sábado, 24 de agosto de 2013

SAÚDE FEMININA - VULVODÍNIA

Sentir dor não é normal

Cuidar da saúde para as mulheres é algo comum, principalmente quando se trata da região íntima, pois, por uma questão de anatomia, costuma sofrer com doenças mais do que os homens, como infecções, corrimentos, irritações, por isso muitas vezes sentem dores e acreditam ser normal por ser uma região bastante sensível, mas quando isso se torna crônico é preciso se preocupar, pois sentir dor não é normal e pode ser um sinal de um transtorno pouco conhecido, a vulvodínia.
A vulvodínia é um transtorno que afeta a vulva, sendo esta, o conjunto de órgãos genitais que se localizam do lado exterior da vagina. As dores constantes nessa região são o que caracteriza esse problema, mas podem ser inconstantes, podem cessar e retornar em outro lugar, na mesma região.
Essas dores podem acontecer em momentos sem estímulo nenhum ou ao simples toque, mas muitas vezes a dor ou a queimação se evidencia na relação sexual, o que pode afetar também o lado psicológico da mulher, já que não consegue ter uma vida sexual normal.
 Vulvodínia
Além da dor, principal sintoma, existem outros que podem ser desenvolvidos pela vulvodínia, são eles:
  • Ardor crônico;
  • Irritação;
  • Dor ao toque;
  • Queimação.
Existem duas classificações para a vulvodínia, a localizada e a generalizada, a partir destas, existem subclassificações, espontânea, provocada ou mista. As mais comuns, são:
Generalizada espontânea: onde a mulher sente queimação constante na vulva;
Localizada provocada: quando a dor e a queimação concentram-se em apenas um lugar e pode ser causada pelo ato sexual, exame ginecológico, uso de roupas apertadas ou alguns cosméticos, como sabonetes e cremes.
Os especialistas ainda não sabem exatamente quais são as causas para esse transtorno, mas acredita-se que seja uma falha no sistema nervoso central, por isso as terminações nervosas não funcionam corretamente e as mensagens não são enviadas da forma certa, causando a dor.
Para ser feito o diagnóstico da vulvodínia, os médicos primeiro eliminam outras possíveis causas para os sintomas, pois quando eles avaliam a região não tem nenhuma causa aparente, por isso alguns exames são feitos para detectar infecções, traumatismos, doença sistêmica (lúpus), além de avaliar o uso de alguns cosméticos, como sabonetes, sprays, antissépticos, entre outros, para poder definir se a causa é a vulvodínia.
Por não ter uma causa específica, a cura ainda não é possível, mas há a possibilidade de ser aplicado um tratamento para amenizar os sintomas, sendo feito através de fisioterapia, uso de medicamentos, aplicação de analgésicos locais, entre outros.
Esse incômodo pode parecer incomum, mas estima-se que 15% das mulheres já tenham sofrido desse distúrbio em algum momento da vida, porém nem sempre comunicam aos seus médicos, pela falta de informação ou por se sentirem incomodadas em compartilhar o seu problema com outra pessoa.
Fique atenta a qualquer sintoma e não tenha receio em informar o seu médico, pois quando mais cedo começar o tratamento melhor será o resultado.
Para a mulher que não descuida da saúde.
Fonte: Onofre

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