Sempre que é necessário dar algum remédio para seu filho você já se desespera? Toda vez é a mesma choradeira? Sim, a criança faz birra, chora, grita, esperneia e não quer tomar o remédio de jeito nenhum. Então, como agir? Mantenha a calma e aja o mais natural possível, afinal você está dando um remédio para fazê-la melhorar logo!
Esse momento não precisa ser um drama na sua vida. Ninguém quer ver o filho doente e ao mesmo tempo precisar encarar a complicada tarefa de pingar ou dar um remédio. Mas, tudo ficará pior se você se estressar. Seu filho rapidinho sentirá sua agitação e ficará ainda mais complicado lidar com a ansiedade dele.
Dar remédio para criança não é uma das tarefas mais fáceis, ainda mais para mamães e papais de primeira viagem. Em primeiro lugar é preciso ter muita paciência, ternura e convicção. Se seu filho confiar em você, provavelmente fará o que foi imposto, não por medo, mas por acreditar que aquilo é bom para ele, por mais amargo que seja. Vale explicar ao seu filho para que serve o remédio e porque as pessoas precisam tomá-lo. Diga também que ele não está bem e precisa daquela medicação para mandar o “bichinho” embora e melhorar. Deixe-o calmo e tranquilo.
A fase mais crítica fica entre as crianças de dois a cinco anos, pois é a fase em que elas ainda não conseguem entender muito bem o que está acontecendo, mas já têm energia suficiente para evitar os remédios e atrapalhar os pais. Depois dessa fase a tendência é ficar mais fácil, pois a criança passa a entender melhor a razão dos medicamentos.
Os pais devem passar aos filhos o conceito de que nem tudo na vida é agradável, mas muitas vezes é necessário. Mentir e demonstrar que o medicamento é gostoso, caso ele não o seja, nem pensar. Uma vez que a criança perde a confiança nos pais, vai ser difícil medicá-la de novo. Se o médico liberar, uma ótima alternativa é os pais experimentarem o remédio, caso seja líquido, antes de dá-lo à criança, para dizer qual gosto que tem.
Outra atitude comum dos pais é tentar barganhar com o filho: “podemos ver aquele filme que você gosta se tomar este remedinho”. Porém, há controvérsias sobre as consequências deste tipo de atitude, embora ela seja frequente. De vez em quando até pode, o que não pode é isso virar um hábito, pois assim como os alimentos, os remédios são necessidades da vida e a criança deve saber e entender isso.
Agora, dar o remédio na base da ameaça, nem pensar. Nessas horas, a naturalidade é uma grande aliada. É preciso enfrentar a situação de maneira tranquila, pois a sua atitude é o verdadeiro espelho da criança. Não custa nada ter um copo de água ou suco por perto na hora do remédio, para poder tirar o gosto ruim da boca depois.
Além disso, é super indicado o uso da seringa para a medicação, principalmente quando a criança ainda é bem pequenininha. Outra tática é segurar a colherzinha com o remédio líquido no céu da boca da criança, até que ela o engula. Dessa maneira, não é possível cuspir o medicamento. Tem ainda uma dica inusitada: baixas temperaturas adormecem as papilas gustativas. Um pouco de gelo na língua antes de tomar, pode ser interessante. No caso da receita prescrever remédios em comprimidos, caso bem raro para medicamentos pediátricos, é indicado diluí-los em algum líquido.
Por isso, colha o maior número de informações sobre o remédio na hora da consulta: se ele pode ser dissolvido com algum líquido, se pode colocá-lo na seringa ou na colher, se pode desmanchar o comprimido. Se for dar na colher, fique atento para que a criança tome a dose inteira e deixe o talher limpo. Na seringa, posicione-a bem perto da bochecha da criança e libere o remédio devagar, aos poucos.
Desafios à parte, só quem prescreve um remédio é o seu médico. E, caso algo saia do comum – como o aparecimento de uma reação adversa ou inesperada, procurar o pediatra é essencial!
Fonte: Lillo
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