terça-feira, 14 de julho de 2015

Síndrome de Burnout: a doença dos profissionais estressados


A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão profissional e sua principal característica é uma série de sentimentos percebidos no dia a dia de trabalho, como a apatia, perda de entusiasmo, desmotivação, frustração, intolerância, insatisfação, impaciência e sensação de fracasso.

Ela é conhecida como a doença do profissional estressado e atinge colaboradores que lidam com grande pressão emocional e com situações estressantes por longos períodos.


Em geral, a síndrome pode se manifestar em qualquer área, mas ela normalmente atinge profissionais que lidam com grande pressão emocional e com situações estressantes por longos períodos, como é o caso dos professores, médicos, enfermeiros e policiais.

Sintomas

Os sintomas são os mesmos do stress, sendo o diferencial que, no Burnout, a causa é intimamente relacionada à vida profissional da pessoa. “Os principais sintomas são: alterações do sono, do apetite, da digestão, da concentração, do humor, além de sintomas como, taquicardia, sudorese, dor muscular e baixa da imunidade que também são muito frequentes”, complementa.

Tratamento

O tratamento envolve um cuidado especial com o corpo e com a mente, ou seja, além do tratamento dos sintomas junto de um médico, é importante que seja feito também um acompanhamento com um psicólogo que vai tratar o comportamento do paciente e suas relações no trabalho.

Dependendo da avaliação médica, da análise dos sintomas - e o quanto comprometem a saúde do trabalhador -, bem como da resposta ao tratamento, o profissional diagnosticado com a Síndrome de Burnout pode ter suas atividades profissionais suspensas, ou seja, ser afastado do trabalho.

Dicas

Para evitar o esgotamento profissional, a coordenadora psicossocial dá algumas dicas:

- Escolha um trabalho que tenha algum significado pessoal além de ganhar dinheiro, pois somente este motivo não será o suficiente para mantê-lo motivado nas fases difíceis e inevitáveis de qualquer atividade;

- Fortaleça os seus vínculos de coleguismo no ambiente de trabalho – são seus colegas que poderão te apoiar nos momentos difíceis e ajudá-lo a superar as crises com menos sofrimento e solidão;

- Não se deve "fugir" das dificuldades. Aprenda a lidar com elas, encarando-as como um amadurecimento das suas habilidades;

- Avalie se você esta contribuindo para seu sofrimento profissional: seu perfil é centralizador? Você sabe trabalhar em grupo? E dividir as responsabilidades? Da mesma forma, discuta com seus pares e superiores caso perceba que eles têm dificuldades em relação a estas questões, pois elas influenciam na qualidade do trabalho de todos os envolvidos;

- Observe se você sofre “pressão interna” de si mesmo devido ao senso de competitividade, de ser sempre o melhor, nunca falhar e necessitar ser reconhecido profissionalmente como acima da média para estar feliz profissionalmente;

- Não deixe de fazer cursos e participar de atividades, pois além de ser estimulante, pode ser útil quando for buscar por novas oportunidades;

- Você não é o seu trabalho. Você é mais que isso, saiba dar ao seu trabalho a dimensão que ele tem;

- Às vezes você precisará se doar mais no trabalho, ficará até mais tarde ou assumirá funções não planejadas, mas são exceções. Se elas virarem rotina, pare, discuta com seu superior e avalie;

- Boa parte do sofrimento no ambiente de trabalho vem de problemas nas relações com clientes e superiores e envolvem assédio ou algum tipo de deslize moral. Notifique seu superior sempre!

- Ninguém é obrigado a permanecer num local de trabalho. Se está infeliz e acredita que os recursos de mudança foram esgotados, planeje sua saída, diminua as dívidas, ajuste o orçamento doméstico, peça ajuda da família, aperfeiçoe-se e tenha coragem para mudar;

- Se o local de trabalho não está de acordo com sua expectativa, especialmente por motivos éticos e morais, busque outras oportunidades;

- Aprenda que sua qualidade de vida não é responsabilidade apenas da empresa. Readeque sua jornada, diminua as expectativas e trabalhe com mais qualidade.

- Férias e folgas são para descansar. Use-as com sabedoria e dentro do prazo estipulado;

- Chega exausto para trabalhar na segunda-feira? Talvez o domingo deva ser aproveitado com atividades menos exaustivas.  

Para finalizar, Rita recomenda que seja feita uma autoanálise para verificar se o profissional está contribuindo com uma boa vida profissional: “É importante que o próprio colaborador faça uma autocrítica, pois o Burnout envolve outras questões que vão além do ambiente corporativo e que, obviamente, incluem a avaliação do comportamento e da administração do próprio tempo”.

Fontes: Rita De Cassia Calegari, coordenadora Psicossocial na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Comunicação

Como limpar os ouvidos

Usar hastes flexíveis pode provocar lesões no ouvido e rompimento do tímpano

Limpar os ouvidos com as famosas hastes flexíveis é uma ação comum para muitas pessoas, mas o que elas não sabem é que os especialistas condenam essa prática.

Pessoas que não sofrem com o excesso de cerume, também conhecido como cera de ouvido, precisam de limpeza apenas na parte externa, já que essa cera funciona como uma proteção aos ouvidos: “O cerume é produzido por glândulas da pele do conduto auditivo externo e é um protetor natural para esta região”.


Ainda segundo o especialista, a pele do canal do ouvido é muito fina e desidrata com muita facilidade e o cerume, que é uma cera amarelada e gordurosa, evita que as barreiras de proteção do ouvido se quebrem, impedindo a invasão de micro-organismos.

Além disso, as hastes podem provocar lesões agudas ou crônicas que ocorrem quando há uma inserção profunda e inadvertida das hastes na hora da limpeza. “No trauma agudo pode haver laceração da pele do conduto, perfuração da membrana timpânica e até uma ruptura da cadeia ossicular com trauma à orelha interna, gerando vertigem e surdez. Já quem usa diariamente pode sofrer micro lacerações, levando a uma maior sensibilidade para otites externas, eczemas e coceira”, completa o otorrino.

Para esses casos, Bogaz recomenda que sempre seja feito acompanhamento com um especialista para que ele avalie o melhor tratamento, mas que o método mais comum adotado é o uso de remédios tópicos com antimicrobianos e aspirações para limpeza do conduto. Já nos casos mais graves, que são os que apresentam trauma agudo com rompimento de membrana e da cadeia ossicular, pode se fazer necessário o tratamento cirúrgico. 

Para Eduardo, a melhor forma de limpar os ouvidos no dia a dia é durante o banho: “A limpeza deve ser feita apenas na parte externa e a pessoa pode, durante o banho, por exemplo, limpar o ouvido friccionando os dedos e depois enxugar com a toalha”.

Ainda assim, mesmo com a limpeza diária, a cera pode se acumular no conduto auditivo e comprometer a audição de forma significativa, mas segundo Bogaz, o tratamento para esta condição é simples e a remoção pode ser feita com a realização de lavagem, aspiração ou instrumentação, dependendo da condição do paciente.

“Apesar da remoção parecer um procedimento muito simples, ela deve ser feita por um otorrino, já que não é recomendado a realização desse procedimento por um profissional que não seja qualificado, pois a partir do procedimento podem surgir infecções e outras complicações”, finaliza. 

Fonte: Dr. Eduardo Bogaz, otorrinolaringologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e Comunicação

sábado, 4 de julho de 2015

Em paz com os hormônios

Ganho ou perda de peso, alterações no humor, menstruação desregrada, sonolência ou dificuldade para dormir, problemas de crescimento, entre outros sintomas, sem qualquer causa aparente. Esses podem ser sinais de que seus hormônios estão desequilibrados.
 E que poder é esse que os hormônios têm sobre nosso corpo?

A médica explica que os hormônios são substâncias liberadas na corrente sanguínea por uma glândula ou órgão e que afetam a atividade de células em outro local. Eles ditam as alterações que ocorrem em nossa vida nas diferentes fases, como na puberdade, na menopausa, na andropausa. "Os hormônios são responsáveis por inúmeras funções do corpo e quando produzidos em excesso ou em baixa quantidade alteram o equilíbrio químico, prejudicando a saúde", afirma Dra. Joilma.
Manter o equilíbrio hormonal é importante para prevenção de doenças e de sintomas desagradáveis. "Adotar um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividade física e alimentação equilibrada contribui para que você fique em paz com seus hormônios", informa Dra. Joilma.

Em relação à alimentação, confira algumas dicas:
Durante a TPM
A Tensão Pré-Menstrual (TPM) acontece porque durante o período fértil da mulher, os níveis de progesterona e estrógeno aumentam, preparando o corpo para a gestação. Quando isso não acontece, a produção de hormônio cai e ocorre a menstruação. A diminuição dos hormônios provoca sintomas, como irritabilidade, cansaço, cólicas, cefaléia e inchaço no período que antecede a menstruação. O consumo de alimentos ricos em cálcio (leite e derivados), vitaminas B6 (carnes, nozes e banana) e cereais integrais podem ajudar. Evite: cafeína (café, chocolate e refrigerantes), álcool e excesso de doces.
Acne na puberdade
O problema que, em geral, acontece na puberdade está relacionado a alta da produção dos hormônios sexuais, que aumentam a atividade das glândulas sebáceas. A pele fica mais oleosa, o que contribui para a obstrução dos poros, criando um ambiente propício a acne, caracterizada pela inflamação local. Consumir alimentos ricos em omega-3 (sardinha, três vezes por semana); frutas e verduras de cores amarelas, ricos em betacaroteno (mamão, manga e batata-doce), outra substância antiinflamatória; e frutas cítricas (laranja e goiaba), que tem ação antioxidante, ajudam a combater o problema. Evite: excesso de carnes, leite e derivados e chocolate.
Manter o equilíbrio da tireóide
A tireóide é a glândula responsável pela produção dos hormônios t3 (triiodotironina) e t4 (tiroxina), que regulam o metabolismo. Quando não funciona corretamente, pode levar a inúmeras doenças. As mais comuns são o hipotireoidismo (produção hormonal baixa) e o hipertireoidismo (produção acima dos níveis normais). A produção baixa do hormônio pode provocar dificuldade de concentração, ganho de peso, desânimo e maior risco para depressão. Em níveis altos, ansiedade, irritação, perda de peso e insônia. Alimentos ricos em iodo (bacalhau ou mexilhão) e selênio (castanhas, carne vermelha uma vez por dia, e uma laranja por dia) contribuem para o bom funcionamento da tireóide. Evite: carboidratos, como arroz, pães e massas de farinha branca
Menopausa
Com a diminuição quantidade de estrógeno, hormônio que atua sobre os ossos, o coração e o cérebro, podem ocorrer: ondas de calor, suores, mudanças de humor, entre outros. Incluir na dieta alimentos à base de soja, linhaça e hortaliças ajudam a amenizar os sintomas. Evite: gorduras saturadas, cafeína e pratos condimentados.
Andropausa
Com diminuição gradativa da produção de testosterona, podem ocorrer problemas como, desânimo, desinteresse por atividades diárias, diminuição da libido, tendência à irritabilidade, depressão e perda de massa muscular. Essa síndrome conhecida como andropausa, pode ser amenizada com uma dieta rica em carnes magras (aves sem pele e peixes), hortaliças e frutas e, principalmente, tomate que contém licopeno, substância que combate o câncer de próstata. Evite: gorduras, excesso de açúcar e bebidas alcoólicas.

Fonte: Dra. Joilma Rodrigues de Lima, Diretora do Departamento de Endocrinologia do A.C.Camargo.