terça-feira, 18 de junho de 2013

FILHA, PRIMEIRA VEZ AO GINECOLOGISTA

Quando levar minha filha ao ginecologista pela primeira vez? 
 
Os sinais são evidentes: as mamas começam a se desenvolver, surgem os primeiros pelos pubianos, as roupas se perdem por causa do crescimento súbito. A primeira menstruação logo chega, muitas vezes acompanhada de sintomas desagradáveis como cólicas, por exemplo. Talvez sua filha ainda não tenha largado as bonecas, mas, do ponto de vista físico, ela já está começando a se transformar em uma mulher. Nesta fase cheia de mudanças, chamada de puberdade, muitos pais se questionam sobre o momento ideal para a primeira consulta ao ginecologista.
 
Segundo a ginecologista Patrícia De Luca, responsável pelos setores de colposcopia e histerocopia do Fleury, não existe uma hora certa, na verdade. "A consulta pode ser motivada por vontade da menina ou da mãe frente a dúvidas referentes às mudanças fisiológicas neste período ou a queixas específicas da área ginecológica." É preciso, portanto, de muito diálogo - o que pode não ser tarefa fácil nesta fase, quando as garotas geralmente sentem-se envergonhadas demais para falar sobre sua intimidade, mesmo nas conversas com os pais.
 
O que fazer, então? O mais importante, explica Patrícia, é não ignorar o assunto. "Os pais devem sempre estar abertos ao diálogo com as filhas, deixando a garota à vontade para que expresse suas dúvidas e angústias a respeito de sua saúde e sexualidade. Dessa forma, os pais terão oportunidade de fornecer as orientações de cuidados com a saúde e para uma atividade sexual consciente e segura." Proibições e repressões em excesso, explica a especialista, são atitudes que podem inibir um diálogo aberto e saudável.
 
Se no começo da puberdade a primeira visita ao ginecologista depende mais da motivação da garota, a consulta se torna obrigatória quando se decide iniciar a vida sexual. "O ideal nesse caso é que a garota consulte um ginecologista antes de começar sua atividade sexual para que faça isso devidamente orientada quanto à prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis", diz Patrícia. Diálogo, compreensão, respeito à individualidade e privacidade são fundamentais neste momento. "A mãe, sobretudo, pode falar sobre a importância das consultas periódicas ao ginecologista durante a vida da mulher e o quanto isso é natural e pode ajudar a evitar os prejuízos dos riscos inerentes dessa nova fase da vida."
 
A participação dos pais neste momento inclui, também, compartilhar com a filha a escolha do profissional que será consultado. "É preciso levar em consideração a vontade da jovem, uma vez que pode haver alguma relutância em se consultar com um médico do sexo masculino", afirma a ginecologista. Na medida em que a relação médico-paciente se estabelece com segurança, poderá haver momentos nos quais seja necessária maior privacidade. Mais uma vez, a sensibilidade e abertura dos pais podem fazer a diferença nesse processo.
 
Fonte: Patrícia De Luca, ginecologista responsável pelos setores de colposcopia e histerocopia do Fleury
 
 

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