quarta-feira, 22 de maio de 2013

VAIDADE ADOLESCENTE, VIRTUDE OU DEFEITO?

Vaidade entre crianças e adolescentes Como enfrentar o excesso ou a falta de cuidados com a aparência.
 
 
 
 
Como os pais lidam com a vaidade de seus filhos?  Será que a vaidade em excesso atrapalha? E como é ter filhos sem nenhuma vaidade?

Muitos questionam hoje se a vaidade infantil está chegando mais cedo do que antes. E, diante desta realidade, tão complexa e polêmica.

"Esse tipo de comportamento reforça a constatação de que os jovens hoje têm uma ânsia muito grande pela novidade e, principalmente, pela quantidade", afirma a psiquiatra Carmita Abdo. A obsolescência acelerada, tanto dos objetos quanto dos relacionamentos, pode ter conseqüências negativas para esses adultos em formação, alerta a psicóloga Helena Lima. "Corremos o risco de ter uma geração de pessoas ansiosas e insatisfeitas", diz ela. "Hoje, a felicidade e o bem-estar duram muito pouco. Os jovens querem sempre um computador mais novo, um boné mais caro e um corpo mais satisfatório." Nesse cenário, nem as modelos, símbolos da perfeição estética, escapam da frustração.

O excesso de vaidade ajuda a criar rótulos e pode causar problemas de saúde. Segundo um estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, o Cebrid, 92% dos consumidores de inibidores de apetites são mulheres. E o consumo dessa substancia causa dependência química e até levar à morte.

Especialistas afirmam que, para responder a questões como essas, os pais devem levar em conta dois pontos fundamentais. O primeiro é saber que ceder de imediato às demandas adolescentes – seja por excesso de condescendência, seja por falta de disposição de brigar – implica pelo menos um risco grave: o de criar filhos incapazes de lidar com a frustração e com a espera, duas características incompatíveis com o universo que os aguarda, o dos adultos. O segundo é que, para o adolescente, ser aceito por seu grupo constitui uma necessidade tão crucial quanto é, para o adulto, estar empregado, por exemplo. "É por causa disso que eles precisam muito mais de símbolos de estilo do que nós", diz o especialista em consumo Luiz Alberto Marinho. Uma calça cara pode ser, aos olhos do adolescente, menos uma extravagância de consumo do que uma espécie de senha para que ele consiga se integrar a sua turma. Cabe aos pais avaliar o que está por trás do desejo dos adolescentes. E, por via das dúvidas, dar uma espiada nos próprios extratos de cartão de crédito, antes de se indignar com o filho gastão.

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