quarta-feira, 22 de maio de 2013

SAÍDAS À NOITE, O INFERNO DOS PAIS

Quando começam as saídas noturnas dos seus filhos, qual a melhor atitude a tomar?

Saídas à noite, o inferno dos pais
  
"Mãe, quero sair hoje à noite". Existem palavras mais temidas do que estas? Consciencialize-se que é inútil lutar contra moinhos de vento. A atração por um cenário onde, aos olhos dos adolescentes, todas as experiências acontecem, é mais forte do que todos os seus argumentos contra. E eles querem-no fazer cada vez mais cedo.

Por outro lado, a adolescência é uma fase da vida que implica naturalmente a exposição a diversos perigos: "Se pensarmos que podemos controlar estes perigos proibindo as saídas à noite, estamos a deixar o jovem à mercê de muitos outros perigos que também existem durante o dia. A proibição das saídas à noite impede o jovem de viver experiências que são essenciais ao seu desenvolvimento e prejudica a sua socialização", salienta a psicóloga Sónia Pereira.
É essencial que os pais encontrem um ponto de equilíbrio, o que não é fácil, mas pode ser alcançado. Antes de mais, e apesar da precocidade crescente desse desejo, cada caso é um caso: "não podemos identificar uma idade ideal para começar a sair, pois tudo depende das especificidades do local (uma discoteca, uma festa, um concerto, uma rave...), da maturidade do jovem e de muitos outros fatores. Os pais veem-se cada vez mais pressionados para autorizar saídas à noite ("todos os meus amigos saem, porque razão eu não posso?"), mas é importante referir que não são obrigados a fazê-lo se não se sentirem confortáveis com a situação.

Os pais devem aprender a dizer "não" se consideram que, de facto, estão a agir de forma correta." Mas sendo o 'correto' tão subjetivo, a psicóloga Vitória Ortega ajuda a estabelecer a fronteira: "devem proibir quando exista a necessidade de proteger o jovem dele próprio", ou seja, quando são identificados sinais de risco (como o consumo repetido de álcool e de drogas).

Não tenha medo de lhe exigir que...

... esteja contatável pelo telefone: "Para segurança do jovem, este deve estar contatável. Além disso, também é essencial que seja combinada a hora de chegada a casa, que os pais saibam onde está o filho e que conheçam alguns dos seus amigo", aconselha Sónia Pereira

... respeite o horário negociado, sendo que este deve ser adequado à idade do seu filho: "quando tem 13 anos pode ir jantar à pizzaria com os amigos ou ir ao cinema, conversar com os amigos na praceta com o seu grupo até às 23 horas; aos 15, o seu raio de ação precisa de mais amplitude: já conhece o que está próximo, pelo que necessita de mais terreno e de mais tempo para explorar e ampliar o conhecimento; e assim sucessivamente, até aos 18,19 anos", refere Vitória Ortega.

... lhe diga com quem está e onde: "de preferência, deve conhecer os amigos, pois isso implica uma dupla responsabilidade: perante a família e perante a família dos amigos", lembra Vitória.


Fonte:  activa.sapo.pt/

Nenhum comentário:

Postar um comentário