Brasileiro consome 2,5 vezes mais sódio que o recomendado pela OMS.
Excesso de sódio pode causar doenças renais e do coração.
O consumo diário de sódio pela população brasileira está duas vezes e meia acima do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da USP aponta que a quantidade diária de sódio disponível nas refeições brasileiras é de 4,5 g por pessoa, enquanto a OMS recomenda a ingestão máxima de 2 g por dia.
"O principal problema do consumo excessivo de sódio está relacionado ao aumento da pressão arterial, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de morte no nosso e em vários países", alerta o médico Flávio Sarno, doutorando em nutrição em saúde pública e um dos autores do estudo.
Apesar dos termos "sal" e "sódio" serem utilizados muitas vezes como se fossem a mesma coisa, na verdade eles são dois elementos distintos. O sal de cozinha, ou cloreto de sódio (NaCl) surge da combinação do sódio (Na) com o cloro (Cl). A confusão acontece justamente porque o sal é a fonte mais abundante deste mineral. E encher o prato de pitadas é um perigo porque muitos alimentos já contêm sódio naturalmente.
Se o organismo estiver com excesso de sódio, os rins não conseguem eliminá-lo. "Consequentemente, o sódio vai provocar a retenção de água e aumentar a pressão arterial, o que aumenta consideravelmente o risco de doenças do coração, acidente vascular cerebral (derrames) e doenças renais", explica a nutricionista Renata Padovani, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp e membro da equipe técnica da Taco (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).
Além da hipertensão, o consumo excessivo de sal também está associado ao câncer gástrico, podendo contribuir ainda para o desenvolvimento de osteoporose, cataratas, diabetes, hiperatividade e ganho de peso.
Grupos de risco
Apesar da ingestão de sódio em excesso colocar em risco a saúde de qualquer pessoa, existem grupos que precisam ter ainda mais cuidado ao consumi-lo. Pessoas que já sofrem de hipertensão, diabetes e doença renal crônica devem consumir ainda menos sódio do que o recomendado pela OMS - ou seja, menos de 2 g.
Para indivíduos hipertensos, a ingestão de sódio deve ser em torno de 1 g. "A população afrodescendente e pessoas mais velhas também precisam ter mais cautela, pois tendem a ser mais sensíveis do que as outras e têm mais chance de elevar a sua pressão arterial quando aumentam a ingestão de sódio", aponta Padovani.
Idosos e crianças requerem atenção especial. De acordo com o engenheiro de alimentos e professor associado do Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp, Mário Maróstica, os idosos devem redobrar sua atenção à ingestão de sódio porque, com o passar dos anos, o organismo diminui sua capacidade de eliminação do elemento. Além disso, a menor elasticidade dos vasos sanguíneos aumenta consideravelmente as chances de infarto e derrame.
Na outra ponta, as crianças precisam ter os níveis de sódio controlado, tanto para evitar problemas futuros, como para adaptar o paladar desde cedo a uma alimentação menos salgada e mais saudável. "Crianças estão na fase de constituir padrão gustativo e devem se acostumar desde cedo a ingerir menos sal. Idosos devem consumir menos sal, pois tendem a reter mais sódio com o passar do tempo", explica o pesquisador.
"O principal problema do consumo excessivo de sódio está relacionado ao aumento da pressão arterial, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de morte no nosso e em vários países", alerta o médico Flávio Sarno, doutorando em nutrição em saúde pública e um dos autores do estudo.
Apesar dos termos "sal" e "sódio" serem utilizados muitas vezes como se fossem a mesma coisa, na verdade eles são dois elementos distintos. O sal de cozinha, ou cloreto de sódio (NaCl) surge da combinação do sódio (Na) com o cloro (Cl). A confusão acontece justamente porque o sal é a fonte mais abundante deste mineral. E encher o prato de pitadas é um perigo porque muitos alimentos já contêm sódio naturalmente.
Se o organismo estiver com excesso de sódio, os rins não conseguem eliminá-lo. "Consequentemente, o sódio vai provocar a retenção de água e aumentar a pressão arterial, o que aumenta consideravelmente o risco de doenças do coração, acidente vascular cerebral (derrames) e doenças renais", explica a nutricionista Renata Padovani, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp e membro da equipe técnica da Taco (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).
Além da hipertensão, o consumo excessivo de sal também está associado ao câncer gástrico, podendo contribuir ainda para o desenvolvimento de osteoporose, cataratas, diabetes, hiperatividade e ganho de peso.
Grupos de risco
Apesar da ingestão de sódio em excesso colocar em risco a saúde de qualquer pessoa, existem grupos que precisam ter ainda mais cuidado ao consumi-lo. Pessoas que já sofrem de hipertensão, diabetes e doença renal crônica devem consumir ainda menos sódio do que o recomendado pela OMS - ou seja, menos de 2 g.
Para indivíduos hipertensos, a ingestão de sódio deve ser em torno de 1 g. "A população afrodescendente e pessoas mais velhas também precisam ter mais cautela, pois tendem a ser mais sensíveis do que as outras e têm mais chance de elevar a sua pressão arterial quando aumentam a ingestão de sódio", aponta Padovani.
Idosos e crianças requerem atenção especial. De acordo com o engenheiro de alimentos e professor associado do Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp, Mário Maróstica, os idosos devem redobrar sua atenção à ingestão de sódio porque, com o passar dos anos, o organismo diminui sua capacidade de eliminação do elemento. Além disso, a menor elasticidade dos vasos sanguíneos aumenta consideravelmente as chances de infarto e derrame.
Na outra ponta, as crianças precisam ter os níveis de sódio controlado, tanto para evitar problemas futuros, como para adaptar o paladar desde cedo a uma alimentação menos salgada e mais saudável. "Crianças estão na fase de constituir padrão gustativo e devem se acostumar desde cedo a ingerir menos sal. Idosos devem consumir menos sal, pois tendem a reter mais sódio com o passar do tempo", explica o pesquisador.
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