Além de entreter, as brincadeiras e atividades são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Mas nem todas as mães dão importância a esse tipo de estímulo.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope), em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, aponta que apenas 19% das mães sabem o potencial de aprendizagem que a primeira infância (0 a 6 anos) tem.
"Brincar todo pai brinca, mas é importante que eles entendam que o bebê nesse período está em plena fase de desenvolvimento de competências muito importantes", aponta Saul Cypel, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria e consultor do programa de primeira infância da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Para ele, os pais às vezes se preocupam com a questão biológica e deixam de lado aspectos da parte cognitiva e emocional.
A brincadeira, segundo ele, deve ser agradável e incentivar o vínculo dos pais com a criança. "Deve haver ação e reação. Isso aliado ao lazer implica que as coisas têm regras", afirma Saul Cypel. Assim, o bebê se acostuma a lidar com elas, e com o fato de ganhar, ou a frustração de perder. É brincando que os aprendizados sociais e emocionais são, portanto, estabelecidos.
Os melhores investimentos
Peças de encaixe, por exemplo, ajudam o bebê a se organizar e criar estratégias. "Estimulam a linguagem, a coordenação motora, a percepção e, com isso, a capacidade de ela pensar para organizar as brincadeiras que são propostas", afirma Saul Cypel.
Outra boa opção é a iniciação musical. Nesse tipo de atividade, são tocadas músicas adequadas à idade e os pais acompanham e dançam com os filhos. "Eles ficam bastante instigados, se divertem, e o vínculo, que é fundamental, é costurado. Mas não precisa colocar a criança para ouvir Mozart, por exemplo", aponta o pediatra.
Para ele, a natação também traz benefícios, mas deve ser inserida depois que o bebê já souber andar.
O que você deve evitar
Utilize apenas brinquedos compatíveis com a idade da criança e tenha cautela com a tecnologia. "Os pais pensam que a tecnologia é um processo revolucionário de aprendizado. Mas na verdade é pouco significativo", alerta Saul Cypel. Entre os pequenos, a TV e outros aparelhos eletrônicos devem ser usados por períodos curtos. O ideal é que a criança participe de atividades nas quais exista uma inter-relação com as pessoas, e não com a tela.
Fonte: Dr. Saul Cypel, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria e consultor do programa de primeira infância da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
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