sábado, 12 de outubro de 2013

DIABETES

Compreender o diabetes é essencial para alcançar sucesso no tratamento e melhorar sua qualidade de vida.

O que é diabetes?
 
O diabetes é uma doença que aumenta a quantidade de glicose no sangue, isto e, distúrbio que afeta o metabolismo (transformação) dos carboidratos (“açúcares”) no organismo, devido a uma deficiência na produção de insulina ou até mesmo na ausência da produção de insulina. A insulina é um hormônio responsável por “levar” a glicose do sangue para as células, fornecendo energia para seu funcionamento.
 
 

O diabetes costuma ser caracterizada pelo aumento da taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), presença de glicose na urina (glicosúria) e problemas no sistema vascular e nervoso, que podem lesar os olhos, rins e coração.

Quais são os sinais e sintomas?
  • Sede exagerada e boca seca;
  • Desidratação;
  • Grande aumento do volume urinário,
  • Respiração acelerada
  • Dores no corpo;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda de peso apesar da grande ingestão de alimentos (fome acentuada);
  • Pouca resistência a infecções.

Quais os tipos de diabetes?

Diabetes tipo 1( DM1):
 o organismo deixa de produzir a insulina ou a produz de forma insuficiente e gradativamente pára de produzi-la. Nesse caso é necessário suprir a falta de insulina por injeções. Geralmente este tipo de diabetes está mais presente em jovens. Metade de todos os casos de DM1 aparece na infância ou no início da adolescência. 

Diabetes tipo 2 (DM2): As pessoas com diabetes tipo 2 (DM2) produzem insulina, mas, por algum motivo, as células em seus corpos são resistentes à ação da insulina ou não produzem insulina suficiente. O organismo produz insulina, mas não consegue utilizá-la de forma eficaz. Geralmente, os casos de diabetes tipo 2 se desenvolvem na vida adulta, com mais de 40 anos.

Quais são os fatores de risco para o diabetes?
  • Obesidade (inclusive a obesidade infantil)
  • Historia familiar de diabetes
  • Falta de atividade física regular
  • Hipertensão
  • Níveis altos de colesterol e triglicérides
  • Medicamentos, como os à base de cortisona
  • Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II)
  • Estresse emocional
  • Algum antecedente de hiperglicemia (na gestação, em pós operatórios, após infarto do miocárdio, etc.)

Qual o tratamento?
  • Plano alimentar;
  • Exercícios físicos e, quando necessário;
  • Medicamentos orais e insulina (sempre devem ser prescritos pelo seu médico).


Quais os exames geralmente feitos para diagnosticar o diabetes?

Aqui você fica informado sobre quais são os critérios diagnósticos da Associação Americana de Diabetes e endossados pela SBD.

Normal: glicemia de jejum entre 70 mg/dl e 99mg/dl e inferior a 140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose.

Intolerância à glicose: glicemia de jejum entre 100 a 125mg/dl. Necessário a realização da Curva Glicêmica ou teste de tolerância à glicose.

Diabetes: 2 amostras colhidas em dias diferentes com resultado igual ou acima de 126mg/dl. ou quando a glicemia aleatória (feita a qualquer hora)  estiver igual ou acima de 200mg/dl na presença de sintomas.  

Teste de tolerância à glicose aos 120 minutos igual ou acima de 200mg/dl


Como é a curva glicêmica?No laboratório, a pessoa ingere 75g de glicose misturados com água. Após 120 minutos, é feita a coleta de sangue para medir a taxa de açúcar. O paciente é considerado diabético quando apresenta glicemia igual ou superior a 200 mg/dL e é considerado intolerante à glicose quando sua glicemia, aos 120 minutos, está entre 140 e 200 mg/dL.


Esses exames requerem preparo especial?
 Para fazer a glicemia em jejum, a pessoa deve estar em jejum de 8 a 12 horas. Já a aleatória pode ser realizada sem nenhum preparo. Para a curva glicêmica, no entanto, deve haver alguns cuidados:
 
  • Nos dias que antecedem o exame, ingerir 150g de carboidratos (açúcares) por dia, mantendo a alimentação e as atividades habituais;
  • Fazer o exame pela manhã, em jejum de 8 a 12 horas;
  • Suspender medicações que interfiram no metabolismo de carboidratos – na dúvida, consulte um médico
  • Manter-se em repouso e não fumar durante o teste.


Principais diferenças entre hipoglicemia e hiperglicemia.

Hiperglicemia:
Ocorre quando os níveis de glicose no sangue permanecem:
  • Acima de 100mg/dL em jejum ou
  • Acima de 140mg/dL, 2 horas após uma refeição
 
Sinais e sintomas:
  • Sede intensa
  • Desidratação
  • Volume urinário excessivo
  • Perda rápida de peso
  • Fraqueza e tonturas
  • Respiração acelerada
  • Face avermelhada
  • Náuseas e vômitos
  •  
Causas: ingestão de antidiabéticos inferior ao necessário/ alimentação em excesso; doença ou infecção; situações de estresse.


O que fazer: Submeter-se a um teste de glicemia capilar (exame da “ponta do dedo”) e, em caso de resultado positivo, ligar para o médico que orientará o procedimento

Hipoglicemia:
As hipoglicemias significam baixo nível de glicose no sangue (glicemia abaixo de 60 mg/dl) ou quando a pessoa apresenta alguns desses sintomas:
 
  • Suor abundante
  • Tremores
  • Dor de cabeça
  • Taquicardia
  • Frio
  • Irritabilidade
  • Desorientação
  • Fome excessiva
  • Cansaço
  • Visão turva
  • Desmaio
  • Perda de consciência, nos casos mais graves
  •  
Causas: ingestão de antidiabéticos orais ou utilização de insulina de forma incorreta.


O que fazer: fazer um teste de glicemia capilar (exame da “ponta do dedo”) e, em caso de resultado positivo, comer 1 biscoito ou tomar meio copo de suco de laranja ou meio copo de leite e repetir o exame a cada 15 minutos, até que o resultado seja normal. Nos casos de hipoglicemia grave (com inconsciência), é necessário atendimento médico.
 
Como eu posso conservar a insulina?Conservar em frascos novos e sem uso na geladeira, na prateleira acima da gaveta de verduras. Cuidado para não congelar. Os frascos em uso devem permanecer em temperatura ambiente menor que 30ºC

Como aplicar a insulina?A insulina deve ser aplicada diariamente, em uma ou mais doses, de acordo com a orientação médica.

Locais de aplicação:
 
  • Abdômen: Ao redor do umbigo (cerca de 3 dedos acima, abaixo e aos lados)
  • Coxa: é utilizada a parte da frente e no meio da coxa, na região localizada a aproximadamente 5 dedos acima do joelho até mais ou menos 10 dedos abaixo da virilha.
  • Nádegas: Se utilizarmos uma das duas nádegas: a partir do final da coluna (do cóccix), trace uma linha imaginária na horizontal, dividindo a nádega em duas partes. A insulina poderá ser aplicada na parte superior.
  • Braços: na parte de trás do braço, na altura da axila.
  •  
  • Autoaplicação
    A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, que é localizado abaixo da pele e da camada de gordura. Para isso é necessário que façamos uma prega cutânea, que só conseguimos se os dedos polegar e indicador “beliscassem” nossa pele, tentando unir as unhas. A autoaplicação da insulina é uma técnica fácil de ser aprendida, porém é necessário que seja orientada por profissionais capacitados. Consulte seu médico para mais informações.


Fonte: Dr. Luiz Roberto Queiroz - endocrinologista

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