Difícil demais entrarmos em contato com a brevidade da vida, tornarmo-nos cientes. Difícil sabermos que tudo aqui é passagem e pior e mais terrível, não termos nenhuma referência concreta da existência de um universo além palpável.
Apenas aqueles que passam pela cada vez mais conhecida EQM, ou seja, experiência de quase morte, que voltam totalmente transformados e redimensionados no quesito existencial. Aqueles que passam por experiências fora do corpo também proferem a não morte como concebemos. Mesmo assim, esse tipo de experiência é sempre muito individual e por mais que se queira compartilhar é mais do que normal que haja dúvidas e descrenças a respeito.
Desde os primórdios, há quem diga que tudo que se vive não passa de um sonho, há quem diga também que coexistimos em múltiplas realidades e que, inclusive, passado, presente e futuro estão na mesma linha temporal. É bem possível que tudo isso seja verdade, mas por outro lado pode ser observado como muita loucura, não é?
Outros dizem que nas religiões é que estão contidas as grandes verdades e há quem denuncie que mesmo isso é loucura, ficção, mitologia.
Experiências concretas, porém, são diametralmente diferentes do acreditar em algo, muito diferente de fé ou de qualquer sentido racional que qualquer boa explicação tente direcionar.
Nossa grande questão, porém, perpetua... E a morte? O que será de todos nós? Por que será que tudo aqui é sentido de modo tão intenso como se a vida nunca fosse ter um fim? Que informação é essa que aparece e que a maioria de nós tem como verdade subliminar? E por que será que muitos sofrem de pânico ao entrarem em contato com questões sobre a finitude da vida e por consequência de si mesmo?
Este artigo é questionador, porém, contém o intuito de revelar nossa situação existencial.
Vários autores escrevem e descrevem sobre o processo da morte e do morrer. Há vasta pesquisa com pacientes terminais e sobre como vão ficando seus estados de consciência até o momento da morte propriamente dita.
São todos relatos pessoais, interessantíssimos, mas na visão de muitos, especulativos. As religiões por sua vez nos contam suas verdades por histórias que ocorreram há longo tempo, em que nenhum de nós era vivo.
Todos nós estamos no mesmo barco tentando existir da melhor maneira possível para podermos no final, que pode ser a qualquer momento, sair daqui com algo impresso dizendo: "valeu a pena". Uma espécie de diploma, talvez.
Esse é o recado. O seu presente é onde você está agora. Toda a sua memória e projeções para o futuro podem e devem estar presentes também, mas apenas isso. Jamais permita encontrar-se em situações onde passado e futuro estão lhe roubando de si mesmo, do seu aqui, de sua eternidade neste presente que é o existir. Veja: agora mesmo eu aqui escrevendo e você agora mesmo está lendo isso. Existe o tempo como nos foi ensinado? O sagrado é o meu presente e o seu aqui neste artigo, agora! E isso é tudo! Divertido, interessante e o melhor, cheio de vida!
Atente que em todo o momento onde você tem medo da morte, é o lugar onde você efetivamente não esta vivendo. No momento quando é acometido por este sentimento, pensamento e percepção, apenas mude o foco, vá beber água, sinta a sua respiração, esteja em si. Divirta-se pelo simples fato de existir. Usufrua.
A pergunta final e começo de tudo é: por onde você tem deixado escorregar o seu presente ininterrupto?
Atente que em todo o momento onde você tem medo da morte, é o lugar onde você efetivamente não esta vivendo. No momento quando é acometido por este sentimento, pensamento e percepção, apenas mude o foco, vá beber água, sinta a sua respiração, esteja em si. Divirta-se pelo simples fato de existir. Usufrua.
A pergunta final e começo de tudo é: por onde você tem deixado escorregar o seu presente ininterrupto?
Fonte: Silvia Malamud - Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA. Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
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