Um estudo feito pelo jornal médico norte-americano “The Lancet” revelou que o sedentarismo já mata mais que o vício de cigarro. A obesidade é uma das principais consequências da falta de exercício físico, que compromete o organismo com outras doenças como o diabetes e os problemas musculoesqueléticos causados pela sobrecarga.
“Quando o corpo ganha alguns quilos, as articulações, antes acostumadas com a carga, sentem o impacto desse aumento. É como se o joelho sentisse um impacto de cerca de quatro quilos a mais a cada quilo engordado”, explica o ortopedista e traumatologista do Hospital 9 de Julho, Dr. Ricardo Barone. Além do joelho, quadril e coluna lombar estão entre as áreas mais afetadas pela sobrecarga.
Praticar exercícios físicos é essencial para fortalecer a musculatura e diminuir as dores nas articulações. A recomendação não deve ser apenas para obesos, mas também para pessoas magras, que podem apresentar os mesmos problemas pela falta de atividade e de hábitos saudáveis. “O melhor tratamento contra doenças musculoesqueléticas é a mudança de hábito. Dormir pelo menos oito horas por noite, ter uma dieta rica em verduras, frutas e legumes e fazer exercícios físicos programados para o biótipo da pessoa são recomendações fáceis de seguir e que devem ser feitas com acompanhamento de especialistas”, comenta Dr. Barone.
Intervenções cirúrgicas para tratar doenças musculoesqueléticas devem ser feitas apenas como última opção. Em obesos, estas operações não são recomendadas. Há casos em que é necessário o uso de próteses ou parafusos, que têm garantia de pelo menos 10 anos. Se a cirurgia é feita em obesos, a validade das próteses fica comprometida e, provavelmente, outro procedimento deve ser feito em pouco tempo. “Se a pessoa continua com dores, tem problemas de movimentação e a cirurgia é inevitável, primeiro é preciso que ela emagreça. Cirurgia bariátrica pode ser indicada nessa situação”, orienta o médico. Isso porque, ao perder peso, as dores podem diminuir e o procedimento cirúrgico ser adiado.
Pequenas mudanças na rotina, como trocar um doce por uma fruta, parar o carro um pouco mais longe do trabalho e ir a pé, fazem muita diferença para o corpo, que passa a responder positivamente.
Fonte: Dr. Ricardo Barone - ortopedista e traumatologista do Hospital 9 de Julho
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