Considerada uma patologia moderna, que atinge crianças e adultos, a síndrome ainda não é um tema debatido com frequência nos meios de comunicação.
“Em função do cotidiano, os indivíduos adquiriam característica de pessoas “hiperpensantes”, devido ao excesso de compromissos, exagero de informações recebidas e da carga emocional desgastante”.
Denise conta, ainda, que o estresse promove a fadiga, o desânimo e faz com que a sensação do “deu branco” passe a ser frequente. O bloqueio da memória é visto como um mecanismo de proteção do organismo contra o estresse.
“Um dos principais sintomas verificados na Síndrome do Pensamento Acelerado é a perda geral da capacidade de pensar, de reter informações e, até mesmo, de elaborar tarefas. A seletividade da memória protege a mente contra o congestionamento de pensamentos, imagens e ideias. Ao fazer uma autoanálise, a maioria das pessoas irá perceber que utiliza excessivamente a memória e, por isso, pensa demais e se desgasta de maneira exagerada, podendo desencadear a síndrome”.
As mudanças sofridas pela sociedade, nas esferas social, tecnológica e emocional contribuíram para o surgimento da SPA, que tem diagnóstico complexo e exige levantamento de dados minucioso antes de definir a melhor terapia. “É preciso realizar uma avaliação multiprofissional, sendo que o tratamento irá depender do contexto em que cada pessoa vive. Além disso, é importante que ela mesma reconheça o problema, identifique os sintomas e tenha consciência que é preciso buscar o equilíbrio”.
“Desacelerar” é a palavra chave. Seja na infância ou na fase adulta, a organização dos compromissos diários devem proporcionar um estilo de vida saudável que propicie tranquilidade e felicidade.
Fonte: Denise Cristina Martins é Pedagoga e Especialidade em Deficiências Intelectuais e Inclusão Social.
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