sábado, 26 de julho de 2014

Perda auditiva isola o idoso

A perda auditiva gera no idoso um sério problema de comunicação e pode produzir outros males de ordem emocional. 

A pessoa idosa pode tornar-se deprimida e desinteressada pelas atividades que sempre realizou durante a vida quando não consegue ouvir o que as outras pessoas estão dizendo.


Ela alerta que a incapacidade auditiva pode causar, além da depressão, isolamento, frustração, ansiedade e alterações de comportamento, produzindo um grande impacto na vida dos idosos e de seus familiares. Outra consequência é que, às vezes, perdas cognitivas (capacidade de aprender) em funções como memória, linguagem, atenção e concentração, podem estar presentes com a deficiência auditiva.

É comum observar o declínio da audição acompanhado de uma diminuição frustrante na compreensão da fala do idoso, comprometendo sua comunicação com familiares e amigos. Segundo ela, em muitos casos a pessoa idosa não entende parte da conversa ao seu redor e imagina que estejam falando dela, gerando atritos e desconfianças.

Muitas vezes as pessoas com perda auditiva com o avançar da idade podem fingir estar escutando o que os outros estão falando, quando na verdade não estão. É muito frequente o familiar descrever o idoso com perda auditiva como confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador e zangado.

É nestas horas que entra o papel da família. “É importante que os familiares conheçam as características da deficiência sensorial e suas implicações sociais e cognitivas na vida das pessoas idosas, porque a perda auditiva pode passar despercebida, uma vez que os idosos não se queixam de forma fidedigna”, observa a fonoaudióloga.


É muito importante trazer o idoso de volta ao mundo da comunicação verbal, tirando-o do isolamento imposto pela perda auditiva. Ela destaca que um programa de reabilitação auditiva é importante para auxiliar o idoso a identificar e tratar o problema, o que contribuirá para uma boa qualidade de vida e seu bem-estar físico, mental e social.

Fontes: Dra. Elisandra Vilella Sé - fonoaudióloga e mestre em gerontologia 
Portal cuidardeidosos

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