quarta-feira, 3 de julho de 2013

HOMENS - DISFUNÇÃO ERÉTIL (DE)

Quando surge um desequilíbrio. Ensinamentos simples que passam de geração em geração podem prevenir e combater problemas que afetam não só o organismo, mas também o cotidiano e a qualidade de vida de homens e mulheres.

Um dos mais importantes – e que vale para a vida toda – é: quando necessário, sempre procure ajuda médica. Mesmo assim, ainda existe uma situação específica que, apesar de tratamentos cada vez mais eficientes, normalmente se transforma em um grande tabu, seja por falta de conhecimento, inibição, seja por preconceito. Trata-se da disfunção erétil (DE), problema que pode atingir homens de todas as idades.
 
  
Na definição médica, disfunção erétil é a incapacidade de apresentar uma ereção que permita manter uma relação sexual. O problema é constatado quando essa situação se mantém por algum tempo, pelo menos alguns meses. Ou seja, se aconteceu uma única vez, pode ter sido desencadeado por fatores como cansaço ou ansiedade. “Ejaculação precoce também não é sinônimo de disfunção erétil, um engano comum a muitos homens”, explica o urologista José Carlos Truzzi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe do setor de Urologia do Fleury.
        
É preciso entender que as causas da disfunção erétil podem ser orgânicas ou psicogênicas. “A origem orgânica está ligada a problemas como diabetes, hipertensão, alterações neurológicas, cirurgia para tratamento do câncer de próstata ou outras cirurgias na região pélvica. Já a psicogênica ocorre quando não há nenhuma alteração física, podendo ser fruto de traumas de relacionamento, como uma separação, por exemplo. Para essas causas, a melhor indicação de tratamento é o acompanhamento psicológico”, afirma Truzzi. Mas os tratamentos podem ser feitos juntos, como exemplifica a seguir: “No caso de pacientes hipertensos que encontrem dificuldades na ereção por efeito colateral da medicação e, por isso, enfrentam problemas psicológicos, são indicadas ambas as condutas”, orienta o médico.
       
Para as causas orgânicas, a medicina dispõe atualmente de diversos tratamentos eficazes para devolver a vida sexual aos casais. Após uma boa conversa e exame físico, o médico solicita os níveis hormonais do paciente – homens com baixa quantidade de testosterona podem ter dificuldades de ereção. “Se for esse o caso, é feita a reposição hormonal, e o problema é resolvido. Caso contrário, o início do tratamento é feito com medicamentos vasodilatadores, como sildenafil e outros do gênero, já disponíveis no mercado”, afirma o urologista Adalberto Andriolo Junior, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
 
A grande ressalva dos medicamentos vasodilatadores está no uso concomitante de alguns medicamentos para problemas cardíacos. Portanto, é importante ressaltar que homens com problemas do coração ou hipertensão arterial só devem utilizar esse recurso se receitado pelo especialista. Quando não há uma resposta imediata à primeira linha de tratamento, os médicos podem recorrer às injeções penianas. Sob a orientação do médico, o próprio paciente aplica a injeção, que deve ser utilizada antes da relação sexual. Ainda existem outras opções, como a de um dispositivo que provoca a dilatação vascular do pênis por meio do bombeamento de ar, além daquela que envolve um procedimento cirúrgico, o implante de prótese peniana.
       
Ainda que a disfunção erétil, hoje, tenha uma série de tratamentos eficazes, existem alguns cuidados com a saúde em geral que podem ajudar a sua prevenção, como manter uma boa alimentação, praticar atividades físicas regulares e controlar os níveis de colesterol e triglicérides, além da pressão arterial. Mas, independentemente de qualquer coisa, antes de tudo é fundamental procurar um médico para que ele verifique a saúde do homem, investigue a causa e comece um tratamento individualizado. Assim, é possível garantir noites tranquilas e, de preferência, com relações saudáveis e seguras.
 
 
Fontes: Dr. José Carlos Truzzi, urologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe do setor de Urologia do Fleury e Dr. Adalberto Andriolo Junior, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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