Benefícios do vinho tinto não ajudam quem está acima do peso
Os benefícios do consumo de vinho se dão pela quantidade de polifenois contidos na bebida, que são substâncias antioxidantes que protegem o coração, reduzindo o colesterol ruim e combatendo a degeneração celular. O vinho também já foi revelado até como um auxiliar na prevenção de diabetes tipo 2 e de alguns tipos de câncer, no emagrecimento, entre outros benefícios.
O mais importante (e potente) polifenol encontrado no vinho é o resveratrol, composto oriundo das cascas das uvas que tem efeito anti-inflamatório e antienvelhecimento. Entretanto, todos esses benefícios descritos acima podem não ser bem aproveitados quando a pessoa que consome o vinho está acima do peso, conforme foi revelado em uma nova pesquisa dinamarquesa divulgada no Daily Mail.
O estudo mostrou que, apesar de avaliações realizadas em tubos de ensaio tinham sugerido que o resveratrol tinha um efeito na obesidade, diabetes, tensão arterial elevada e o colesterol alto, a substância não causou nenhuma mudança na saúde de 24 obesos, somente em pessoas saudáveis.
Para chegar a essa conclusão, a pesquisa, realizada pelo Hospital da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, ofereceu a 12 homens suplementos com altas doses de resveratrol e a outros 12 opções de um placebo durante quatro semanas. Todos eles estavam acima do peso. Neste período, foi monitorada a sensibilidade à insulina dos participantes, a pressão arterial, o nível de colesterol e o gasto energético de repouso.
Crédito: Thinkstock
Dessa forma, os pesquisadores descobriram que houve uma diminuição insignificante na sensibilidade à insulina e nenhuma alteração na pressão arterial, colesterol e gasto energético de repouso.
Segundo os cientistas, a ausência de efeito discorda de dados anteriores obtidos e levanta dúvidas sobre a justificação de resveratrol como um suplemento nutricional para os humanos.
A pesquisa contradiz relatórios anteriores que mostraram que a vida de roedores de laboratório, incluindo animais idosos, obesos, e até mesmo ratos diabéticos, podia ser prorrogada uma dieta suplementada com a substância. Presumiu-se que ela poderia funcionar da mesma forma para os seres humanos.
Porém, um defensor do resveratrol, o estudioso Dr. David Sinclair, da Harvard Medical School, afirmou que a substância tem sim um poder antienvelhecimento.
No mês passado, ele e sua equipe mostraram que o resveratrol possui efeitos potentes porque estimula a produção de uma substância chamada SIRT1, que acelera a produção de energia celular de uma pessoa.
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