segunda-feira, 6 de maio de 2013

CRIANÇA X CASTIGO

Dar bronca e por a criança de castigo são duas ações que não devem ser feitas de qualquer maneira.

Colocar a criança de castigo é certo? Psicóloga indica maneira certa de educar

Segundo a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro “Criando filhos em tempos difíceis – Atitudes e brincadeiras para uma infância feliz”, os pais precisam entender as etapas do desenvolvimento do filho e como funciona sua cabeça antes de puni-lo.

Até os cinco anos de idade, aproximadamente, a criança é egocêntrica e acha que todos estão lá para satisfazer suas vontades, o que a torna teimosa quando é contrariada. Além disso, ela ainda não entende o valor moral das regras e, por isso, não tem capacidade para compreender o que fez de errado quando toma uma bronca. “Ela sabe o que é ‘não’ e o que é ‘sim’ porque agrada ou desagrada as pessoas, principalmente os pais. Por isso, colocá-la de castigo e falar para pensar no que fez é uma bobagem, só serve para dar um tempo de alívio para os pais”, critica a especialista.
 
De acordo com ela, a maneira correta de lidar com o filho nesta etapa é mudar o foco de atenção. “Muitos pais dizem que a criança não escuta, e não escuta mesmo. Se a criança está fazendo algo que não pode, como subir na janela, ao invés de dizer que ela vai apanhar se continuar fazendo aquilo, tire-a de lá sem falar nada e leve-a ao banheiro para espalhar pasta de dente no box. Desta forma, você está economizando um ‘não’”, ensina.
 
Além disso, os pais precisam deixar objetos acessíveis para que ela possa brincar e tirar de perto o que pode ser perigoso ou caro. “Tem uma etapa do desenvolvimento infantil em que a criança é fascinada por buracos: ela põe o dedo nas tomadas, no nariz, enfia objetos em furinhos, etc. Então, o melhor é cobrir a tomada e evitar que ela se machuque”, diz Elizabeth.
 
A partir dos cinco anos, a criança já compreende o sentido das regras e, portanto, é possível explicar a ela por que ela pode ou não ter determinado comportamento, perguntar como ela se sentiria se alguém agisse daquela maneira com ela, etc. A partir desta fase, ela também é capaz de compreender o castigo e poderá aprender com ele. “Porém, a punição tem de ter uma ligação direta com o que a criança fez de errado. Se ela pintou a parede do quarto, não adianta deixá-la uma semana sem televisão, pois isso não vai fazer sentido para ela. O castigo, neste caso, deve ser limpar a parede. Agora, se ela deixou de fazer o dever de casa porque ficou assistindo à televisão, aí sim é devido cortar a TV”, explica a psicóloga.
 
Bronca tem hora e lugar certo
O modo e o momento em que a bronca é dada também devem seguir algumas regras. Elizabeth explica que o tempo e a memória das crianças são diferentes dos nossos e, por isso, os pais devem chamar a atenção do filho na mesma hora em que ele fez algo errado. “Se a criança fez alguma malcriação em uma festinha, os pais têm de chamá-la de canto, pois nunca se deve humilhar o filho na frente dos outros, e dar a bronca. Se esperarem chegar em casa, ela vai esquecer o que fez de errado”, afirma. “E se disseram que iriam embora caso o comportamento continuasse, devem executar o que foi falado”, acrescenta.
 
 

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