quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

HENNA - do bem e do mal

Ela achou uma graça a tatuagem de henna da amiguinha da filha, uma flor cor- de- terra no braço. Quis uma igualzinha para sua filha. Foi ao mesmo tatuador, que disse ser a tatuagem de henna provisória, durando duas semanas, se tanto. Escolheu uma flor igual, mas mais escura. 
Depois de alguns dias começou o pesadelo: coceira acompanhada de vermelhidão, bolhas na pele ao longo do desenho da tatuagem, tratamento intensivo com antialérgicos e anti-inflamatórios. As marcas da reação alérgica levaram meses para desaparecer. O que aconteceu?
henna

Henna do bem - A chamada tatuagem provisória é conhecida desde tempos antigos, sendo muito utilizada no Oriente para enfeitar a pele em ocasiões festivas. É feita com uma pasta, a henna, à base do pó de uma planta triturada, a Lawsonia inermis. Em geral é inócua, raramente causando qualquer reação alérgica. O desenho resultante é laranja- avermelhado e desaparece em pouco tempo.

Henna do mal - Alguns tatuadores decidem “turbinar” a pasta de henna com parafenilenodiamina (PPD), para facilitar sua secagem e tornar os desenhos mais escuros e vistosos. Essa é a chamada henna negra ou black henna, causadora de dematites alérgicas que podem se tornar graves. Tão graves que já foram tema de publicação no New England Journal of Medicine.

Previna-se - A henna natural tem cor marrom-avermelhada. Recuse henna muito escura, que pode estar aditivada com PPD.

Fonte: Dra. Lucia Mandel - dermatologista

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