Perda maior de líquido pela transpiração e diminuição da diurese estão entre as causas.
Popularmente denominada “pedra no rim”, a litíase ou cálculo renal é originado pela precipitação anormal de cristais nos rins, que após se aglutinarem dão origem ao cálculo. No verão, devido à perda de líquido pela transpiração e a consequente diminuição da diurese, a incidência pode aumentar até 20%.
Segundo o urologista Alexandre Crippa, do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo e da clínica UROBrasil, o cálculo renal acomete 15% da população, sendo aproximadamente duas vezes mais comuns nos homens do que nas mulheres, principalmente na faixa etária entre os 20 e os 40 anos de idade. “O indivíduo com cólica renal costuma sentir uma forte dor aguda repentina, que independe da posição ou movimentação, localizada na região lombar das costas e geralmente unilateral”, afirma.
Dr. Alexandre Crippa ressalta que a dor da cólica renal é comparada à do parto e decorre da dilatação que ocorre no rim pela interrupção da passagem de urina produzida no mesmo. A dor pode migrar ainda para região lateral do abdômen, pelve e os genitais do homem ou da mulher.
De acordo com o especialista, além da dor, o quadro clínico também pode apresentar sangue na urina (urina vermelha ou com cor de coca-cola), vômitos e febre. “A suspeita de cálculo é feita através da história e quadro clínico e, a comprovação do diagnóstico normalmente é realizada pela tomografia computadorizada sem o uso de contraste. Este exame também define o tamanho e a localização do cálculo, o que irá influenciar no tipo de tratamento”, explica.
O tratamento na fase aguda é analgesia e, dependendo da localização e do tamanho do cálculo, pode-se aguardar que o organismo elimine o cálculo. A Litotripsia extracorpórea (máquina que por ondas de choque fragmenta o cálculo) e ureterolitotripsia (fragmentação e retirada do cálculo por via endoscópica) também são métodos de tratamento na fase aguda. “O cálculo renal fora da fase aguda, também pode ser tratado por cirurgia percutânea (nefrolitotripsia) com uma pequena incisão na pele na região dorsal para fragmentar e retirar o cálculo”, afirma Crippa.
Dependendo do tipo de cálculo, segundo o urologista, também pode ser feito um tratamento com medicamentos ou somente com a prevenção através da ingestão de líquidos suficiente para atingir um volume de urina de 1500 a 2000ml por dia. “Assim deveríamos urinar de 6 a 8 vezes ao dia, não abusar do uso de sal, evitar os excessos de vitamina c, controlarmos o nosso peso, e dar preferência a ingesta de suco natural de limão e laranja. Essas recomendações vão fazer com que a urina fique com o aspecto mais transparente do que amarelo e diminuir a recorrência do cálculo que varia de 50 a 80%”, ressalta o especialista.
Fonte: Dr. Alexandre Crippa, urologista do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo e da clínica UROBrasil,
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