Ser bem cuidado na idade avançada pode ser questão de escolha.
Diversas formas de envelhecimento podem ser comparadas com o estilo de vida assumido pelo indivíduo. De forma facilmente observável o envelhecimento traz aspectos da personalidade acentuados onde muitas vezes podem ser expressos por: resistências específicas, apegos diversos, vícios de comportamento, desinteresses variados, não desconsiderando o conhecimento adquirido. A questão é ainda mais importante quando se trata do modo como o indivíduo se relacionou com as pessoas durante a sua vida e a necessidade de cuidados especiais que pode vir acontecer ao atingir idade muito avançada. Sendo assim podemos considerar necessário repensar a forma como vivemos e nos relacionamos uns com os outros, pois tais fatores poderão determinar como envelheceremos.
Conheço muitas histórias entre familiares e seus idosos que ilustram o passado entre eles na forma dos cuidados que recebem. Em geral aquele idoso que marcou o passado como exemplo de valores para sua família e cultivou boas formas de se relacionar com todos, criou seu momento presente com qualidade. Longe de fazer afirmações ou generalizações, o contrário procede. Não se faz necessário aqui questionar a “sorte de cada um”, pois é fato o retorno que também podemos ter de acordo com nossas ações.
A violência contra idosos tem aumentado a cada dia na mídia. Podemos imaginar o que a mesma não consegue relatar. Em se tratando de idosos que se tornaram dependentes por algum motivo, faço uma reflexão acerca de como posso contribuir para garantir bons tratos em minha velhice:
acredito que podemos garantir bons tratos em nossa velhice ao cultivarmos principalmente bons relacionamentos entre familiares e amigos. Já que não temos garantias para o físico e o mental, que possamos ter garantia em “fazer-me um ser querido por todos”, mais cooperativo, amigo, gentil. Que eu seja uma pessoa de fácil convivência através da prática de uma vida de valores morais, humanos, éticos e espirituais os quais desenvolvem em mim autoestima, segurança pessoal e propósito de vida.
Uma vez que a tradução de um passado com conflitos familiares ou sociais geralmente é expresso com qualidade de vida abalada ao se envelhecer, repito a expressão acima de que o contrário também pode proceder. Percebo que não importam os limites físicos ou mentais adquiridos em uma idade avançada para aqueles que sempre foram muito queridos pelos seus familiares e amigos. Sendo assim torno-me o principal responsável por garantir um envelhecimento de qualidade independente dos limites.
Se somos mais jovens é hora de escolhermos nossa forma de vida. Para aqueles que já não respondem por si é hora de receberem nosso perdão, conceituado através da compreensão acerca dos limites humanos. O aumento da prática de tais valores serão capazes de nos promover para dias melhores de convivência entre todos, sem quaisquer distinções.
Fonte: Gal Rosa, Terapeuta ocupacional em geriatria e gerontologia, Especialista em espiritualidade e autoconhecimento.
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