quinta-feira, 17 de outubro de 2013

OFTALMOLOGIA - CATARATA

Catarata não é doença só de idoso

Dentro dos olhos existe uma lente natural chamada cristalino que, com o passar dos anos ou devido a algum tipo de alteração sistêmica ou mesmo ocular, pode perder sua transparência, atrapalhando a entrada da luz no olho.
 
A alteração nesta lente natural é o que chamamos de catarata.
 
 

A doença se manifesta, principalmente, com perda progressiva da visão - que não se corrige com uso de lentes corretivas -, mas também pode apresentar ofuscamento visual, fotofobia exagerada e sensação de um vidro fosco que impede a perfeita visão do indivíduo.
 
Existe uma forte correlação entre a existência de catarata e a exposição à radiação ultravioleta. No entanto, apesar de não ser exclusiva de idosos, é frequente a ocorrência da doença devido ao próprio avanço da idade. Além disso, doenças oculares como uveíte, doenças sistêmicas como diabetes ou uso de corticoide sistêmico e/ou ocular são algumas das causas para o seu aparecimento. Também fazem parte do grupo de risco os pacientes reumáticos e submetidos a tratamentos oncológicos.
 
De acordo com o oftalmologista do Einstein, Dr. Claudio Lottenberg, o diagnóstico é feito, fundamentalmente pela avaliação da queixa do paciente e após exame realizado pelo médico oftalmologista. “O especialista observa uma mudança no grau da refração e uma alteração no cristalino por meio do exame de lâmpada de fenda”, explica o médico.
 
A catarata nem sempre significa necessidade de correção cirúrgica. Entretanto, quando a alteração na visão passa a prejudicar as atividades do paciente, o tratamento cirúrgico, com remoção do cristalino natural e implante de uma lente artificial, é recomendado.
 
Se não tratar, o indivíduo pode ter complicações diretamente ligadas à qualidade de vida. “Não há pressa para a remocão da catarata mas, ao deixá-la por muito tempo, aspectos cognitivos e de independência de vida são prejudicados”, completa o Dr. Claudio.
 
Embora recomende-se o uso de óculos escuros devido a forte associação entre a radiação ultravioleta e a catarata, não existem mecânicas preventivas para a doença. “Outro ponto importante é que, se a baixa da visão for somente devido à catarata, a cura do paciente é possível”, finaliza o oftalmologista.
 
 
Fonte: Dr. Claudio Lottenberg, oftalmologista do Hospital Albert Einstein
 
 
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