quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Soluço

O soluço é provocado por um espasmo do diafragma, um músculo que separa o tórax do abdômen e está diretamente relacionado com a respiração. Esse espasmo é acompanhado simultaneamente pelo fechamento da glote, o que prejudica a passagem de ar para os pulmões e produz o som típico e característico do soluço. Bebês estão sujeitos a crises mais frequentes de soluço, uma vez que seu sistema nervoso ainda imaturo não atua adequadamente sobre o diafragma.


Causas

O soluço pode ser benigno. Nesse caso, apesar de incômodas e desagradáveis, as crises costumam ser passageiras e autolimitadas. Elas podem ter como causa a distensão do estômago provocada pela ingestão de grande quantidade de alimentos, de bebidas carbonatadas, como os refrigerantes, ou pela deglutição de ar.

Mudanças bruscas de temperatura, tabagismo, álcool, ansiedade e estresse estão entre as outras causas possíveis do distúrbio.

No entanto, as crises de soluço podem ser recorrentes ou persistentes e terem como causa problemas ligados ao sistema nervoso central, ao metabolismo, à irritação do nervo vago ou frênico, a procedimentos cirúrgicos e pós-operatórios ou a fatores emocionais.

Diagnóstico e tratamento

Existe uma série de manobras simples, que podem ser úteis no controle das crises de soluço benigno. Algumas, de fato funcionam. É o que acontece quando o paciente interrompe a respiração ou respira dentro de um saco de papel por alguns segundos, pressiona os joelhos dobrados contra o peito ou puxa a língua para provocar vômitos e eructações, a fim de aliviar a pressão dentro do estômago.

Nos casos de soluço persistente, a preocupação deve voltar-se para  a identificação e tratamento das causas. Para tanto, existem diversos tipos de medicamentos que ajudam a debelar as crises. Para os quadros mais renitentes, há ainda o recurso do bloqueio do nervo frênico.

Recomendações

Como a maior parte dos ataques de soluço dura apenas alguns minutos, é grande o número de tratamentos caseiros indicados. É muito difícil avaliar a eficácia de medidas tão empíricas, mas como são inócuas, vale a pena tentá-las no início da crise. Todavia, procure o médico se as crises durarem mais de 24 horas, principalmente se interferirem com o sono. Soluço crônico usualmente requer acompanhamento neurológico.

Manobras caseiras;

* Prenda a respiração por alguns segundos;

* Engula uma porção de açúcar cristal (uma colher de chá), miolo de pão ou gelo moído;

* Chupe uma fatia de limão;

* Respire repetidamente dentro de um saco de papel;

* Faça gargarejos com água;

* Puxe sua língua para provocar reações de vômito;

* Coce o céu da boca com um cotonete de algodão;

* Suspenda a úvula (campainha da garganta) com uma colher de chá;

* Erga os joelhos até o peito e incline-se sobre eles.


Fonte: Dr. Drauzio Varella - oncologista, cientista e escritor brasileiro

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