ANTICONCEPCIONAIS NA ADOLESCÊNCIA

O uso de pílulas anticoncepcionais na  adolescência.

Por mais que as pílulas anticoncepcionais sejam usadas diariamente e façam parte da rotina de, praticamente, todas as mulheres do país, ainda há sobre elas regras, tabus e dúvidas que merecem ser quebradas e esclarecidas. Geralmente as mulheres optam por iniciar as pílulas anticoncepcionais quando mantêm uma vida sexual ativa, a maior razão para o seu uso é evitar uma gravidez indesejada ou fora de hora, porém as pílulas podem ser usadas antes do início da vida sexual e oferecer outros benefícios além da contracepção.
 

Hoje, tem se tornado cada vez mais comum a recomendação de pílulas anticoncepcionais para uso de adolescentes após a primeira menstruação, tal atitude pode ser duvidosa para os pais, porém pode trazer benefícios à vida da adolescente, isto é, se desde o início for seguida a orientação do ginecologista.

 

É imprescindível que, a partir da primeira menstruação, a mulher frequente o ginecologista para começar o acompanhamento e monitoramento de sua saúde. Infelizmente muitas adolescentes tiveram a sua primeira menstruação e nunca foram ao ginecologista, além de desconhecerem praticamente todo o processo, não sabem como está a sua saúde. Esse é mais um motivo do uso de pílulas anticoncepcionais serem um tabu para as elas, pois não têm as informações necessárias.
 

Muitos pensam que a pílula anticoncepcional só pode ser usada para evitar a gravidez e, por isso, se uma adolescente está fazendo uso, provavelmente iniciou precocemente sua vida sexual, mas na verdade muitas adolescentes têm problema com cólicas, acnes e TPM intensa e poucas sabem que as pílulas anticoncepcionais conseguem melhorar esses sintomas, além de regular o ciclo menstrual.
 

As pílulas mais indicadas para as adolescentes são as de baixa dosagem de hormônio, pois são sem contraindicações e, independente de qual seja, as pílulas só podem ser utilizadas, pelo menos, 1 ano após a primeira menstruação.
 

Para a recomendação da pílula é necessário que a adolescente frequente o ginecologista e não opte por aquela que fez bem para a sua amiga ou a que está funcionando para prima ou irmã mais velha, cada organismo é único e cada um precisa de um cuidado específico. Usar qualquer pílula pode gerar um efeito contrário e piorar todos os sintomas.
 

Segundo a OMS, 16 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, por isso é essencial que, dentro de casa, haja a conversa franca e sincera com as adolescentes. Explicar o risco da vida sexual ativa precoce, como doenças e uma possível gravidez fora de hora, pode diminuir esse número e a quebra de tabu, envolvendo o uso das pílulas por menores de 18 anos também pode colaborar.
 

A pílula anticoncepcional pode ajudar a adolescente a lidar com os sintomas do corpo, mas precisa ser recomendada por um profissional e o acompanhamento deve ser realizado regularmente.
 

 



Usar a pílula não significa que a adolescente está adotando um comportamento precoce, mas esta deve ser receitada pelo médico, jamais pílulas devem ser ingeridas sem consentimento de um ginecologista.
 

Para quem quer entender o universo feminino.
 

Fonte: Onofre