quarta-feira, 18 de setembro de 2013

HOMENS - QUESTÃO DE QUÍMICA

As alterações dos hormônios sexuais na fase adulta eram um assunto quase exclusivo do universo feminino. No entanto, com a melhor atenção à saúde e o aumento da expectativa de vida, os homens passaram a conhecer essas mudanças e, assim, enfrentar melhor alguns desses problemas. Um deles é o que a ciência chama de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecido como hipogonadismo senil. Trata-se de uma alteração hormonal que afeta os níveis de testosterona e vem ganhando tratamentos eficazes, graças aos avanços da ciência.
 
 
No amadurecimento do menino, a testosterona passa a ser produzida em grandes quantidades a partir da puberdade, e isso define as características particulares do homem, como crescimento de pelos, a mudança na voz e o desenvolvimento dos órgãos genitais. No entanto, após os 40 anos de idade, começa a ocorrer uma diminuição gradual e natural da testosterona no organismo masculino de cerca de 1% ao ano. Com essa queda, alguns homens podem ser afetados por um conjunto de sintomas que, somados, costumam provocar a perda da vitalidade em geral.
 
De acordo com o urologista José Carlos Ibanhez Truzzi, médico responsável pela área de Urologia do Fleury Medicina e Saúde, ao contrário da mulher, não existe uma interrupção da produção de hormônios nos homens. “É um distúrbio bastante frequente, que afeta 15% dos homens acima de 40 anos. Essa disfunção ocorre com o passar do tempo, da fase adulta para a maturidade”, explica. Segundo o médico, o maior impacto do distúrbio é a diminuição da libido, que interfere diretamente na vida sexual. “Outros sintomas são fadiga física intensa e possibilidade de osteoporose”, complementa.
 
A melhor forma de manter-se saudável, nestes casos, é apostar na prevenção. Com ela, o diagnóstico da disfunção pode ocorrer precocemente. Nesse caso, a avaliação e a conduta criteriosas do médico especialista podem trazer benefícios significativos como a melhora da função erétil, do humor e da disposição física, além de proporcionar sensação de bem-estar, aumentar a massa muscular e a força óssea. “É importante o homem passar por uma avaliação completa antes de iniciar qualquer reposição do hormônio, pois alguns sintomas podem ser decorrentes de estados depressivos, alterações neurológicas ou vasculares, e não necessariamente da baixa dosagem de testosterona”, explica Archimedes Nardozza, presidente da seção paulista da Sociedade Brasileira de Urologia.
 

Sintomas do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM)

  • Diminuição da libido
  • Alteração no humor, diminuição da atividade
  • Intelectual e depressão
  • Diminuição da massa muscular
  • Diminuição dos pelos e alterações na pele
  • Diminuição da densidade mineral óssea, resultando em osteopenia e osteoporose
  • Ganho de peso
 

Fontes: Dr. José Carlos Ibanhez Truzzi, urologista do Fleury Medicina e Saúde e Dr. Archimedes Nardozza, presidente da seção paulista da Sociedade Brasileira de Urologia.

                

            

Nenhum comentário:

Postar um comentário