Cerca de 80% das mulheres terão infecção.
Infecção urinária ou cistite é uma doença comum que acomete 80% das mulheres ao longo da vida. Desse total, cerca de 30% podem desenvolver infecção urinária de repetição, caracterizada pela ocorrência de pelo menos dois episódios nos últimos seis meses.
Para explicar mais sobre o assunto, o urologista Claudio Murta, Coordenador do Centro de Referência em Saúde do Homem do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini (unidade da Secretaria de Estado da Saúde que, apesar do nome, atende também mulheres), conta quais são os principais sintomas, se a doença é transmissível e explica por que ela atinge mais o sexo feminino.
O que é infecção urinária e por que ela acontece?
É a ação de uma bactéria que entra pelo canal da uretra e vai até a bexiga, provocando inflação do órgão e contaminação da urina. Esse microorganismo atua de forma benéfica no trato intestinal, mas quando entra em contato com o sistema urinário torna-se nocivo e causa desconforto ao paciente.
Por que acomete mais às mulheres?
Devido a uma questão anatômica. A uretra feminina é mais curta, o que facilita a chegada da bactéria até a bexiga. Além disso, ela fica próxima da vagina e do ânus, uma área bastante suscetível à presença de bactérias.
É importante urinar depois do sexo?
Sim, porque quando urinamos nós automaticamente lavamos a bexiga. A entrada da bactéria na bexiga é favorecida por tudo que a empurre na direção do órgão, como o próprio ato mecânico da relação sexual.
É transmissível?
Não. A bactéria é do próprio corpo do indivíduo e não é repassada.
Quais os principais sintomas?
Dor no baixo ventre e na hora de urinar, liberar pouca urina, vontade frequente de ir ao banheiro, e odor da urina mais forte.
Como se prevenir?
Ingerir bastante líquido ao longo do dia, cerca de um 1,5 litro de água, higienizar a área genital antes e depois da atividade sexual e, ao higienizar a vulva e região perianal, limpar sempre no sentido da frente para trás, com objetivo de evitar que bactérias passem do ânus para a vagina.
Tratamento
É feito por meio de antibióticos.
Fonte: Dr. Claudio Murta, urologista - Coordenador do Centro de Referência em Saúde do Homem do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini.
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