014

COMPORTAMENTO - Por que a comunicação entre pessoas é tão difícil?

Somos extremamente centrados em nós mesmos. Vivemos como se os outros soubessem exatamente o que se passa dentro de nós. Estamos muito pouco atentos para as enormes dificuldades que temos em nos comunicarmos com alguma eficiência. Nos últimos tempos, esses obstáculos têm chamado a atenção de muita gente. Pode até ser que as indiscutíveis diferenças entre os sexos determinem problemas ainda maiores para a comunicação entre homens e mulheres do que os encontrados entre as pessoas em geral. Mas a questão é mais complexa.

Às vezes é bom parar para pensar sobre as ironias de nossa condição. Gostamos de ser únicos, especiais e inconfundíveis. Fazemos uma avaliação positiva das diferenças na nossa aparência, mas achamos que somos essencialmente parecidos do ponto de vista intelectual e emocional.
Ver as propriedades que nos definem e nos tornam especiais de um forma positiva nos agrada porque isso satisfaz a nossa vaidade. Por outro lado, quando se trata do nosso mundo interior, gostamos de nos imaginar parecidos uns com os outros. Ao nos reconhecermos como únicos, teríamos de nos deparar com o fato de que somos uma ilha solitária, ainda que cercados por milhões de outras ilhas.
Adoramos nos sentir especiais, mas detestamos nos sentir sozinhos. A solução que encontramos para essa contradição é a de nos definirmos como seres da mesma “massa”, possuidores de umas tantas particularidades, por meio das quais podemos nos destacar e dar vazão ao nosso orgulho.
Podemos até dizer que a compreensão da existência de diferenças radicais não só nos daria clara percepção da nossa solidão como também nos impediria qualquer tipo de comparação, o que seria péssimo para a vaidade – pois não se podem comparar qualidades diferentes.
Partimos do ponto de vista de que o outro é parecido conosco, sente as coisas da mesma forma e, em essência, pensa como nós. Aliás, nos irritamos diante de alguma diferença de opinião. Nem chegamos a considerar a hipótese de que a mesma palavra possa ter um significado diferente no cérebro de outra criatura. Não damos o braço a torcer nem com os exemplos mais banais: “tradicional” pode ser uma ofensa para um vanguardista e um elogio para um conservador; e “engordar” tem significados diferentes para um magro e um gordo.
Projetamos nos outros nossa maneira de ser e de pensar. Depois nos comunicamos com eles como se fossem entender tudo exatamente como estamos falando.
O resultado não poderia deixar de ser esse amontoado de mal-entendidos e de agressões involuntárias – ou não – determinadas por uma palavra que é ouvida de forma diferente daquela que é falada.
Se quisermos começar a nos comunicar de verdade, teremos que partir do princípio de que outro é autônomo e não uma extensão de nós mesmos. Assim, talvez possamos encontrar uma forma de construir uma ponte entre duas ilhas.

Fonte: Dr. Flávio Gikovate - psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor.

COMPORTAMENTO - Quem tem medo da solidão?

Muitos casais só evitam a separação porque temem o isolamento de uma vida solitária. Nossa sociedade centrada no núcleo familiar, estimula a dependência entre as pessoas.
O que é preferível: ficar só ou mal acompanhado? A esta pergunta a grande maioria das pessoas responde de duas maneiras diferentes. Quando se trata de uma situação hipotética ou da vida dos outros, elas dizem que não há sentido algum em continuar com que não se ama ou com quem a gente não tem afinidade. Assim respondem também os mais jovens e inexperientes.
No entanto, quando enfrentamos uma situação de fato, em que um homem e um mulher se vêem envolvidos numa união cheia de brigas e dissabores, a coisa é muito mais complicada. A maior parte dos casais prefere ir tocando o relacionamento aos trancos e barrancos em vez de fazer as malas e ir para qualquer outro lugar – a casa de um parente, de um amigo, um hotel etc. Essa é uma das situações em que é muito fácil falar, mas muito difícil de fazer.
Afinal, o que nos prende tanto ao casamento? Serão só filhos? O patrimônio? Os costumes e apegos que temos às coisas que nos cercam, especialmente a própria casa? Ou será o pavor de nos vermos isolados?
Embora todos os fatores citados tenham certa importância, acredito que a principal razão pela qual as pessoas conservam vínculos absolutamente insatisfatórios deriva do fato de que não podem sequer se imaginar sozinhas por alguns dias.
É curioso, pois isso acontece também com aquelas criaturas que, no passado, viveram longo tempo sem companhia. É como se a gente desaprendesse totalmente que nossa condição é, sob certos aspectos, até bastante agradável. É como se a gente regredisse e conseguisse se considerar integrada apenas dentro de um grupo.
Todos nós crescemos participando de um núcleo familiar – ou algum substituto dele – no qual nos sentíamos mais protegidos, mais confortáveis. E a sensação persistia mesmo se o ambiente fosse tenso, cheio de brigas e atritos. Afinal de contas éramos dependentes e não tínhamos a opção de ficar sozinhos. Esta hipótese estava relacionada com o total desamparo e com a falta de recursos para a sobrevivência.
Parece que, depois de adultos, continuamos a associar à vida em família toda a sensação de proteção e segurança: e, à vida solitária, todo o medo e todo o abandono. Isso sem contar os preconceitos, pois crescemos ouvindo frases do tipo: “Coitada de fulana! Não se casou e vive sozinha. Como deve ser triste a sua vida!”, “pobre daquele menino órfão que não tem os pais para lhe dar carinho e atenção”. Tais frases, repetidas durante os anos de formação, ficam impressas a ferro e fogo dentro de nós.
Podemos ficar sozinhos por anos a fio, especialmente durante a mocidade. Isso acontece quando vamos estudar ou trabalhar noutra cidade, por força das circunstâncias ou mesmo por livre opção.
Depois de certo período mais difícil de adaptação, acabamos gostando muito da experiência. Mas vêm de novo os preconceitos que nos “ensinam” não ser “normal” gostar de ficar só. Logicamente, esse tipo de contradição nem sempre ocorre. No nosso país, a grande maioria dos jovens só sai de casa para se casar. Quando estuda fora, mora em repúblicas, que são habitações coletivas, onde mais uma vez se valoriza a vida em grupo.
Embora nem todos tenham consciência disso, a sociedade favorece a dependência entre as pessoas. Acontece que, em determinados momentos, deveríamos estar capacitados para atos de plena autonomia. E não estamos. É o caso da situação conjugal cheia de brigas e desacertos. Racionalmente, teríamos de pôr um fim nisso o mais depressa possível. Precisaríamos ter condições para passar um certo tempo sozinho, independentes, nos bastando, capazes de diálogos interiores, meditação e reflexão até para entender em profundidade porque as coisas se encaminharam dessa forma.
Infelizmente, a simples ideia de nos encontrarmos isolados num quarto de hotel já nos provoca pânico. E ficamos presos ao emaranhado complexo em que se transforma a vida conjugal cheia de atritos. Na maioria dos casos, não temos forças sequer para uma separação temporária. Penso que esse tipo de medo é muito perigoso, pois não são raras as vezes em que uma “pausa conjugal” pode ser a última chance para a reconciliação.
Quando estamos sozinhos e longe da situação de conflito, temos oportunidade para refletir melhor e fazer uma autocrítica mais correta. Aliás, deveríamos recorrer à solidão sempre que nos encontrássemos numa encruzilhada, seguindo o exemplo de Moisés, Jesus e tantos outros, que se isolaram para meditar, nas montanhas ou no deserto, ganhando novas forças antes de tomar decisões radicais e definitivas.

Fonte: Dr. Flávio Gikovate - psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor

terça-feira, 1 de abril de 2014

TAI CHI CHUAN - Proporciona equilíbrio e combate o estresse

O princípio básico do tai chi chuan é aprender a relaxar, ficar calmo, com a mente limpa, seja nos movimentos, seja no trabalho ou em qualquer outra atividade. 
No tai chi chuan, a suavidade e a flexibilidade superam a dureza e a rigidez. O exercício, que engloba também uma filosofia de vida, enfatiza a harmonia como um meio de melhorar o desenvolvimento da mente e das habilidades físicas. Também é ressaltada a importância do controle da respiração, a prática da meditação e de movimentos naturais do corpo. 
1 - Fortalecimento corporal
2 - Equilíbrio emocional
3 - Capacidade de suportar momentos de estresse
4 - Resistência a embates físicos e psicológicos
5 - Capacidade de decisão rápida e efetiva
6 - Clareza mental
7 - Discernimento
8 - Formação ética de alto nível
9 - Sentido de grupo e hierarquia
10 - Sentido de ideal familiar
Se observarmos cada um destes itens, vamos perceber que há uma equivalência com as necessidades dos funcionários de empresas na atualidade. Inclusive o vocabulário utilizado pelos sistemas de treinamento de hoje coincidem com o que os mestres do passado utilizavam para formar seus guerreiros.
Sendo assim, a arte marcial Tai Chi Chuan serve a propósitos bem definidos dentro das empresas, colaborando para que as pessoas de todos os setores possam conquistar os requisitos citados acima e ocupem suas posições, quaisquer que sejam elas, de maneira agradável, colaborativa e participativa. Essa arte milenar ainda ajuda os funcionários a se conscientizarem sobre seu valor pessoal e, ao mesmo tempo, a servir a empresa.
O Tai Chi Chuan conduz o aprendiz, em primeiro lugar, a tomar consciência de si mesmo, de seu corpo e de seus limites. De forma gradativa, o praticante também aprende a superar suas dificuldades, sem correr riscos corporais ou psicológicos. A ênfase colocada em movimentos suaves, contínuos e circulares permite que o aluno se exercite sem estresse, conheça seu corpo, aprenda a respirar e se mantenha no "centro" o tempo todo.

EXERCÍCIO DE TAI CHI CHUAN PARA FAZER NO TRABALHO

Que tal aproveitar os benefícios da técnica, por meio de um exercício chamado "Abraçando a árvore"? Qualquer um pode colocar em prática no ambiente de trabalho ou antes de sair de casa. O resultado será mais calma interior, equilíbrio e tranquilidade.
  • 1
    Em pé, com os pés paralelos na abertura dos ombros, flexione um pouco seus joelhos, deixando a coluna bem ereta e os ombros relaxados. Sinta como se um fio lhe suspendesse desde o topo da cabeça, permitindo que sua coluna cresça um pouco, e vá alongando a musculatura das costas suavemente.
  • 2
    Mantenha os ombros relaxados, levante os braços e os arredonde na frente do corpo, como se estivesse abraçando uma árvore. A altura das mãos não deve ultrapassar a altura do peito. O peso dos braços deve permitir que os ombros permaneçam relaxados.
  • 3
    Respire tranquila e profundamente nessa posição, e olhe para um ponto imaginário entre as mãos. Deixe que os pensamentos fluam e não se apegue a eles.
  • 4
    Permaneça na posição de 5 a 10 minutos, sentindo o peso dos braços, mas sem tencionar os ombros. Vale a pena experimentar!
 Fontes: Fernando De Lazzari e Angela Soci - Professores de Tai Chi Chuan

Os Benefícios do Pão Integral

O Pão integral é muito importante para a alimentação, mas você sabe por que este é o pão mais indicado quando o assunto é saúde?

O Pão branco e o integral se diferem não somente pela cor, existem outros fatores que os separam como por exemplo: O branco leva a farinha de trigo que passa por um processo de clareamento e refinamento antes de pronto, enquanto o integral é feito com a farinha de trigo que não passa por este processo. Como resultado, ele permanece com a casca do trigo, que contém diversos nutrientes e benefícios e ainda é rica em fibras, ajuda a regular o intestino e a controlar o colesterol ruim, o LDL. 


Especialistas garantem ainda que a ingestão diária de fibras pode prevenir doenças como: câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, além de doenças cardiovasculares.

Em resultados das fibras, o processo de mastigação e digestão do pão integral é mais lento, e com isso nos sentimos mais satisfeitos. Levando em consideração que o cérebro demora cerca de 20 minutos para perceber que a pessoa está comendo.

Dentre recomendações de consumo, o pão integral é muito indicado para quem tem diabetes, a quebra do carboidrato presente no pão (tendo como um dos produtos finais o açúcar) é igualmente mais lenta, resultando em um controle maior da glicemia (açúcar no sangue). Por isso é necessário não se prender tanto a quantidade de calorias que se está ingerindo, mas sim à qualidade do alimento.

A recomendação internacional de ingestão de fibras é de 30 gramas por dia. Duas fatias de pão integral correspondem a aproximadamente 10% da necessidade diária. Existem outros alimentos capazes de cumprir a função de preencher a recomendação diária de fibras, alimentos das leguminosas, que é o grupo composto pelo feijão, pela lentilha, pelo grão de bico. E dos cereais, os carboidratos, no caso os integrais.

Os benefícios do pão integral são diversos, trás qualidade na nossa alimentação e melhorias no nosso organismo.

Receitinha Básica - Pão Integral

Ingredientes
3/4 xícara de leite morno
1 ovo
1/4 xícara de óleo
1 tablete de fermento biológico ou 1 colher de sopa de fermento biológico seco (o do pacotinho)
1 1/2 colher de sopa de açúcar
1 pitada de sal
1/2 xícara de farinha de trigo
1 1/2 xícara de farinha de trigo integral
Acrescente na massa se quiser: Mel, linhaça, Farinha de aveia ou Uvas passas 

Modo de Preparo
1. Bata no liquidificador o leite (ele precisa ser morno, se estiver muito quente vai acabar “matando” o fermento), o óleo, o ovo e o fermento (esfarelado, se for em tablete) até ficar homogêneo. Acrescente o açúcar e o sal e bata mais um pouco.

2. Despeje a mistura líquida em uma tigela e misture a farinha aos poucos até ficar totalmente integrada.

3. Coloque a massa em uma forma de pão, untada e enfarinhada, e deixe descansar até dobrar de tamanho (pelo menos 30 minutos).

4. Leve ao forno pré-aquecido na temperatura mínima (150°C a 180°C) por  30 minutos ou até ficar com a superfície dourada.


Como o pão não tem conservantes, consuma-o em 3 ou 4 dias, no máximo.