sábado, 25 de maio de 2013

SÍNDROME DO ALCOOLISMO FETAL

Síndrome do Alcoolismo Fetal é causada pela ingestão de álcool na gravidez. 
       
 
Não há uma quantidade segura de álcool que possa ser ingerida durante a gravidez, mas o risco do surgimento da síndrome aumenta dependendo da fase da gestação
 
A Síndrome do Alcoolismo Fetal – SAF é o conjunto de sinais e sintomas causados pelo consumo de álcool pelas mulheres grávidas. A SAF é caracterizada por retardo do crescimento e alterações neurológicas ou dos traços faciais do feto. “A mãe que ingere álcool durante a gravidez o transmite para o feto através das trocas de nutrientes na placenta. Não há uma quantidade segura de álcool que possa ser ingerido durante a gestação, mas dependendo da fase da gravidez, pode aumentar o risco de surgimento da síndrome, sendo pior nos primeiros três meses, quando se inicia a formação dos órgãos”, afirma o neurologista Dr. José Luiz Dias Gherpelli.

As consequências do álcool no organismo do bebê podem ser de leve a grave. Quando algumas áreas do cérebro são afetadas pela ingestão de álcool durante a gravidez, a criança pode ter má coordenação motora, retardo mental, dificuldade de aprendizado e de relacionamento.

As alterações faciais ajudam no diagnóstico, mas elas podem ser encontradas isoladamente em outras síndromes. “A criança que possui a SAF pode apresentar lábios superiores mais finos, nariz curto, orelhas sem paralelismo e fissuras palpebrais”, diz o neurologista, que ainda reforça que essas alterações não são muito importantes, uma vez que elas não causam uma limitação funcional do indivíduo.

Segundo estudo da organização não-governamental The National Organization Fetal Alcohol Syndrome, a SAF afeta cerca de 40 mil crianças por ano em todo o mundo, mais do que a Síndrome de Down, distrofia muscular e espinha bífida somadas. A única forma segura de prevenção da Síndrome do Alcoolismo Fetal é não ingerir álcool durante a gravidez.

Não há um tratamento específico para a SAF, mas os familiares devem tomar algumas atitudes a fim de evitar as complicações sociais e psicológicas. “É importante que a criança tenha acompanhamento psicológico ou fisioterápico especializado e também uma rotina estável”, conclui Gherpelli.


Fonte: Dr. José Luiz Dias Gherpelli, neurologista

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