quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ALIMENTAÇÃO - TIPOS DE AÇÚCAR

Conheça as diferenças entre os diversos tipos de açúcar

Opções de açúcar não faltam nas prateleiras dos mercados: cristal, refinado, mascavo, orgânico, frutose e light. A diferença está, basicamente, no processo de refinação. “O mascavo, por exemplo, é mais escuro porque não é submetido a processo de refinamento tanto quanto os outros, que são mais clarinhos”.
 
Independentemente de qual tipo você prefira, é preciso ficar atento para não exagerar. “Qualquer tipo, até mesmo a versão light, pode provocar os problemas relacionado ao alto consumo de açúcar, como diabetes e obesidade”.
 
Aliás, o tipo light, que passa a ideia de ser mais leve, é apenas uma combinação de açúcar comum com algum tipo de adoçante. “Alimentos intitulados como light apresentam 30% de redução em algum componente, não quer dizer que são necessariamente isentos de gordura e calorias”.
 
Conheça os tipos de açúcar:
 
 
Refinado: é o mais conhecido entre os açúcares. Durante o processo de refinamento, alguns aditivos químicos, como enxofre, são adicionados para dar a coloração branca. Nesse processo, porém, algumas vitaminas e sais minerais acabam sendo perdidos.
 
Mascavo: é o açúcar em forma bruta, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Como não passa por refinamento, apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da cana-de-açúcar. Sem refinamento, são preservados o cálcio, o ferro e os sais minerais.
 
Cristal: é apresentado na forma de cristais grandes e transparentes, mais difíceis de serem dissolvidos em água. Passa por leve processo de refinamento, mas mesmo assim 90% das vitaminas são retiradas. É mais apropriado para o uso culinário.
 
Orgânico: não são utilizados ingredientes artificiais em sua composição. Assim como o mascavo, não passa pelo mesmo processo de refinação que o açúcar cristal e refinado, por isso também é mais escuro, mas mantém mais vitaminas.
 
Light: é resultado da combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais. É menos calórico, mas também tem menor sabor. Por isso, é preciso cuidado para não usar grandes quantidades e acabar perdendo o benefício das calorias a menos.
 
Frutose: é o açúcar extraído de frutas e do milho. Muito mais doce que os anteriores, esse tipo de açúcar, apesar de ser natural, tem menos vitaminas que os outros.
 
Açúcar ou adoçante?
 
Antes de fazer a troca é preciso avaliar quem irá consumir o produto. “Não dá para dizer simplesmente se um ou outro é melhor. Para um diabético, o adoçante é melhor. Para uma criança, que tende a gastar mais calorias por conta das atividades comuns nessa idade, o açúcar é preferível”.
 
Além disso, consumir adoçante não dá sensação de saciedade.  “Ao ingerir adoçante, a vontade de comer doce não é totalmente suprida”. Além disso, os doces feitos com adoçante causam a impressão de que, por serem lights, podem ser consumidos à vontade. Engano, podem engordar do mesmo jeito”, diz.
 
É sempre melhor optar pelo adoçante. “Existe um medo que associa o adoçante ao risco de câncer, mas não existem estudos que comprovem tal relação. Para causar um problema desse tipo, a quantidade consumida teria de ser muito alta”.
 
Não consigo evitar doces! E agora?
 
Em geral, a vontade de comer doces está ligada à falta de outros nutrientes, geralmente causada pelo hábito de se fazer refeições irregulares com poucas frutas e verduras. Para diminuir a ânsia por doces, faça refeições balanceadas. Evite trocar as calorias do bom e velho arroz com feijão pelas dos doces.
Um bom substituto para os doces são as frutas e sucos. Para se ter uma ideia, uma lata de refrigerante tem 108 calorias só de açúcar, enquanto a mesma quantidade de água de coco tem 63 calorias. 
 
Outra dica é observar se você está com fome, antes de atacar os doces. “Se estiver, mate a fome antes com os fontes de carboidratos e proteínas, como a combinação arroz, feijão e uma carne, e só depois coma o chocolate” reforça Pisciolaro. O doce não foi feito para matar a fome.
 
Se mesmo assim a vontade não passar, a necessidade de comer açúcar pode estar relacionada a problemas psicológicos. Nesse caso, vale uma visita a um profissional.
 
 
Fontes: Fernanda Pisciolaro, nutricionista e membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade) e Dra. Lívia Lugarinho, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

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