Verminoses também atingem adultos e idosos, mas os sintomas costumam surgir de forma mais intensa nos pequenos.
Pesquisas científicas divulgadas em diferentes publicações buscam comprovar a efetividade do melhor tratamento ou confirmar a prevalência para esses problemas, em sua maioria subnotificados. A ciência patina, e a comunidade médica foge de um consenso sobre qual deve ser o melhor método preventivo contra algumas das moléstias mais comuns da infância.
Novas recomendações
Os resultados positivos com a combinação de terapias levantam mais uma vez a questão de qual seria o melhor tratamento contra as verminoses.
Atualmente, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de uma rotina de desvermifugação:
A cada seis meses em crianças a partir de um ano até aproximadamente 12 ou 13. O remédio mais recomendado tem como princípio ativo o albendazol, mas essa não é uma regra.
Pediatras chamam a atenção para o fato de que a variedade de parasitas que potencialmente podem contaminar o ser humano é incontável, e o tipo de medicamento a ser ministrado pode variar. A antiga prevenção por meio da ingestão do remédio também começa a caminhar em direção contrária às mais novas recomendações médicas, que colocam em dúvida o tipo de estratégia que necessita da ingestão da terapia mesmo sem a confirmação do diagnóstico.
Antes do tratamento, descobrir o tipo de verme que infecta a criança para que seja apontada a terapia mais indicada também não é tarefa simples. Precisa-se da repetição do exame de fezes três semanas depois.
É difícil fazer um diagnóstico. Em um exame normal, metade dos casos vai passar batido, não vai aparecer — explica o médico de família e comunidade Luciano Nader, membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Os sintomas também podem passar despercebidos até que a situação tenha realmente se agravado. Eles são pouquíssimos quando relacionados aos vermes mais comuns. A menor prevalência de verminoses em adultos se baseia primeiramente nesses cuidados de higiene pessoal, que tendem a ser mais rigorosos quando a pessoa envelhece. Segundo Nader, porém, é possível que muitos estejam caminhando por aí com vermes no intestino, sem apresentar sintomas:
Como o organismo é maior, ele demora mais para sofrer alguma consequência.
O especialista explica ainda que as repercussões são maiores nas crianças pelo tamanho físico delas.
O parasita tem um tamanho fixo. Então, imagine que o impacto de cem lombrigas em um bebê de um ano é muito maior que em um adulto de 70 quilos, esclarece.
Autor: Bruna Sensêve
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