quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pragas Urbana - Formigas

As formigas não costumam ser tão malvistas como os azucrinantes pernilongos, as asquerosas baratas ou as impertinentes moscas. Incomodam quando atacam o açucareiro ou destroem ou jardim – mas a preocupação com elas não deve parar aí. Elas transmitem fungos e bactérias tanto quanto outros insetos indesejados.
 
 

“Se você vê uma barata na gaveta de talheres faz o quê? Lava a gaveta toda: todas as facas, todos os garfos, as colheres. Mas, se vê uma formiga num pedaço de bolo, por exemplo, dá uma batidinha, tira a formiga e come o bolo”, compara o diretor do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico de São Paulo, Francisco Zorzenon. “Por isso, considero a formiga mais perigosa que uma barata, por exemplo.”
 
Há quase 13 mil espécies de formigas no mundo, mas apenas uma quantidade muito pequena costuma entrar em residências, diz Antônio José Mayhé Nunes, especialista em mirmecologia (ciência que estuda as formigas) e professor do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). No Brasil, o número está restrito a cerca de 30 tipos.

“Em geral, elas são onívoras. Ou seja, comem qualquer tipo de alimento. Portanto, é preciso tomar cuidado com restos de comida e com o armazenamento – seja de doces, carnes, queijos ou pão”, afirma.
 
A melhor maneira de enfrentá-las, segundo Nunes, é descobrir onde está o formigueiro. “Geralmente fica dentro de paredes, conduítes de fiações ou mesmo dentro de equipamentos eletrônicos.” Para descobrir onde se esconderam, o jeito é segui-las. Se precisar, sugere o professor, coloque uma isca com diferentes alimentos (como sardinhas, bolachas de água e sal e mel) para atraí-las.

“Uma vez descoberto o formigueiro, deve-se fechá-lo com sabão em barra ou em pasta. Outra dica importante é nunca usar aerossol contra elas, pois as colônias possuem mais de uma rainha e podem se fragmentar por causa do veneno, multiplicando o problema pela sua casa”, alerta.

Entre as espécies mais comuns no País, destacam-se a formiga-fantasma, que tem metade do corpo escura e metade clara; a formiga-argentina, que tem um cheiro mais forte; a pixixica, que tem as pernas vermelhas; a lava-pé, cuja picada é a mais dolorida; e as do gênero Camponotus, que não têm ferrão e, após a mordida, costumam soltar um veneno que irrita a pele.
 
Fonte:  Francisco Zorzenon, pesquisador e diretor do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico de São Paulo.

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