Simples, rápida e eficiente, a vasectomia é um dos métodos   contraceptivos cada vez mais utilizados no mundo todo. 
A cirurgia nada   mais é que a interrupção de um pequeno duto (canal deferente) que serve   única e exclusivamente para transportar os espermatozóides – produzidos   nos testículos – até se juntarem aos demais componentes do sêmen,   próximo à próstata e às vesículas seminais. “A vasectomia não compromete   a potência sexual, nem tampouco aumenta os riscos de desenvolvimento de   câncer de próstata, como chegou a ser veiculado há alguns anos”, afirma   o urologista José Carlos Truzzi, médico responsável pelo setor de   Urologia do Fleury.

A rapidez está entre as maiores vantagens da técnica. A cirurgia dura   de 20 a 30 minutos e pode ser realizada em hospital-dia, sem   necessidade de internação. Segundo o urologista Adalberto Andriolo,   cirurgião que opera no Fleury Hospital-Dia, outro ponto positivo é a   eficácia: “É um método definitivo, com chance mínima de retorno à   fertilidade espontânea sem a realização de outro procedimento   cirúrgico”. A terceira vantagem, de acordo com Andriolo, é o   pós-operatório. “A volta às atividades cotidianas é quase imediata, e   com pouca necessidade de uso de medicações e baixíssimos riscos de   complicações”, afirma.
É recomendada abstinência sexual por até cinco dias e contra-indicado   o esforço físico por sete dias. “Normalmente, os homens optam por fazer   a cirurgia às sextas-feiras, e, na segunda, voltam às atividades   profissionais, consideradas as restrições de esforços físicos”, observa   Truzzi. Após a cirurgia, deve ser realizado um exame (espermograma) para   confirmar a ausência de espermatozóides no esperma, que continuará   sendo produzido e ejaculado normalmente. São necessárias, em média, 20   ejaculações para eliminar os espermatozóides que restaram da   interrupção, embora esse valor sofra variação de indivíduo para   indivíduo. Nesse período, é indicado fazer uso de outro método   contraceptivo.
Dependendo do caso, a vasectomia é reversível. Apesar disso, os   especialistas indicam que o homem só deve fazer a cirurgia se já estiver   plenamente decidido a não ter mais filhos. A legislação brasileira   define que ele precisa ter mais de 25 anos, dois filhos e o   consentimento da esposa.
Uma medida preventiva, no caso de uma futura mudança de planos, é   utilizar os bancos de sêmen. 
“São uma segurança a mais para o   vasectomizado, porque esses espermatozóides férteis serão congelados por   um período indeterminado”, explica Elvio Tognotti, diretor-presidente   do Projeto Alfa, banco de sêmen localizado em São Paulo. Segundo   Tognotti, o primeiro passo é uma indicação médica, comprovando que fará a   vasectomia e deseja congelar sêmen. Em seguida, serão realizados exames   de sangue para saber se não é portador de doença infecciosa.   Normalmente, o paciente vai três vezes ao laboratório para coletar   amostras. Depois disso, é preciso pagar uma taxa inicial para congelar, e   outra para manutenção, a cada seis meses. “Esse sêmen congelado pode   ser usado para fazer inseminação artificial, que é um procedimento muito   mais simples e barato do que o bebê de proveta, por exemplo”, destaca   Tognotti.
Simples e eficaz
Entenda como funciona o procedimento de vasectomia:
- O canal
O duto, ou canal deferente, tem a função de transportar os espermatozóides. É um pouco maior que um vaso sangüíneo. - A técnica
Durante a vasectomia o duto é isolado. A técnica consiste em retirar um pequeno segmento de cerca de 1 centímetro. Em seguida, os dois cotos são amarrados cirurgicamente, desalinhados e separados. - Sêmen
Os espermatozóides e o fluído que os carrega representam menos que 5% do volume total de sêmen ejaculado. Por isso, nenhuma diferença será percebida pelo homem que fizer vasectomia. 
Fontes: Dr. José Carlos Truzzi, urologista e médico responsável pelo setor de   Urologia do Fleury e Dr. Elvio Tognotti, diretor-presidente   do Projeto Alfa, banco de sêmen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário