sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

SOL E FRUTAS CÍTRICAS NÃO COMBINAM!

Contato com limão seguido de exposição ao sol pode levar a queimaduras de segundo grau.
 
A combinação de frutas cítricas e sol pode ter resultados desagradáveis, que vão de manchas na pele a queimaduras de segundo grau. No verão, são mais frequentes os casos de fitofotodermatose, termo médico para a inflamação da pele provocada pela reação de compostos chamados furocumarínicos à radiação solar.
 
Após o contato do limão com a pele sob o sol, a reação é desencadeada depois de uma média de 30 minutos de exposição
 
Presente nas cascas de cítricos como limão e laranja, em frutos não maduros como morangos e figos, e em outros vegetais, essa substância, na presença de sol, gera uma irritação que se manifesta pelo aumento de pigmentação no local de contato, causando manchas.
 
A lesão ocorre quando há contato com a polpa e com a casca de frutas cítricas onde está a maior concentração dos compostos que causam a reação seguida de exposição ao sol, sem antes lavar bem as mãos.
 
Segundo Jayme de Oliveira Filho, dermatologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a maioria das lesões é causada por frutos cítricos, principalmente o limão.
 
Também há lesões graves provocadas por contato com o figo verde e suas folhas --usadas em receitas caseiras de bronzeadores, elas contêm alta concentração de furocumarínicos.
 
Oliveira Filho explica que a lesão nem sempre resulta em queimadura grave, mas gera uma mancha. "A maioria das pessoas não nota na hora. Normalmente, depois de 24 horas [após a exposição]."
A intensidade da lesão pode variar conforme a quantidade de substância com que se teve contato, com o tempo de exposição ao sol e com a suscetibilidade da pele.
 
"Essa não é uma reação alérgica. Cem por cento das pessoas que tiverem contato com a substância e se expuserem ao sol terão reação de fotoxicidade. Algumas evoluem para queimadura de segundo grau", diz Flávia Addor, membro do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
Remédio e prevenção
 
A reação é desencadeada após uma média de 30 minutos de exposição ao sol. Na maioria dos casos, constata-se uma mancha vermelha um dia após o contato, que pode ser acompanhada ou não por sensação de ardor ou coceira, e podem surgir bolhas no segundo dia.
 
Horas ou dias depois, a área fica ainda mais vermelha, as cascas das bolhas secam e começam a se soltar. No geral, as cicatrizes não são permanentes.
 
É recomendável procurar um médico após o acidente, mas é melhor prevenir a lesão, evitando manusear frutas cítricas sob o sol. Se o fizer, utilize um espremedor ou luvas.
 
Após contato com os vegetais citados, deve-se lavar bem as mãos, com água e sabonete. Se precisar sair ao ar livre durante o dia o ideal é não fazê-lo durante ao menos cinco horas após manusear as frutas, de acordo com Oliveira use bloqueador solar. Também é importante não tocar outras partes do corpo antes de se lavar.
 
Fonte: Dra. Flávia Addor, dermatologista é membro do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Dr. Jayme de Oliveira Filho, dermatologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

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