quarta-feira, 3 de julho de 2013

CRIANÇA - EPILEPSIA

Crianças gostam de correr, pular, brincar, desenhar. Isso nunca muda, mesmo depois de algum transtorno, seja uma crise de asma, seja de epilepsia. Tirando esses momentos elas podem levar uma vida absolutamente normal, tanto em casa quanto na escola.
 
 
A epilepsia, que geralmente começa a se manifestar na infância, é controlável na maioria dos casos.

Para que a criança se desenvolva bem, é importante a associação de alguns fatores: o diagnóstico preciso e o uso da medicação adequada, ambos feitos por um neurologista, e a ajuda da família, que não deve superproteger a criança.
 
Os motivos que provocam a epilepsia ainda não foram esclarecidos, mas se sabe que as causas podem se relacionar com alguma predisposição genética ou alteração na estrutura cerebral. A epilepsia é caracterizada por atividade elétrica anormal e espontânea em alguma parte do cérebro. Essas descargas não prejudicam em nada a capacidade de aprendizagem da criança, suas habilidades cognitivas ou mesmo seu crescimento. Na verdade, cerca de metade dos casos que se iniciam nos primeiros anos de vida desaparece com a adolescência, com o amadurecimento do sistema neurológico.
       

Sintomas possíveis

  • Mantenha a calma e tranquilize quem está ao redor.
  • Desaperte a roupa da criança, principalmente em volta do pescoço.
  • Não segure a língua da criança nem coloque nada em sua boca.
  • Vire a criança de lado e coloque a cabeça dela em cima de uma almofada ou travesseiro.
  • Fique perto para que ela não se machuque.
  • Leve-a ao hospital quando ela despertar.
 

Sob controle

Para os outros casos, existe atualmente uma variedade grande de medicamentos, capazes de controlar a ocorrência de crises com pouca probabilidade de causarem efeitos colaterais ou sedativos. “Mais de 60% das crianças param de ter crises com o uso correto da medicação. Outros 30% a 40% também conseguem esse controle com doses um pouco mais elevadas e com algumas associações”, relata o neurologista Luiz Henrique Martins Castro, responsável pela área de Eletroencefalografia do Fleury Medicina e Saúde.
 

Como todas as crianças

O médico alerta, no entanto, que nem toda crise convulsiva ou desmaio significa epilepsia, que afeta aproximadamente 1% da população. Algumas crises na infância podem ser provocadas por febres muito altas causadas por infecções, e simplesmente não se repetirão no futuro. No entanto, apenas um especialista poderá fazer essa diferenciação, por meio do exame clínico, da análise do histórico da criança e da realização de alguns exames. “O eletroencefalograma registra a atividade elétrica anormal, denominada foco epiléptico, e permite que o médico classifique de maneira correta a epilepsia, para escolher a melhor forma de tratamento”, explica. “Em alguns casos, o profissional pode pedir exames adicionais para o diagnóstico, como tomografia computadorizada e ressonância magnética”, complementa.
 
Uma vez sob acompanhamento regular de um profissional e usando corretamente a medicação, a criança poderá levar uma vida normal – brincar com amigos, jogar bola e ir à escola. Recomenda-se que ela tenha um sono regular, que não fique por muitas horas em jejum – o que não é bom para nenhuma criança – e que a medicação não seja interrompida ou alterada por conta própria. “É importante que os pais não superprotejam os filhos, para que eles tenham uma vida igual à de qualquer outra criança”, reforça o médico.
 

Tenha calma

Ao presenciar um episódio de crise, saiba como proceder

Durante uma crise, não é recomendado segurar a língua da criança nem colocar nada em sua boca. “Vire-a de lado, proteja a cabeça para ela não bater em nada e espere crise passar. É raro uma crise durar mais de 2 minutos”, explica Castro. Após a crise, a criança vai acordar confusa. Então, tenha calma, diga que está tudo bem e leve-a ao pronto-socorro. Se a crise persistir por mais tempo, é indicado recorrer ao atendimento de urgência antes de ela terminar. Na unidade hospitalar, o médico fará um exame clínico e solicitará os exames necessários para observar as anormalidades associadas à epilepsia e descartar outras doenças que podem ter levado à crise.
 
Cerca de metade dos casos de epilepsia que se iniciam nos primeiros anos de vida desaparece com a adolescência, com o amadurecimento do sistema neurológico.
 
Dr. Luiz Henrique Martins Castro, neurologista responsável pela área de Eletroencefalografia do Fleury Medicina e Saúde.
       
            

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