Viver bem, em qualquer etapa da vida, significa ter saúde, disposição e energia            para conviver com amigos e familiares, sentindo-se útil dentro de uma comunidade            e realizando atividades que forneçam prazer e realização. 
Crianças precisam dos            pais presentes e de estímulos para seu desenvolvimento físico e cognitivo; adolescentes            precisam do grupo de amigos e de apoio para fazerem a transição entre o universo            infantil e o mundo adulto; e adultos precisam de uma rede social que permeie suas            conquistas profissionais e pessoais. Com o passar dos anos, essas necessidades se            transformam, mas não acabam; envelhecer bem significa envelhecer integrado, ativo            e com autonomia. E, para vivenciar esse amadurecimento de maneira mais colorida            e plena, cuidados preventivos com o corpo e a mente são essenciais. “As atividades            indicadas para um bom envelhecimento são aquelas que têm por objetivo a manutenção            da autonomia do indivíduo, valorizando a integração com a família e a sociedade.            E isso é essencial até o último dia de nossas vidas”, aponta o geriatra Nelson Carvalhaes            Neto, do Fleury Medicina e Saúde.
 
Comunicação pela web
Nesse contexto, a internet pode ter um papel essencial. Ao facilitar a comunicação,            diminuir as distâncias e colocar a pessoa em contato com filhos e netos, além de            amigos, novos e antigos, ela diminui a sensação de isolamento, que pode levar a            um quadro depressivo, bastante comum nessa faixa etária. Até mesmo o estímulo intelectual,            que a leitura de notícias e a pesquisa por informações que o computador permite,            traz benefícios para a qualidade de vida, estimulando as funções cognitivas, que            sofrem uma perda natural com o amadurecimento. 
Outro recurso atraente são as universidades abertas para a terceira idade. Geralmente,            oferecem cursos livres, com duração variada, e formam turmas somente com pessoas            acima de 60 anos. É uma oportunidade para manter uma rede social própria e, ao mesmo            tempo, despertar o interesse por novas áreas do conhecimento. Sem contar as viagens            em grupo, também oferecidas por empresas especializadas – em muitas, há programas            de intercâmbio similares aos oferecidos para adolescentes.
 
Atividade física
Para ter disposição para tudo isso, no entanto, a prática de atividades físicas            é essencial. “A atividade física é uma das coisas mais importantes. Mesmo sendo            responsável por prevenir doenças e promover a saúde em qualquer idade, é na maturidade            que seus resultados são particularmente transformadores, causando um grande impacto            no bem-estar”, explica a fisioterapeuta Mônica Perracini, coordenadora do Programa            de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).
 
Podem ser caminhadas, atividades na água, como natação e hidroginástica, musculação            na academia e dança de salão. Os ganhos vão desde a redução da gordura corporal            e melhora do condicionamento cardiovascular até o fortalecimento da musculatura            e dos ossos e o resgate da postura e do equilíbrio.         
 
Em meio a essa rotina integrada e ativa, é essencial não se esquecer do acompanhamento            médico e da prevenção das disfunções que podem ocorrer com o envelhecimento, como            problemas nutricionais e dificuldades com equilíbrio. “A grande incapacidade física            sempre foi precedida de uma pequena incapacidade negligenciada pela pessoa e pela            família. Se esse déficit funcional for detectado com antecedência, é mais fácil            reverter esse quadro”, explica o geriatra. Portanto, é muito importante procurar            o médico ao menor sinal de que alguma coisa não está bem, em vez de achar que isso            pode ser um sinal inevitável do envelhecimento – a medicina hoje tem recursos            para permitir uma qualidade de vida muito melhor do que no passado.
 
Fontes: Dr. Nelson Carvalhaes            Neto, geriatra do Fleury Medicina e Saúde e  Mônica Perracini, coordenadora do Programa            de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).
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