segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Cãibras podem ser falta de nutrientes

Você sabia que a cãibra pode ser um indício de que o seu corpo precisa de água e nutrientes? Pois é, essa contração involuntária dos músculos – que vem junto com uma dor intensa, pode acontecer a qualquer hora e é sinal de desequilíbrio no organismo.

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A desidratação e a falta de sais minerais (potássio, cálcio e magnésio) na dieta estão entre as causas mais comuns das cãibras. Normalmente, quem toma diuréticos perde muito potássio. Outros fatores que contribuem para as contrações, segundo o Dr. Drauzio Varella, são a má circulação, a anemia, as baixas temperaturas e a sobrecarga dos músculos na hora do exercício ou por movimentos repetitivos.

É o nosso corpo dizendo que precisa repor a água e os sais minerais. Isso ocorre principalmente na região dos pés, dedos e panturrilha, pois são áreas de maior desgaste, explica o fisiologista da Unifesp Raul Santo, para o portal Minha Vida. Como estão em movimento constante, perdem os nutrientes mais rápido.

Nas crises de cãibra, que costumam durar menos de um minuto, a melhor medida é alongar o músculo na hora da contração, para estimular o relaxamento e a circulação. Segundo o especialista, quando esticamos a panturrilha ou puxamos os dedos, alongamos os músculos desnutridos e irrigamos o sangue, repondo os minerais. Para prevenir a dor, uma dieta equilibrada, hidratação e condicionamento físico são fundamentais.

DICAS PARA EVITAR A CÃIBRA
- Beba muita água
- Se aqueça antes de praticar exercícios e alongue-se
- Evite bebidas muito diuréticas, para não perder muitos nutrientes
- Use sapatos confortáveis
- Tenha muitas vitaminas e minerais no cardápio. DICA: a banana é rica em potássio e ajuda na prevenção da cãibra. Mas você precisa de outros nutrientes.
- Procure um médico se as contrações forem frequentes.


Fonte: Revista Pilates

domingo, 21 de setembro de 2014

Saúde do Intestino

Fundamental para o funcionamento de praticamente todo o organismo, o intestino é a porta de entrada dos nutrientes para o corpo. Daí a importância de avaliá-lo bem, em todo e qualquer tratamento de saúde, conhecendo os fatores de risco e os alimentos naturais mais indicados para mantê-lo saudável.

Sem dúvida este é um dos órgãos vitais que mais influencia em nossa saúde. Participante do sistema digestório, o intestino de um adulto tem cerca de 250 m2 de área (para se ter uma ideia, este tamanho de área é maior do que uma quadra de tênis!). Tudo isso para que ele exerça da melhor maneira os papéis fundamentais que tem sobre a digestão  (1).

É subdividido em dois tipos, de acordo com suas funções (1, 2): 
- o intestino delgado, que libera enzimas para digestão e absorve os nutrientes;
- o intestino grosso, que absorve água e outros nutrientes restantes, que não foram absorvidos no delgado, ao mesmo tempo em que forma as fezes (que nada mais são do que uma mistura de água, fibras, restos alimentares, bactérias e toxinas).

Se pensarmos com calma nesse assunto, vamos ver que o papel do intestino vai muito além de uma simples digestão. Ele é a porta de entrada dos nutrientes que serão distribuídos por todo o organismo. Daí a importância de que ele esteja sempre saudável, e para isso, a alimentação natural e integral é fundamental. 

Conheça melhor os principais fatores que afetam a saúde do intestino (2, 3): 

- falta de alimentos à base de fibras, como grãos integrais por exemplo: sem eles, não há estímulo suficiente para formação das fezes e nem para a manutenção dos probióticos (bactérias “saudáveis”) do intestino;

- poucas verduras, legumes e frutas frescas na alimentação: além desses alimentos serem ricos em fibras, a maioria deles contém prebióticos e substâncias bioativas capazes de manter a microbiota equilibrada e a integridade da parede intestinal;

- excesso de alimentos refinados (à base de açúcar e/ou farinha de trigo branca, como pães, bolos e massas refinadas, doces convencionais etc): eles estimulam o crescimento de fungos, leveduras e bactérias maléficas no intestino, causando problemas como constipação (que pode trazer doenças como o câncer de cólon);

- excesso de proteínas como as de carnes vermelhas, leite e derivados: em grande quantidade no intestino, eles podem sofrer putrefação e desequilibrar a microbiota intestinal;

- excesso de alimentos gordurosos (frituras, folheados, frango com pele, carnes gordurosas, doces à base de cremes e outros): também afetam a microbiota intestinal;

- bebidas alcoólicas: causam inflamação na mucosa do intestino, prejudicando a absorção dos nutrientes e a eliminação de toxinas;

- pouca mastigação: faz com que o alimento chegue ao intestino em tamanho muito grande, agredindo assim a parede intestinal. Isso aumenta o risco de má absorção e de alergias alimentares;

- excesso de líquidos durante as grandes refeições (como almoço e jantar): afeta a digestão estomacal (dilui o suco gástrico), fazendo com que o alimento chegue ao intestino mal digerido e se torne um “agressor”, causador de alergias alimentares e má absorção;

- pouca ingestão de líquidos ao longo do dia, longe das principais refeições: dificulta a formação do bolo fecal.

Além de avaliar esses fatores de risco, é fundamental que os tratamentos de saúde sejam sempre orientados por um nutricionista clínico, que terá como ferramentas para a manutenção e a melhora da saúde do intestino os alimentos naturais, como (2, 3, 4): 

- grãos integrais (arroz integral, quinua, linhaça, feijão, soja, lentilha, grão de bico etc), frutas, verduras e legumes frescos: como vimos acima, eles têm papel fundamental na integridade da parede intestinal, no equilíbrio da microbiota e na formação das fezes;

- alimentos ricos em prebióticos (substâncias participam do crescimento dos probióticos no intestino): banana verde, chicória, cebola, aspargos;

- inibidores de crescimento de fungos, leveduras e bactérias maléficas: alho, semente de abóbora, alecrim, gengibre, canela;

- alimentos orgânicos em geral: para diminuir a exposição do intestino a toxinas como os agrotóxicos;

- ingestão adequada de água mineral.

Para ilustrar melhor nossa conversa, confira a figura abaixo (Fig. 1). Nela você poderá perceber o quanto uma alimentação ruim pode afetar na saúde intestinal, ao mesmo tempo em que os bons hábitos são parceiros da saúde intestinal.


E mais uma vez vale a pena reforçar: o cuidado com o intestino é essencial e reflete na saúde de todo o organismo. Por isso, esperamos que essas dicas ajudem a tornar suas orientações ainda mais práticas e efetivas.


Referências bibliográficas: 
1. CARREIRO, D.M. Entendendo a importância do processo alimentar. 2ª edição, Referência, 2007.
2. DAVIDSON, P.B. Gastroenterologia Funcional. VP Consultoria Nutricional, 2006
3. CARVALHO, G e PERUCHA, V. Doença inflamatória intestinal. Nutrição, Saúde e Performance. n. 29, 2006
4. CARDENETTE, G. H. L. Produtos derivados de banana verde (Musa ssp.) e sua influência na intolerância à glicose e na fermentação colônica. Tese de doutorado – Faculdade de Ciências Farmacêuticas / USP. 2006

Alimentos para ajudar a prevenir Mal de Alzheimer

O Mal de Alzheimer é uma disfunção que afeta principalmente idosos, causando perda gradativa da memória e alterações comportamentais importantes. Os índices de casos da doença têm crescido no mundo todo, o que preocupa muito os profissionais de saúde (hoje já existem mais de 15 milhões de casos em todo o mundo) (1).


As causas da doença ainda não estão totalmente esclarecidas, mas já se sabe que ela pode ter relação com: fatores genéticos, deficiências nutricionais, aumento de homocisteína sérica, intoxicação por metais pesados ou alterações hormonais (2). Estudos recentes mostram que a alimentação tem um papel importante, tanto no tratamento quanto na prevenção do Mal de Alzheimer. Veja alguns exemplos:

Guaraná (Paullinia cupana)
Ajuda na melhora da memorização do paciente com Mal de Alzheimer (graças à melhora da ação da acetilcolina) (3). Mas atenção: gestantes, hipertensos e cardiopatas não podem consumi-lo, devido à alta concentração de cafeína.


Fontes de ômega 3
Presente na linhaça, na prímula e em peixes, esse ácido graxo é um antiinflamatório que ajuda a preservar o sistema nervoso, por isso, é importante tanto no tratamento como na prevenção da doença (4).

Ginko biloba (Ginkgoaceae)


Estudos mostram que, quando administrada sob prescrição médica ou de nutricionista, pode atuar na melhora da memória durante os primeiros estágios da doença (1, 2).


Cúrcuma 
Além de ter propriedades antioxidantes e antiinflamatórias que ajudam a preservar o sistema nervoso, ela ajuda a reduzir a produção do peptídeo beta-amilóide (que tem efeito tóxico no sistema nervoso no paciente com Mal de Alzheimer) (2).


Frutas, verduras e legumes
O Mal de Alzheimer causa produção excessiva de radicais livres no sistema nervoso. Para tratar esse problema, é importante que o paciente mantenha uma dieta rica em alimentos fontes de antioxidantes, como as frutas, verduras e legumes frescos (de preferência, orgânicos) (5).


Fontes de vitamina E
Muitos experimentos mostram que a vitamina E em especial tem efeito antioxidante importante na diminuição dos radicais livres no tratamento do paciente. Apesar da maioria dos experimentos administrar esta vitamina em forma de suplemento, é importante saber que ela é naturalmente encontrada no gérmen de trigo, em nozes e sementes como a de girassol (2, 5, 6).



Conheça agora alguns fatores de risco para o desenvolvimento do Mal de Alzheimer (2, 4, 7):


excesso de gorduras saturadas e trans, presentes nas carnes gordurosas, no leite integral e seus derivados, e em produtos industrializados como sorvetes, bolachas recheadas e outros (respectivamente);

deficiência de vitaminas do complexo B, especialmente a B1, B6, B9, encontradas nos grãos integrais e nas folhas verde-escuras, além da B12 encontrada nos ovos e outros alimentos de origem animal;

falta de acetilcolina, neurotransmissor que participa da memória. É produzido a partir da colina, encontrada em alimentos como a soja e o ovo;

- jejum prolongado: a glicose é a única fonte de energia do cérebro. Por isso, jejuns por mais de 3 horas podem gerar hipoglicemia, o que é extremamente prejudicial ao cérebro, principalmente se este jejum for um hábito de muitos anos.

O Mal de Alzheimer é uma doença que exige um acompanhamento multidisciplinar, e o nutricionista deve ficar atento ao seu papel neste quadro. Uma alimentação adequada é importante para melhorar a qualidade de vida do paciente, até mesmo potencializando o efeito da medicação e das outras terapias a que ele aderir.


Referências bibliográficas:
1. VIEGAS, C e col. Produtos naturais como candidatos a fármacos úteis no tratamento do Mal de Alzheimer. Quim. Nova, 27 (4), 655-60, 2004.
2. MORITZ, B. Cérebro. CVPE, 2007. 
3. TREVISAN, MTS e MACEDO, FVV. Seleção de plantas com atividade anticolinesterase para tratamento da doença de Alzheimer. Quim. Nova, 26(3), 301-4, 2003.
4. KALLUF, L. Nutrição funcional nos ciclos da vida. CVPE, 2007.
5. CHRISTEN, Y. Oxidative stress and Alzheimer disease. Am J Clin Nutr, 71, 621-9, 2000.
6. GRUNDMAN, M. Vitamin E and Alzheimer disease: the basis of additional clinical trials. Am J Clin Nutr, 71, 630-6, 2000.
7. SNOWDON, DA e col. Serum folate and the severity of atrophy of the neocortex inAlzheimer disease: findings from the Nun Study. Am J Clin Nutr, 71, 993-8, 2000.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Doenças cibernéticas

Já parou pra pensar o que seria de você sem acesso wi-fi, sem smartphone, sem mensagem instantânea, sem o Facebook, sem a atualização do Twitter, e tudo o que está relacionado a nova vida digital? 

À medida que esses itens se tornam indispensáveis para as pessoas, uma série de complicações e novas doenças vem junto com eles.

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Alguns distúrbios são formas modificadas de outros já conhecidos, porém adaptados à nova realidade digital. “Interagir com a nossa tecnologia pode fazer-nos exibir sinais e sintomas diversos, que vão desde depressão, narcisismo ou voyeurismo”, afirma o Dr. Larry Rosen. Ao mesmo tempo, outras doenças totalmente novas surgem intimamente ligadas a este universo cibernético. Embora algumas doenças ainda estejam sendo pesquisadas, muitas já foram catalogadas oficialmente.

Separamos uma lista com oito delas. Não se assuste se você se encaixar em uma ou mais. Em todo caso, se notar que os níveis são alarmantes, a dica é procurar um especialista. Confira!

Síndrome do toque fantasma - Trata-se daquela sensação de que o seu celular está vibrando no seu bolso, fazendo com que você o pegue de cinco em cinco minutos para conferir. A síndrome é mais comum do que imaginamos, de acordo com o Dr. Larry Rosen. Segundo ele, pelo menos 70% das pessoas que assumem usar muito o celular sofrem este tipo de “delírio”. Para o professor, a sensação está relacionada aos mecanismos de resposta do nosso cérebro.

Nomophobia - Nada mais é do que aquela terrível sensação de ansiedade ao ficar sem celular. A palavra nomophobia é uma abreviatura de “no-mobile phobia”, ou seja, medo de ficar sem o telefone móvel. Para algumas pessoas, quando o celular fica sem bateria e não tem nenhuma tomada por perto, há aquela desconfortável sensação de privação e distanciamento do mundo. Segundo o professor, por conta do acesso que a maioria dos celulares tem às redes sociais, ficar sem o aparelho pode causar a sensação de solidão e abandono.

Náusea Digital (Cybersickness) - Trata-se da vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem com alguns ambientes digitais. Em tempos de Gifs, sites em flash e um sem número de experiências em 3D, torna-se cada vez mais comum pessoas sentirem-se tontas e nauseadas ao interagirem com este universo fora do comum. Essas tonturas e náuseas resultantes de um ambiente virtual foram apelidadas de Cybersickness. O termo surgiu na década de 1990 para descrever a sensação de desorientação vivida por usuários iniciais de sistemas de realidade virtual. É basicamente o nosso cérebro sendo enganado e ficando enjoado por conta da sensação de movimento quando não estamos realmente nos movimentando.

Depressão do Facebook -  Enquanto acreditamos que as redes sociais, ao aumentarem as possibilidades de interação entre as pessoas torna-as mais felizes, um estudo da Universidade de Michigan mostra que não. O estudo aponta que a depressão entre os jovens está diretamente ligada ao tempo que passam no Facebook. Aquela história de que o Facebook é o mundo ideal, onde todos são felizes, bem sucedidos, engajados e populares, pode levar o usuário a crer que todo mundo tem uma vida melhor que a dele, causando a depressão. Outro ponto é, justamente quando o usuário faz postagens que não repercutem como ele imaginava que aconteceria, causando profunda frustração. O experimento realizado por Rosen mostrou que os usuários que têm muitos amigos na rede social mostraram ter menor incidência de problemas emocionais, quando o uso da mídia social é associado a outras formas de contato, como o telefone, por exemplo.

Transtorno de Dependência da Internet - Diz respeito ao uso excessivo e irracional da internet com interferência direta no dia a dia. A utilização compulsiva é frequentemente vista com sintoma de alguma doença maior, como depressão, TOC, Transtorno de Déficit de Atenção e ansiedade social, como afirma a Dra. Kimberly Young, médica responsável pelo Centro de Dependência da Internet, que trata de inúmeras formas de dependência à rede. Segundo ela, as formas de vício em internet geralmente estão ligadas a “baixa autoestima, baixa autossuficiência e habilidades ruins”.

Vício de jogos on-line - Embora não seja reconhecido oficialmente como uma doença, o vício em jogos on-line se manifesta como qualquer outro. Existem vários grupos de apoio espalhados pelo mundo, tal como os “Alcoólicos Anônimos”, ajudando pessoas a lidar com o problema. “Quando você é dependente de algo, seu cérebro basicamente está informando que precisa de certas substâncias neurotransmissoras, particularmente a dopamina e a serotonina, para se sentir bem”, diz o Dr. Larry Rosen. Segundo ele, esta regra se aplica em qualquer caso de vício, em que o cérebro sente a necessidade receber os neurotransmissores exige que você faça repetidamente a atividade para se sentir bem.

Cibercondria, ou hipocondria digital - Trata-se da tendência de o usuário acreditar que tem todas as doenças sobre as quais leu na internet. Grande parte deste problema está justamente na quantidade infindável de informações relacionadas a doenças -nem sempre confiáveis- disponíveis na rede. Pessoas recorrem ao “médicos virtuais” para identificar a causa de pequenos problemas, como dores de cabeça por exemplo. A partir daí, com um pouco de informação e muita imaginação, o usuário passa a pensar que tem algo grave. 

O efeito Google - É quando, por conta da facilidade em encontrar todo tipo de informação na internet, nosso cérebro passa a reter uma quantidade menor de informações. O cérebro passa agir como se não mais necessitasse memorizar certas informações, já que as conseguiria com facilidade na rede. Segundo o Dr. Larry Rosen, esta mudança não é necessariamente ruim, uma vez que marca uma mudança social que apontaria para uma geração mais esperta e bem informada. O perigo, no entanto, reside justamente em conhecimentos que precisamos memorizar (matérias de prova, por exemplo), mas não o fazemos pela facilidade em encontrá-lo no Google.


Fonte: Dr.Larry Rosen, professor de psicologia na Universidade Estadual da Califórnia e  Dra. Kimberly Young, médica responsável pelo Centro de Dependência da Internet.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Rinite Alérgica como tratar

A rinite alérgica é uma daquelas doenças que as pessoas dizem que tem, mesmo sem nunca terem buscado um diagnóstico médico.
Rinite: como evitar reações alérgicas dentro de casa
Para quem sofre com alergias ou irritações – geralmente no nariz, nos olhos, na garganta ou na pele – a indicação é realmente a visita a um profissional, que terá condições de diagnosticar corretamente o tipo de doença que o paciente precisa tratar.
No caso da rinite alérgica, o tratamento clínico compõe-se de terapia com medicamentos, imunoterapia específica (que é a indução de tolerância), higiene nasal com solução salina e higiene ambiental.
A higiene ambiental é muito importante para o sucesso do tratamento e pode reduzir consideravelmente aquela irritação desagradável que persegue os alérgicos.
Listamos algumas práticas simples - para serem realizadas em casa e no dia-a-dia - com o objetivo de facilitar a vida e o humor de quem sofre com alergias.

Dicas de higiene ambiental:

  • Colchões e travesseiros devem ser de espuma, fibra ou látex. Evite os de pena ou pluma.
  • No quarto de dormir devem ser evitados bichos de pelúcia, livros e revistas.
  • Colchões e travesseiros podem ser envolvidos em capas impermeáveis aos ácaros.
  • Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas. Recomendam-se pisos laváveis, como cerâmica, vinil e madeira.
  • Cortinas devem ser do tipo persiana ou de material que possa ser limpo com pano úmido.
  • Combater mofo e umidade no quarto de dormir. Além de aparelhos anti-mofo, existem soluções para serem aplicadas nos locais embolorados.
  • Evitar uso de vassoura, aspiradores de pó comum e espanadores. Existem aspiradores de pó com filtros especiais.
  • Evitar produtos de limpeza com odor forte, inseticidas, perfumes e desodorantes em forma de spray e talcos.
  • Evitar fumaça de cigarro direta ou indiretamente, dentro de casa ou em lugares fechados.
  • No início do inverno, lavar antes do uso: os agasalhos de lã, as roupas de frio, cobertores e mantas.
Fonte: Dra. Estelitta Betti, otorrinolaringologista do Hospital Albert Einstein

Como o consumo de bebida alcoólica afeta seu organismo

Vários são os órgãos que podem sofrer danos pelo consumo excessivo de álcool etílico, seja esse consumo feito de forma aguda ou crônica. O consumo agudo é aquele caso em que o indivíduo ingere grandes quantidades de bebida alcoólica de uma só vez, o famoso "porre". E o consumo crônico - que caracteriza o alcoolismo - pressupõe a ingestão constante durante vários anos. Conversamos com um cardiologista que nos contou as formas como este vício afeta o organismo, provocando outras doenças e até mesmo a morte. 



1- Cérebro 
De forma aguda, uma ingestão intensa de álcool pode levar a uma intoxicação e ao estado de "coma alcoólico", com perda de consciência e até morte. Eventualmente, pode ocorrer traumatismo crânio-encefálico, como conseqüência de quedas. O consumo crônico leva à destruição progressiva das células nervosas (neurônios), com conseqüente perda de memória, tremores, déficit de inteligência e raciocínio, que pode resultar em uma grave demência. 

2- Coração 
Logo após uma ingestão excessiva de bebida alcoólica, geralmente no dia seguinte, ocorre uma lesão direta no músculo cardíaco, com o possível aparecimento de arritmias. Esse fenômeno foi descrito pelos americanos como Holiday Heart, também conhecido no Brasil como "coração da segunda-feira". 

Já quando o indivíduo faz uso durante meses ou anos seguidos de álcool, pode ocorrer um aumento no tamanho do coração, levando a uma miocardiopatia dilatada alcoólica. A conseqüência é a insuficiência cardíaca, com falta de ar, inchaço nas pernas, acúmulo de líquido no abdômen, aumento no tamanho do fígado e, nessa fase, a morte em poucos meses, caso o tratamento não aconteça. Mesmo com o tratamento correto, é difícil reverter esse quadro, devido à sua gravidade. 

3- Fígado 
Mais uma vez, existem conseqüências em curto e longo prazos. O consumo agudo pode levar a uma hepatite alcoólica, cujos sintomas principais são mal-estar, dor abdominal e icterícia (caracterizada por uma coloração amarela nos olhos e sob a língua). "Mas o fígado talvez seja o órgão mais atingido pelo consumo crônico de bebidas alcoólicas. A cirrose, com conseqüente insuficiência hepática, ou seja, a perda da função do fígado, é desastrosa", analisa o cardiologista Charles Garcia. "Ocorre atrofia muscular generalizada. No início, há o crescimento do fígado, e depois uma redução no seu tamanho, ascite (conhecida como barriga d`água), impotência sexual, perda dos pelos do corpo, crescimento das mamas e uma espécie de "feminilização" do homem. Geralmente leva à morte em um quadro muito grave e triste, chamado de encefalopatia hepática, quando a pessoa tem falência total do fígado e não controla mais os seus pensamentos e atitudes", explica. 

4- Pâncreas 
Algumas células do pâncreas são responsáveis pela produção de insulina, o hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue e nas células de todo o corpo. Aí também o álcool causa destruição, podendo levar a um quadro de diabetes. 

O Dr. Charles lembra que, além desses citados, vários outros órgãos do nosso corpo são atingidos pelo consumo excessivo de álcool, como estômago, intestino etc. Também o consumo durante a gravidez pode causar sérios danos ao feto. A ajuda de um profissional competente para corrigir cada um desses problemas é muito importante, bem como uma psicoterapia de apoio para vencer o alcoolismo. 

Fonte: Dr. Charles Garcia de Oliveira 
Fone: (11) 3171-3509