Exercer o papel de mulher, no contexto exato da palavra, parece ser missão quase impossível para a maioria de nós. Somos prejulgadas pelos nossos corpos, gordos ou não. Por estarmos acima do peso, alguns acreditam que não somos capazes de promover nossa individualidade e de escrever nossa própria história com direito a um final feliz.
Oras! Nossa felicidade não pode estar condicionada a um corpo, mas ao que existe por debaixo dessa pele que o reveste. Cada um deve saber, ou descobrir, o que o faz feliz e não o que os outros pensam que lhe deixa feliz.
Toda mulher é mulher em sua essência. Debaixo de uma pele que reveste um corpo gordo ou magro, existe uma mulher. Evidente que a intolerância social em relação à mulher gorda é muito maior. E é óbvio que existem mulheres gordas exatamente como a maioria imagina que somos: desleixadas, preguiçosas e fracas. Mas, mesmo nesse caso, é proibido generalizar. Assim como existem gordas sedentárias, existem magras na mesma situação.
Por isso, não suporto a ideia de ideal ou padrão de beleza. E a sociedade com essa mania de querer impor esse padrão a todos, judia e machuca. Se a mulher está gorda, está fora do ideal. E se está muito magra e não é modelo, também se torna alvo de apelidos pejorativos que magoam e deixam marcas profundas.
Não precisamos pensar demais para atestar que é um absurdo querer padronizar uma diversidade tão grande de belezas. Seria como querer desdenhar da sabedoria de Deus. Principalmente, porque o número de mulheres como eu e você, lindas por natureza, mas que foge desse ideal de beleza imaginado pela sociedade e reforçado pela mídia, é absurdamente maior.
Portanto, que se estabeleça a liberdade de sermos bonitas exatamente porque somos mulheres!
Fonte: Keka Demétrio
Nenhum comentário:
Postar um comentário