quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pragas Urbana - Traça

Quem não se irrita ao abrir aquele livro favorito, ganhado de presente, e descobrir que as bordas estão corroídas? Ou ao tirar do guarda-roupa aquele vestido reservado para ocasiões muito especiais e perceber que ele está cheio de buracos? Esses são alguns dos problemas que podem ser causados pelas traças. Felizmente, existem maneiras de evitar que elas se tornem um pesadelo.
 
 

O termo “traça”, na verdade, é usado para designar diferentes tipos de larvas, como explica o pesquisador Francisco José Zorzenon, diretor do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico do Estado de São Paulo. Entre as mais conhecidas, a que destrói roupas não é a mesma que se alimentar de livros – e há uma que costuma atacar grãos armazenados.

“As que aparecem em roupas são as lagartas de mariposa, e preferem tecidos que não sejam sintéticos e apresentem suor ou fios de cabelo, pois isso fornece proteínas para o desenvolvimento delas”, afirma. Uma boa maneira de espantá-los é, além de manter as roupas limpas, espalhar folhas de louro ou cravo em gavetas ou guarda-roupas. “Eles liberam óleos essenciais, que agem como repelentes”, diz Zorzenon.

Já as traças responsáveis por atacar livros são chamadas de “silverfish”. Alimentam-se de insetos mortos ou de papel e podem viver até sete anos em ambientes fechados. Por isso, é importante estar atento a livros comprados em sebo, por exemplo, que podem infestar toda a sua biblioteca.

“Uma boa dica para combatê-las é enrolar os livros infestados em um papel e colocar no congelador por 48 horas. Na sequência, deve-se desligar o congelador por um dia inteiro, e só então retirar o livro, para que ele não estrague com a mudança do estado físico da água”, aconselha o especialista.

O mesmo vale para as larvas encontradas em alimentos armazenados, como farinhas, arroz, barras de cereal, chocolate, amêndoas, frutas cristalizadas, entre outros. “Você pode identificá-los por conta da presença de um tipo de seda resultante de sua locomoção, que se assemelha ao aspecto de uma teia, ou então pelas fezes”, indica Zorzenon. “No entanto, elas não transmitem qualquer tipo de doença se forem ingeridos.”
 
 
Fonte: Francisco José Zorzenon, pesquisador e diretor do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico do Estado de São Paulo

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