domingo, 12 de maio de 2013

CRIANÇA HIPERATIVA

Uma alimentação saudável contribui muito para evitar doenças e hiperatividade infantil.

 

 

Quem tem contato com crianças na idade escolar, como os professores e a nossa equipe do Centro de Ecologia e Vida Sustentável, percebe uma conduta diferente comparando com crianças de 20 anos atrás. Elas têm dificuldade de prestar atenção, de se concentrar e alguns não conseguem ficar em silêncio por alguns segundos sequer. São hiperativos, sempre em movimento e muito barulhentos. Como consequência, essas crianças e os colegas de classe têm um resultado de aprendizagem baixo e levam os professores (as) à loucura.
 
O problema é tão grave que, nos primeiros 7 meses de 2010, quase 10% do corpo docente foram afastados das escolas no Estado de São Paulo, ou seja, quase 100 professores por dia. Os principais sintomas dos afastados são: estresse, depressão, crises de choro, insônia, medo, entre outros, e muitos não querem voltar a dar aula. Além disso, há a lotação das salas de aula, que têm em média 30 alunos (nos países desenvolvidos, 24).
 
Uma das causas da hiperatividade está ligada ao contato com pesticidas, diz uma pesquisa da escola de medicina Mount Sinai em Nova Iorque. Foram tiradas amostras de urina de 1000 crianças de 8 a 15 anos e nestas amostras analisaram a presença de pesticidas usados comumente em frutas e verduras. As crianças com maior concentração de pesticidas no corpo sofriam mais de hiperatividade do que crianças com baixa concentração.
 
Por isso recomenda-se alimentar-se de frutas e verduras orgânicas em abundância.
 
 Não usar alimentos processados com aditivos, corantes, conservantes e evitar os alimentos brancos como farinha, macarrão, arroz, açúcar, leite e sal e dar preferência aos alimentos integrais. Também é importante diminuir o consumo de carnes e derivados, refrigerantes, sucos artificiais e adoçantes artificiais. Estimule a criança a fazer exercícios e esporte e limite o tempo no computador, vídeo game e celulares. Programe-se para que a criança fique pelo menos 1 hora por dia fora de casa, de preferência na natureza, fora da poluição.
 
Procure não tratar as crianças com remédios como: ritalina e outras drogas psiquiátricas, que têm muito em comum com as drogas de rua que levam a alucinações. O abuso de ritalina cria dependência física ou psíquica e pode levar a outras dependências. O consumo deste medicamento aumentou assustadoramente, é usado até para emagrecer, pois causa a diminuição de apetite. Na criança também causa atraso de crescimento. Muitas crianças, como reação contrária à hiperatividade, tornam-se deprimidas e introvertidas, reprimindo totalmente as atividades criativas e espontâneas, mas também não é isto que queremos para nossas crianças!
 
Com tudo isso vemos que nada melhor do que uma vida e uma alimentação saudável que, além de evitar doenças, contribui com crianças menos hiperativas, mais concentradas e em equilíbrio.
 
Fonte: Joop Stoltenborg

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