O medo exerceu um papel fundamental na perpetuação do homem. Aliás, o medo existe na maioria das espécies e ele tem sua importância para a sobrevivência, causando um tipo de alerta para possíveis predadores.
Os medos que sentimos na vida adulta são consequência dos medos armazenados durante a infância. Muitas vezes são inconscientes e podem durar por muito tempo se nada for feito.
Na infância, ele se manifesta bem cedo, principalmente quando a criança começa a compreender as coisas, se comunicar e interagir com outras pessoas. É o medo do escuro, medo de cair, medo de algum desenho ou personagem, medo de gritos ou pessoas que falam alto, insegurança para brincar... A lista é grande se continuarmos, mas o que importa mesmo são o apoio e a atenção dados nesta primeira fase da vida, afinal, o medo exagerado pode causar problemas de autoestima, confiança e socialização para a criança.
Por isso, ajude seu filho a controlar e entender melhor sobre o medo que ele sente. Comece sendo honesto, pois mentir ou fingir para melhorar a situação só poderá piorar o medo e ainda afetar a relação de confiança entre vocês. Mas atenção, não adianta nada dizer para a criança “não tenha medo do escuro, porque não há nada de diferente quando apagamos as luzes” e achar que pelo fato da criança ter compreendido o que foi dito, ela não sentirá mais medo.
Esse processo pode ser longo, deve ser observado e trabalhado diariamente pelos pais. Além da explicação verbal, pare uns minutos do seu dia e ouça o que seu filho tem a dizer sobre esse medo. Pergunte o que ele sente, o que ele acha que está acontecendo e o que desperta esse sentimento. Na maioria dos casos as crianças dizem os motivos: assistiu a um filme em que havia uma cena que o traumatizou, ouviu algum barulho estranho quando estava no quarto escuro, ou mesmo o medo de barulhos altos, como gritaria, por exemplo.
Depois de entender finalmente o motivo do medo do seu filho, você pode usar o lúdico para mostrar que não há o que temer! Seja assistindo um filme, contando uma história, dando exemplo de quando você era criança, são exemplos que funcionam. Nessas horas é importante usar da criatividade para tentar diminuir ou converter esse quadro.
Outra ferramenta muito efetiva contra o medo é o experimentar. Depois de explicar direitinho para seu filho o porquê ele não deve ter medo, você pode convencê-lo a fazerem uma experiência juntos. Novamente, não é só levar a criança até um quarto escuro para provar seu argumento. Muito pelo contrário, só depois de um tempo de incentivos é que você pode ir junto com a criança, apontando a direção e entrando de cabeça nessa experiência com ela, para provar que realmente, não há motivos para sentir medo.
Fonte: Unimed
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