domingo, 25 de agosto de 2013

INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA

Vacinar é Preciso
 
A Vacina Anti-Rh é principal forma de evitar doença causada pela incompatibilidade do sangue da mãe com o do bebê.  
 
 
 
Assim que você procurou por um médico para fazer o pré-natal deve ter recebido uma lista de pedidos de exames e, entre eles, pode nem ter notado um simples exame de tipagem sanguínea. Isso é pedido para saber se há o risco de incompatibilidade sanguínea entre mãe e bebê. Existem dois tipos de incompatibilidade, a ABO, quando a mãe tem o tipo sanguíneo A e o bebê B; mãe B e o bebê A; ou mãe O e o bebê A ou B ou AB. Segundo a ginecologista Denise Wiggers, este caso de incompatibilidade não é grave e causa apenas icterícia neonatal.
 
Já no caso de incompatibilidade pelo Rh, o feto pode ter problemas mais graves. Quando a mãe tem o Rh negativo e o bebê Rh positivo, o organismo da mulher começa a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado um intruso.
 
Uma vez produzidos, os anticorpos permanecem na circulação sanguínea da mãe e, caso ela volte a engravidar de um bebê Rh positivo, esses anticorpos destroem os glóbulos vermelhos do sangue do feto. Este passa a produzir mais hemácias que chegam ainda imaturas ao sangue e recebem o nome de erotroblastos. A consequência desse processo é a Eritroblastose Fetal que pode causar de anemia e icterícia à deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, fígado e baço aumentados, e morte do bebê durante a gestação ou após o parto.
 
Hoje, a doença não é tão comum já que o exame Coombs indireto, realizado ainda na gestação, possibilita identificar se a mãe ainda não produziu os anticorpos. Nesse caso, a mulher deve tomar a imunoglobulina  anti-Rh, mais conhecida como vacina anti-Rh ou anti-D. O medicamento bloqueia a produção dos anticorpos, evitando a sensibilização da mãe.
 
Mas se mesmo durante a gravidez tudo ocorrer bem, a mulher deve tomar essa vacina até 72 horas após o parto, assim ela evita a sensibilização. E isso é ainda mais importante caso a mulher queira engravidar futuramente já que o contato do sangue da mãe com o sangue do feto durante o parto fará com que o organismo da mãe comece a produzir os anticorpos.
 
Caso a mulher já esteja sensibilizada, ou seja, já tenha produzido os anticorpos, poderá ser recomendada uma transfusão de sangue para o feto, evitando a anemia. O tratamento deverá seguir mesmo após do nascimento do bebê, mas deve estar de acordo com sua reação à doença.
 
 
Fonte: Dra. Denise Wiggers - ginecologista e obstetra da Clínica Plena

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