quarta-feira, 19 de junho de 2013

BEBÊ - OS PRIMEIROS PASSOS

Forçar a criança a andar antes da hora pode comprometer seu desenvolvimento.
 

Todos os pais ficam ansiosos para ver o seu bebê em pé, caminhando com as próprias pernas. Mas, por maior que seja a ansiedade, não adianta forçar a criança a dar os seus primeiros passos antes da hora ou mesmo protegê-los excessivamente dos tombos. Começar a andar é uma ação natural no desenvolvimento do bebê.
 
 
"O amadurecimento acontece da cabeça para as pernas. Primeiro, o bebê precisa conseguir sustentar a cabeça. Senão, não consegue sentar. Se não consegue sentar, não começa a engatinhar", explica Leda Amar de Aquino, membro do departamento científico de pediatria ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria. "O processo natural é que ela passe por todas essas fases. É importante que se desenvolva a prática de engatinhar para andar", afirma.
 
Em geral, o bebê começa a arriscar seus primeiros passos com a ajuda dos pais, segurando-se na perna ou na mão deles. Quando se sentir seguro, ele próprio vai tentar caminhar sozinho.
 
Cair, levantar e cair de novo faz parte do aprendizado da criança. É importante, no entanto, prestar atenção ao espaço, para que seu filho possa cair sem se machucar.
 

Andador, não

O uso do andador não é recomendado. Esse tipo de aparelho pode forçar o bebê a fazer movimentos para os quais ainda não está preparado. "Não se deve ultrapassar uma etapa. Isso pode trazer uma série de problemas emocionais. Andar é uma aptidão que o bebê vai alcançar no momento dele", afirma Leda de Aquino. Além disso, há o perigo de que, por estar presa ao andador, a criança se machuque caindo de lado ou com o rosto no chão.
 

Estímulo, sim

Embora não se deva forçar a criança, o estímulo dos pais é essencial. Dar atenção, brincar no chão e deixar os brinquedos distantes ou escondê-los para que ela possa buscá-los servem de incentivo.
 
Segundo a pediatra, brinquedos que a criança empurra andando também podem ajudá-la a caminhar sozinha, mas não são necessários. "As pessoas hoje estão sem tempo e querem impor coisas práticas. O que estimula não são os aparelhos. São os adultos. Se os pais proporcionarem um ambiente saudável, o desenvolvimento vai se dar de maneira adequada", diz a médica.
 
Ela orienta os pais, no entanto, a conversar com o pediatra se a criança não tiver começado a andar após os 16 meses ou se eles acharem que o desenvolvimento dela está atrasado.
 
 Fonte: Dra. Leda Amar de Aquino, membro do departamento científico de pediatria ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

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