domingo, 5 de maio de 2013

ENXAQUECA

Segundo especialistas, a enxaqueca afeta de 10% a 20% da população e causa perdas de produtividade. Os sintomas da doença são dor de cabeça muito forte e hipersensibilidade ao som, ao tato e à luz.
 

Enxaqueca, também conhecida por migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico e incapacitante, com base biológica que acomete as pessoas geneticamente predispostas. 
 
Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se mais em adolescentes e adultos jovens e afeta mais as mulheres do que os homens.
Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido (ou acompanhado) por uma aura premonitória que envolve sintomas neurológicos. Sua principal característica é o embaçamento da visão ou a presença de pontos luminosos, em ziguezague ou manchas escuras nos períodos que precedem as crises dolorosas. 
Atenção: pessoas que sofrem de enxaqueca com aura, especialmente as fumantes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais, têm risco aumentado de sofrer acidentes vasculares cerebrais. 
 
Causas
A enxaqueca é uma doença multifatorial, mas algumas de suas possíveis causas ainda continuam indefinidas.
No entanto, já se sabe que existem alguns gatilhos que podem desencadear as crises, tais como: jejum prolongado, estresse, insônia, chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, fumo, alterações hormonais, certos perfumes e o açúcar. 
 
Sintomas
O sintoma típico da enxaqueca é uma dor latejante e pulsátil, geralmente unilateral, de intensidade moderada ou forte, acompanhada por náusea e vômitos, hipersensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia) e a certos odores (osmofobia), que se mantém de quatro a 72 horas e piora com o movimento. 
Irritabilidade, depressão, agitação são transtornos de humor que podem estar associados às crises de enxaqueca, ou antecedê-las. 
 
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico baseado no levantamento da história familiar e nas queixas do paciente Para defini-lo, basta que a dor esteja acompanhada por três ou quatro dos sintomas acima enumerados. 
 
Tratamento
O tratamento da enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Nos episódios agudos, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais específico de ação. 
 
No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses remédios, o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio da dor podem resultar num efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas. 
Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada, sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a diminuir a frequência e a intensidade das crises. 
 
Recomendações
* Não pule refeições. Jejum prolongado é um dos principais fatores desencadeantes das crises;
* Evite alimentos e bebidas que possam provocar ataques de enxaqueca;
* Pratique exercícios físicos regularmente;
* Estabeleça horários para deitar-se e levantar-se e procure respeitá-los;
* Tente reservar algum tempo para o lazer. Relaxe. Não vai adiantar nada sofrer por antecipação.
 
Notícia Boa!
 
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, descobriram o primeiro gene cuja mutação está associada à forma mais comum de enxaqueca. A descoberta pode abrir caminho para a compreensão dessa doença de causas desconhecidas, segundo estudo publicado nos Estados Unidos.
 
Fonte: Dr. Dráuzio Varella



 

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